Preocupada com dados como o crescimento da educação remota, majoritariamente em instituições privadas, o aumento do número de cursos noturnos, que já é superior aos cursos diurnos e o crescimento absurdo da taxa de desistência acumulada (TDA), a Academia Brasileira de Ciências criou o Grupo de Trabalho sobre o Ensino Superior Brasileiro, coordenado pelo Acadêmico Ado Jório de Vasconcelos. O objetivo do GT é propor ações para uma reforma necessária e urgente para o sistema.

Quando olhamos para o quanto o Brasil gasta com educação, vemos que é um montante considerável. Considerando outros dados, como número total de professores, estudantes por professor e percentual de professores no ensino superior, percebe-se que a realidade brasileira não difere, em muitos aspectos estruturantes, da realidade praticada mundialmente. No entanto,  quando olhamos a posição do país no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), o Brasil aparece em 66ª colocação.

Sabemos que a expansão do ensino superior público brasileiro nos últimos 25 anos gerou uma grande dependência da rede privada, responsável hoje por 77% dos graduados, o que é preocupante. Como sair desse lugar?