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Ganhadores do Prêmio Nobel debatem ciência na USP

Evento organizado pela ABC em parceria com a Fundação Nobel com apoio da Universidade de São Paulo (USP) e da Fapesp teve destaque no Jornal Hoje da TV Globo, em 17 de abril.  A matéria, de três minutos, mostra a fila longa na entrada e entrevista estudantes e professores que foram ver as “celebridades” do mundo científico.

Os comentários e conselhos do francês Serge Haroche (Física, 2012), da norueguesa May-Britt Moser (Medicina, 2014) e o escocês David McMillan (Química, 2021) foram apresentados.

No debate com a plateia, uma estudante negra perguntou à May-Britt Moser sobre quantos estudantes negros trabalhariam em seu laboratório. A nobelista respondeu que em seu local de trabalho há alunos de 20 países diferentes e que cada um deve ter orgulho de si próprio.

A presidente da ABC também foi entrevistada: “Essa é a mensagem que eu quero deixar: ‘Eu também posso, eu preciso acreditar em mim'”.

Assista neste link


Veja a repercussão dos Diálogos Nobel Brasil 2024, realizados na Uerj, na USP e na Fiesp.

Panorama Atual do Ensino Superior no Brasil

No dia 30 de abril, 3ª feira, às 16h, a terceira edição do Fórum ABC/SBPC de Educação Superior vai trazer Luiz Roberto L. Curi (CNE) e Elizabeth Balbachevsky (USP) para apresentarem um Panorama Atual do Ensino Superior no Brasil.

Confira! O evento é on-line e será transmitido pelo YouTube da Academia Brasileira de Ciências.

A série de eventos é coordenada pelos Acadêmicos Aldo Zarbin e Sylvio Canuto.

 

Os palestrantes:

Luiz Roberto L. Curi (CNE)

Sociólogo e doutor em Economia, ambos pela Unicamp. É conselheiro e atual presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE). Atuou no CNPq, no CGEE, foi presidente do INEP/Ministério da Educação. Atuou também no Governo do Estado de São Paulo e na Prefeitura de Campinas, entre outros destacados cargos de gestão.

 

 

Elizabeth Balbachevsky (USP)

Doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP, onde é livre docente pelo Departamento de Ciência Política e professora associada no mesmo departamento. É vice-coordenadora do Núcleo de Pesquisa sobre Políticas Públicas da USP (NUPPs/USP). Desenvolve pesquisas na área de políticas de ciência, inovação e ensino superior, além de estudos na área de comportamento político.

 

 

 

 


SERVIÇO:

Evento: Fórum ABC/SBPC de Educação Superior
Tema:  Panorama Atual do Ensino Superior no Brasil
Palestrantes: Luiz Roberto L. Curi (CNE) e Elizabeth Balbachevsky (USP)
Local: YouTube da ABC
Data: 30 de abril, 3a feira
Hora: 16h

Veja o que vencedores do Nobel defendem para criação de futuro mais desenvolvido e justo

A cooperação entre pesquisadores de diferentes nacionalidades e o investimento em educação e ciência serão os principais impulsionadores de um futuro mais desenvolvido e justo, na avaliação de cientistas vencedores do prêmio Nobel reunidos no Rio nesta segunda-feira (15). O evento, promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) em parceria com a Fundação Nobel, abordou como a ciência pode ser usada para promover um mundo melhor.

O físico francês Serge Haroche, laureado com o Nobel da Física em 2012, acredita que os criadores de políticas devem favorecer a comunicação entre países e fomentar projetos que reúnam pesquisadores de diferentes regiões. Para ele, a comunicação e a cooperação entre cientistas são a chave para sociedades que buscam soluções para problemas semelhantes.

“É preciso garantir que a comunicação seja global entre cientistas e não seja afetada por tensões geopolíticas”, disse Haroche a jornalistas .

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Haroche acredita que os impactos da ciência na economia e em outras esferas só serão possíveis se houver boa educação e investimento na ciência básica. “É difícil porque a atitude natural dos políticos costuma ser a de buscar controlar a ciência e tomar decisões de cima para baixo, mas a ciência tem seu próprio tempo”.

Para Helena Nader, presidente da ABC, o Brasil precisa desenvolver ciência própria, ao mesmo tempo em que deve criar pesquisas internacionais em parceria com cientistas de outros países.

