No início de 2024, a ABC organizou o encontro do Science 20 (S20) - conjunto das Academias de Ciências dos países com as maiores economias do mundo -, no âmbito da realização do G20 no Brasil.

Foram definidas então cinco forças-tarefa (Bioeconomia, Desafios da Saúde, Inteligência Artificial, Justiça Social e Processo de Transição Energética), com a missão de produzir versões preliminares de documentos temáticos de área para compor o documento final do S20 Brasil. Este documento será concluído e divulgado no Rio de Janeiro, em julho de 2024.

Este GT, portanto, é resultado de uma das forças-tarefa definidas pelo S20.


A transição energética é impulsionada pela necessidade de enfrentar as mudanças climáticas, melhorar a segurança energética, criar oportunidades econômicas e promover justiça social e ambiental. Embora existam desafios, os benefícios da transição energética superam em muito os obstáculos, oferecendo-nos um caminho para um futuro sustentável e resiliente. Esta transição não é apenas uma necessidade: é uma oportunidade para um mundo melhor para todos. 

Cada país deve priorizar seu conjunto de vetores de energia renovável e avaliar o impacto cumulativo de cada fonte. Dependendo dos recursos disponíveis, cada tecnologia pode resultar em uma pegada de carbono distinta. O engajamento ativo com formuladores de políticas e o apoio ao desenvolvimento industrial também são componentes chave desta jornada transformadora. 

O Objetivo 7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) aponta a necessidade de garantir acesso a energia acessível, confiável, sustentável e moderna para todos. A transição energética é essencial para alcançar este objetivo, sendo uma mudança crucial em como geramos e consumimos energia, pois envolve a passagem da dependência de combustíveis fósseis finitos, que contribuem substancialmente para as emissões de gases de efeito estufa, para a integração de uma proporção significativa de energia sustentável e renovável na matriz energética.

Esta transição não só promete reduzir nosso impacto ambiental, mas também traz implicações sociais e econômicas significativas. Os esforços gerais para descarbonizar a produção de energia atualmente dependem do uso crescente de fontes de energia de baixo carbono, incluindo tanto a energia nuclear quanto as energias renováveis, em uma combinação que varia de um país para outro. No Brasil, o foco é na contribuição das energias renováveis, abrangendo fontes como energia solar, eólica e hidrelétrica; uso do hidrogênio, biocombustíveis e energia oceânica.

As fontes de energia renovável são distribuídas de forma mais equitativa ao redor do globo em comparação com os combustíveis fósseis, que muitas vezes estão concentrados em regiões específicas. Esta descentralização da produção de energia ajuda a reduzir a dependência de alguns poucos países exportadores de energia, aumentando a segurança energética e reduzindo tensões geopolíticas. 

Leia o documento preliminar em aba a seguir para entender todo o potencial dessa transição. 

Coordenador: Alvaro Prata (UFSC) 

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