Categoria: POLÍTICA DE CTIE
Em debate na ABC, Eduardo Campos defende 2% do PIB para a ciência
avalie o que os alunos querem estudar, em vez de impor o conteúdo. “Se perguntarmos, vamos descobrir que a juventude quer estudar ciências.”
Governo deve seguir Estados, dizem cientistas
Marina Silva defende diálogo eficaz entre governo e comunidade científica e recebe documento da ABC
A “crise civilizatória”
O falso dilema da educação
Diálogo entre governo e comunidade científica
Documento da ABC com recomendações aos presidenciáveis é entregue à candidata do PT
Jacob Palis, Dilma Rousseff, Henrique Paim (MEC), Mauro Borges (MDIC) e Clélio Campolina (MCTI)
Fórum Mundial de Ciência 2013 já tem tema definido
O tema “Science for Global Sustainable Development” foi o acordado durante a primeira reunião do Comitê Executivo do Fórum Mundial de Ciência 2013, que será realizado no Rio de Janeiro. O encontro, que aconteceu nos dias 12 e 13 de junho, também serviu para definir os assuntos das sessões plenárias e a agenda.
Entre os representantes de diversas instituições renomadas, compareceram o presidente Jacob Palis; a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Bonciani Nader; o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I), Marco Antonio Raupp; o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Glauco Arbix; o diretor da ABC Luiz Davidovich; o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães; o chefe de gabinete da ABC, Fernando Carlos Azeredo Verissimo; a assistente de projetos da ABC, Fernanda Wolter; a assessora de projetos da ABC, Gabriella Mello; a diretora-geral assistente para as Ciências Naturais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Profª Gretchen Kalonji; a diretora da Divisão de Políticas Científicas da Unesco, Profª Lidia Brito; o presidente da Academia Húngara de Ciências, Prof. József Pálinkás; o presidente do Conselho Internacional para a Ciência (ICSU), Prof. Yuan-Tseh Lee, entre outros.
Em relação aos principais tópicos que deverão ser abordados no programa, os presentes sustentaram a necessidade de interligar os temas sugeridos, envolvendo questões de políticas científicas, saúde, ciência básica e de engenharia a fim de promover sessões mais dinâmicas e interativas, bem como conclusões mais integradas. As seis principais plenárias abordarão as seguintes questões:
• Desigualdades como barreiras para a sustentabilidade global;
• Políticas científicas e governança: inventando o futuro;
• Integridade científica;
• Ciência para recursos naturais (para explorar e utilizar os recursos naturais de forma sustentável);
• Ciência e educação em Engenharia;
• As funções fundamentais da ciência em inovação
Em seu discurso, o ministro Marco Antonio Raupp reafirmou o compromisso do governo brasileiro junto à pasta de C,T&I em dar todo o suporte necessário à realização do fórum. “Em conjunto com a ABC e a SBPC tenho certeza que começaremos a trabalhar na organização de um evento que será bem-sucedido”. O Acadêmico Jorge Guimarães, representando o Ministério da Educação, reforçou a posição do MC,T&I, reiterando seu apoio a esse grande evento.
A cada dois anos, a reunião é realizada pela Academia de Ciências da Hungria na capital do país natal, Budapeste, reunindo cientistas de todas as partes do mundo e mobilizando a sociedade, sendo esta a primeira vez que o Fórum acontecerá em outro país. “Ciência e tecnologia são a base para se construir um consenso, o qual procuramos durante a Rio+20. Estou confiante de que haverá progressos substanciais no sentido de assegurar o desenvolvimento das nações com justiça social e econômica e de uma forma sustentável”, complementou Raupp.
Comunicado da SBPC e ABC
A ABC e a SBPC divulgaram a seguinte nota comunicando sua posição sobre a decisão da Câmara dos Deputados em relação ao Código Florestal.
“A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), tendo em vista a decisão majoritária da Câmara dos Deputados sobre o substitutivo do Código Florestal, esclarecem que:
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Nunca houve convite oficial por parte do Parlamento Nacional para que a ABC e SBPC entidades representantes da comunidade científica brasileira participassem das discussões sobre o substitutivo do Código Florestal.
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A participação ocorreu em função de uma demanda da própria comunidade científica que resultou na formação de um grupo de trabalho (GT) composto por cientistas das diferentes áreas abrangidas no código florestal. Os trabalhos foram iniciados no dia 7 de julho de 2010, e resultaram na publicação do livro O Código Florestal e a Ciência: Contribuições para o Diálogo, que foi lançado em Brasília, no dia 25 de março.