(…)

Para o escocês David MacMillan, vencedor do Nobel de Química em 2021 e professor na Universidade de Princeton, a promoção da diversidade é fundamental para o desenvolvimento científico.

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“Se você quiser resolver qualquer problema, vai querer várias pessoas pensando sobre ele. Pessoas com variados gêneros, nacionalidades e culturas pensam de forma diferente, e quando se reúnem, isso tem um impacto muito alto.”

(…)

A psicóloga e neurocientista norueguesa May-Britt Moser, vencedora do Nobel de Medicina em 2014, ponderou que as pessoas parecem ter memória curta sobre o papel da ciência e disse que, para nos prepararmos para o futuro, é necessário que a sociedade esteja pronta.

A norueguesa May-Britt Moser, vencedora do Nobel de Medicina em 2014, fala com estudantes no Rio | Foto: Clément Morin

“Pensei que aprenderíamos na pandemia o quão importante a ciência é, mas as pessoas esquecem. Se não tivéssemos pessoas trabalhando em ciência e facilitando as vacinas para salvar milhões e milhões de pessoas, teríamos um desastre muito maior”, acrescentou Moser, que também é chefe do departamento do Centro de Computação Neural na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.

(…)

Moser falou ainda sobre a representatividade de mulheres na ciência, observando que se as mulheres não ousarem romper barreiras, o aumento da presença feminina não vai acontecer.

“Na Noruega, nós temos mulheres em diferentes campos e para mim era algo natural, eu não via diferenças até dialogar com outros países. Se as pessoas não esperam que você faça algo, você precisa lutar mais para ocupar esses lugares”.

Leia a matéria na íntegra no site do Valor

 


Veja as fotos do encontro no Rio de Janeiro

Academia Brasileira de Ciências promove encontro com três premiados pelo Nobel

A ciência precisa ser comunicada para que a população se aproxime dela. A afirmação é da presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, feita durante o Diálogo Prêmio Nobel no Rio nesta segunda-feira (15).

O evento, realizado na Universidade do Estado do Rio, promoveu o encontro de estudantes de diferentes partes da América Latina com três premiados pelo Nobel.

A presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Nader, afirma que a comunicação tem papel essencial na aproximação entre ciência e sociedade.

Adam Smith, da equipe do Nobel Outreach, Anderson Brito, membro afiliado da ABC; o ganhador do Nobel David Mc Millan e a presidente da ABC, Helena Nader | Foto: Julio Cesar Guimarães

Durante o evento nesta segunda, diversos estudantes participaram dos painéis que debateram temas variados envolvendo ciência. Para a estudante de pós-graduação e bióloga Caroline Pires, é importante que o evento seja gratuito, para que mais pessoas possam participar dele. Ela conta como se sentiu representada por ter contato com uma nobelista mulher, May-Britt Moser, vencedora do Nobel de Medicina em 2014.

A reitora da Universidade do Estado do Rio (UERJ), Gulnar Azevedo e Silva, ressalta que pretende promover ainda mais encontros dessa natureza na universidade.

A agenda é promovida pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) em parceria com a Fundação Nobel e acontece também na quarta-feira (17), em São Paulo.

 


Veja as fotos do encontro no Rio de Janeiro

Dicas do Nobel David MacMillan para jovens cientistas

Leia matéria de Rafael Garcia para O Globo, publicada em 15 de abril:

Um dos maiores cientistas do mundo no campo da Química, o escocês David MacMillan desembarcou no último fim de semana no Brasil para uma série de palestras com jovens estudantes e cientistas no Rio e em São Paulo, a convite da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Professor da Universidade de Princeton, nos EUA, MacMillan recebeu o Prêmio Nobel de Química de 2021 pela criação de catalisadores (substâncias que aceleram reações químicas) mais ambientalmente sustentáveis, para emprego na indústria farmacêutica, agroquímica e de materiais. Egresso de uma família de classe operária em Glasgow, o cientista promete falar ao público não só sobre temas técnicos de sua área de pesquisa, mas também sobre como o espírito de curiosidade pode impulsionar uma carreira acadêmica de sucesso.

MacMillan se junta a outros dois colegas laureados pelo Nobel, a neurocientista May-Britt Moser e o físico Serge Haroche no evento promovido pela ABC esta semana para estimular a ciência entre jovens. Em entrevista ao GLOBO, contou um pouco sobre o que espera para o encontro, que ocorre nesta segunda-feira, no Rio, e na terça, em São Paulo.

O senhor fará apresentações aqui no Brasil para plateias de jovens cientistas que buscam inspiração. Que conselhos de carreira costuma dar nessas situações?

Meu conselho é bem simples. A primeira coisa é que você busque ser você mesmo. Seja autêntico e siga o caminho que pretende seguir, sendo muito cuidadoso em não tentar seguir o de outras pessoas. Ou seja, saber qual é seu próprio talento e ir em frente. Eu cresci num ambiente de classe operária na Escócia. Meu pai era metalúrgico, minha mãe empregada doméstica, e entrar na universidade, por si só, já era um salto enorme para mim. Mas, em certo estágio, eu já sabia que era isso que eu queria fazer. Me dei conta de que, no caminho que você escolhe, há uma escada de muitos degraus, e é preciso olhar para cima e pensar. Se você olha para o topo de uma escada muito alta, a tarefa parece impossível. Mas se você olha para o próximo degrau, sempre vai parecer razoável. Se você sabe quais são seus objetivos e o que lhe é caro, sobe no próximo degrau e segue em frente. Sempre haverá fracassos no meio do caminho. Falhar é normal, mas se você mantiver a paixão e o entusiasmo pelo que gosta, vai chegar a um lugar positivo.

(…)

Muitos cientistas ganhadores do Nobel defendem espaço para uma ciência mais solta e criativa, sem objetivo de aplicações imediatas. Seu trabalho ganhou muitas aplicações na indústria química. O senhor se guia muito por aplicações ou é movido mais pela busca de conhecimento puro?

A minha ciência até agora tem sido muito aplicável, mas eu também acredito que a ciência básica fundamental é muito importante. E nós tentamos fazer as duas coisas juntas. Eu sou grande defensor do valor do impacto na ciência. Se eu puder impactar o mundo hoje, em vez de ter que esperar 30 anos, porque não fazer agora? É muito mais divertido ver as coisas poderem ser usadas imediatamente. No meu laboratório, por exemplo, nós desenvolvemos ideias que rapidamente são adotadas por empresas farmacêuticas. Podemos literalmente inventar uma reação química na terça-feira, para a indústria usá-la na sexta. Isso é sensacional e muito gratificante, porque você percebe que está contribuindo para o conhecimento do mundo. Com sorte, é possível ajudar o progresso da medicina, pouco a pouco, mas de forma real. Sendo franco, nós damos sim muito valor à praticabilidade, à adoção e, em última instância, ao impacto. Não há nada de errado em cientistas pensarem assim.

(…)


Leia a entrevista na íntegra em O Globo

 

Computador quântico ainda está muito distante, diz ganhador do Nobel

0Leia matéria de Salvador Nogueira para a Folha de SP, publicada em 15 de abril, 


Serge Haroche, 79

Doutorado em física pela Universidade de Paris VI, Haroche foi laureado com o Prêmio Nobel em Física de 2012, por seu trabalho com a medição e manipulação de sistemas quânticos individuais. Professor do Collège de France desde 2001, foi seu diretor entre 2012 e 2015. [É membro correspondente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e está no  Brasil para participar dos Diálogos Nobel Brasil 2024 , organizados pela ABC em parceria com a Nobel Outreach Foundation, no Rio (15/4) e em SP (17/4).]


Sua pesquisa abriu caminho para transformar a mecânica quântica em uma teoria contraintuitiva que explica o mundo do muito pequeno em potenciais aplicações práticas do dia a dia. Mas Serge Haroche alerta: ainda há mais hype do que realidade no desenvolvimento de um computador quântico de uso geral, algo que vem sendo propagado por gigantes da tecnologia.

Vencedor do Prêmio Nobel em Física de 2012, o pesquisador francês (nascido no Marrocos na época em que era uma colônia francesa), hoje com 79 anos, vem ao Brasil numa parceria entre a Academia Brasileira de Ciências e a Nobel Prize Outreach, para conversar com estudantes no Rio de Janeiro —na UERJ, nesta segunda (15), e em São Paulo —na USP, na quarta-feira (17).

A proposta de um computador quântico tem um quê de revolucionário e pode, caso seja concretizada, realizar cálculos impossíveis por máquinas tradicionais. Enquanto hoje todos os computadores são baseados em bits, que só podem codificar 0 ou 1, futuras máquinas quânticas poderiam usar as peculiares propriedades das partículas elementares para processar informação. Pelas leis da mecânica quântica, elas podem codificar vários estados ao mesmo tempo (os chamados qubits, ou quantum bits), em tese viabilizando aplicações inviáveis por outros meios.