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Durante o período de trabalho, várias pessoas e entidades foram convidadas para dialogarem com o GT. Duas cartas foram produzidas e enviadas a todos congressistas e presidenciáveis alertando da necessidade de mais tempo para estudos aprofundados sobre os vários aspectos tratados no código florestal e seu substitutivo.
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Reconhecem a importância do agronegócio na produção de alimentos e na balança comercial brasileira, bem como a necessidade de que o desenvolvimento e a ampliação do agronegócio ocorram sem prejuízos à preservação e conservação dos recursos ambientais do País.
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Entendem que a agricultura familiar, responsável por 38,8% do valor bruto da produção agropecuária, representando 84,4% do número total dos estabelecimentos rurais que ocupam 24,3% da área agriculturável do Brasil, deve ter um tratamento especial por parte da legislação ambiental. Tratamento semelhante deve ser conferido às áreas consolidadas em ambientes urbanos e rurais que não provoquem degradação ambiental.
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Que o código florestal de 1965 (Lei 4771), apesar de construído com o aporte científico da época, necessita de aprimoramentos à luz da ciência e tecnologia disponíveis na atualidade. Ao mesmo tempo entendem que o Projeto de Lei n0 1.876 aprovado na Câmara dos Deputados também não resolve as necessidades de modificações na legislação anterior, pois o mesmo não contempla uma fundamentação científica e tecnológica.
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Que em função dos fatos expostos acima, a SBPC e ABC solicitaram mais dois anos para construção de um código florestal com base científica e tecnológica considerando aspectos jurídicos não punitivos e com equidade econômica, social e ambiental.
Desta forma, a SBPC e a ABC consideram precipitada a decisão tomada na Câmara dos Deputados, pois não levou em consideração aspectos científicos e tecnológicos na construção de um instrumento legal para o país considerando a sua variabilidade ambiental por bioma, interação entre paisagens urbanas e rurais que propiciem melhores condições de vida para as populações com uma produção agrícola ambientalmente sustentável.
Esclarecem também que esta decisão não tem nenhum vínculo com movimentos ambientalistas ou ruralistas, pois o mais importante é a sustentabilidade do País.
Reafirmam que estão dispostas a colaborar na construção de um código florestal/ambiental justo e que confiam que o Senado considere os aspectos científicos e tecnológicos na análise do substitutivo aprovado na Câmara dos Deputados.
São Paulo, 25 de maio de 2011.
Jacob Palis
Presidente da ABC
Helena B. Nader
Presidente da SBPC
José A. Aleixo da Silva
Coordenador do GT”
Carta-compromisso da educação entregue aos presidenciáveis no Dia do Professor
No dia 15 de outubro de 2010, por ocasião do “Dia do Professor”, as 27 organizações proponentes da “Carta-compromisso pela garantia do direito à educação de qualidade” entregam o documento aos candidatos à Presidência da República, Dilma Roussef (PT – Coligação “Para o Brasil seguir mudando”) e José Serra (PSDB – Coligação “O Brasil pode mais”).
O objetivo é assegurar o compromisso de ambas as candidaturas com políticas educacionais capazes de consagrar o direito à educação de qualidade para todos os brasileiros e todas as brasileiras.
Carta-compromisso
A “Carta-compromisso pela garantia do direito à educação de qualidade” foi lançada em 31 de agosto de 2010, na sede do Conselho Nacional de Educação. Redigida por 25 entidades e movimentos nacionais e dois organismos internacionais, o manifesto elenca sete desafios educacionais prioritários que devem ser superados com urgência, assevera a necessidade de constituição do Sistema Nacional de Educação (esfera citada no Art. 214 da Constituição Federal de 1988) e propõe quatro grandes compromissos de macro- políticas públicas a serem implementadas:
1. Ampliação adequada do financiamento da Educação pública.
2. Implementação de ações concretas para a valorização dos profissionais da Educação.
3. Promoção da gestão democrática.
4. Aperfeiçoamento das políticas de avaliação e regulação.
O conteúdo da Carta-compromisso sintetiza as propostas mais consensuais aprovadas na Conferência Nacional de Educação (Conae 2010).
Atos de entrega
A candidata Dilma Roussef recebe a “Carta-compromisso pela garantia do direito à educação de qualidade” no Palácio do Trabalhador, em São Paulo – SP, às 14 horas.
O candidato José Serra recebe o documento no Hotel Sumatra, Rua Souza Naves 803, Centro, Londrina – PR, às 17:30 horas.