“É o aparelho que faz todas as pessoas sonharem, parece ser um tipo de Santo Graal para o público. Mas acho que ainda estamos muito longe”, diz o pesquisador. “É bom que grandes empresas, que têm muito dinheiro para gastar, como Google e Microsoft, façam isso, mas sem supervalorizar muito o que estão fazendo – o que acho que é um pouco o caso. No momento é mais um jogo de relações públicas do que de ciência real, na minha opinião.”

Quando realizou seus primeiros trabalhos demonstrando a viabilidade de aprisionar fótons (partículas de luz) individuais e medir sua interação com átomos, nos anos 1970, ele estava apenas tentando confirmar estranhas predições da mecânica quântica. “Nós nem sabíamos que havia a possibilidade de fazer ciência da informação quântica. Na verdade, aprendemos sobre isso uns dez anos depois de começarmos”, conta.

Quando realizou seus primeiros trabalhos demonstrando a viabilidade de aprisionar fótons (partículas de luz) individuais e medir sua interação com átomos, nos anos 1970, ele estava apenas tentando confirmar estranhas predições da mecânica quântica. “Nós nem sabíamos que havia a possibilidade de fazer ciência da informação quântica. Na verdade, aprendemos sobre isso uns dez anos depois de começarmos”, conta.

Hoje, diversas tecnologias, desde instrumentos para medição de alta precisão até os computadores quânticos, passando por relógios mais precisos que os atuais atômicos, estão em franco desenvolvimento –e algumas já se aproximam da maturidade.

Antes de vir ao Brasil, Haroche conversou por videoconferência com a Folha e contou o que mais o empolga, no mundo quântico e em outras áreas da ciência. Confira a seguir os principais trechos da entrevista.

(…)

Falamos um pouco sobre hype e gostaria de ir um pouco mais longe, porque não sei se isso acontece na Europa, mas aqui no Brasil é muito comum ver pessoas usando o mundo quântico como algo para promover coisas como medicina quântica, educação quântica, psicologia quântica… Isso o preocupa?

É ridículo. Eu estou preocupado com todas as coisas que são ataques à ciência. Um tipo de ataque à ciência é, claro, teorias de conspiração, notícias falsas, esse é um aspecto. E o outro aspecto é esse tipo de coisa que você menciona, charlatanismo. Porque há algo “misterioso” sobre a física quântica, há algumas pessoas que acreditam que a física quântica explica tudo, como transmitir pensamentos entre pessoas, curar câncer, todo tipo de coisa que é ridícula e que não tem nada a ver com isso.

(…)

Para encerrar, gostaria de perguntar o que, em tudo que se fala sobre ciência, o empolga mais neste momento?

É difícil dizer. Eu acho que há algo que está me intrigando, e algo que está me empolgando. Eu fico intrigado, é claro, como todos os cientistas, com esse problema sobre o que é energia escura, o que causa a aceleração da expansão do Universo. O que sabemos, realmente, em cosmologia, que ainda é uma grande caixa-preta, por enquanto. Há muitas observações, há teorias que, mais ou menos, explicam as observações, mas ainda não temos um tipo de modelo, um tipo de modelo padrão para a cosmologia que responda por tudo isso. Esse não é meu campo, mas gostaria de saber mais sobre isso.

Outro campo que me fascina é a busca pela vida em exoplanetas. Nós encontramos muitos, milhares de exoplanetas, alguns deles estão na faixa de distância da estrela que faz com que alguma forma de vida seja possível. E eu acho que vamos aprender muito sobre esse desenvolvimento da vida. Não estou falando de vida inteligente, mas de diferentes formas de vida. E eu acho que isso é fascinante, e acho que é uma pergunta muito profunda, a questão do nosso lugar no Universo.

Outra fronteira é entender melhor o cérebro humano, mas isso é completamente diferente, e nesse domínio a física é apenas um instrumento. O desenvolvimento de máquinas de ressonância magnética é um problema físico, mas é apenas um instrumento para entender coisas. Há muitos problemas interessantes e muitas razões por que é interessante ficar vivo o máximo tempo possível, para ver se há novos desenvolvimentos, novas coisas importantes acontecendo.

Leia a entrevista na íntegra  na Folha de SP

 

Acadêmico é indicado para diretor de Avaliação da Capes

O  Acadêmico Antônio Gomes de Souza Filho foi nomeado para exercer o cargo de diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  (Capes), decisão publicada em DO no dia 10 de abril.

Gomes concluiu o doutorado em Física pela Universidade Federal do Ceara (UFC) em 2001, com a realização de estágio sanduíche no MIT-EUA durante o ano de 2000. Atualmente é professor do Departamento de Física da UFC, tendo atuado como pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará de 2016 a 2019. Atuo também como pesquisador visitante da Unicamp (2009-2010). Atua na área de física da matéria condensada com ênfase em nanociência e nanotecnologia e é bolsista de produtividade do CNPq, nível 1A.

Foi tesoureiro da Sociedade Brasileira de Física (2017-2019) e membro do Conselho  (2019-2021). Atuou como cientista chefe da Fundação Cearense para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) do estado do Ceará (2019-2022). Foi nomeado coordenador da área de Astronomia/Física na Capes (2022 -2026), onde também integra o Conselho Técnico Científico (CTC) como membro titular desde 2023. 

Publicou 260 artigos em periódicos internacionais especializados. É autor e co-autor de sete artigos de revisão convidados e cinco capítulos de livros (springer-verlag). É co-autor do livro “Solid State Properties From Bulk to Nano”, publicado pela Springer-Verlag em 2018. Orientou nove dissertações de mestrado e co-orientou três. Orientou 11 teses de doutorado e co-orientou cinco. Supervisionou dez estágios de pós-doutorado.

Participou de projetos de colaboração internacional com as universidades de Tohoku (Japão) e de Lyon-1 (França), e também no MIT (EUA). Ministrou várias palestras e seminários como convidado no Brasil e no exterior, organizou eventos nacionais e internacionais e participou de vários comitês científicos de eventos internacionais consolidados. É consultor de várias agências de fomento e árbitro regular de várias revistas científicas.

Foi agraciado em 2009 com o prêmio Somiya da International Union of Materials Reserach Societies 2009 for the Collaborative Work on Carbon Nanostructured Materials. Recebeu em 2018, da Presidência da República do Brasil, a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico – Classe Comendador. 

Foi membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (2011-2015) e eleito membro titular em 2018. Atuou como membro do Conselho Consultivo da ABC (2019-2021). Em 2024, foi eleito fellow da The World Academy of Science (TWAS). 

Diálogo Nobel Brasil 2024: COMEÇOU!

A Academia Brasileira Ciências vai receber três ganhadores do prêmio Nobel em abril, no Rio e em São Paulo. São eles Serge Haroche (2012, Nobel de Física), May-Britt Moser (2014, Nobel de Medicina) e David MacMillan (2021, Nobel de Química).

Este será o primeiro encontro presencial entre nobelistas e estudantes brasileiros convidados, assim como com formuladores de políticas públicas e empresários. O Diálogo Nobel Brasil 2024 será o terceiro evento da parceria entre a Academia Brasileira de Ciências e a Nobel Prize Outreach. Saiba mais sobre os eventos anteriores aqui

O tema de 2024 é “Criando Nosso Futuro Juntos Com a Ciência”.



RIO DE JANEIRO | 15 DE ABRIL, 2ª FEIRA, 10h00-16h00
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Teatro Odylo Costa, filho| R. São Francisco Xavier, 524 – Maracanã, Rio de Janeiro – RJ

Como a ciência beneficia a sociedade e como a sociedade pode conseguir o melhor da ciência e dos cientistas? O Diálogo Nobel no Rio de Janeiro busca respostas para essas perguntas.

Pela manhã, serão discutidos o valor da ciência, como tornar a prática da pesquisa mais inclusiva e como se comunicar de forma mais eficaz com audiências diversificadas. Os debates interativos abordarão as responsabilidades dos cientistas, o papel das universidades e estratégias para a transição para um mundo mais sustentável.

À tarde, as discussões se concentrarão em como trabalhar melhor coletivamente, tanto dentro das instituições de pesquisa quanto entre diferentes disciplinas e setores, e os caminhos a serem seguidos pela ciência e pelos cientistas, analisando se existem estratégias mais apropriadas para direcionar nossos esforços e recursos para se obter o máximo da ciência e se criar o futuro que desejamos.

VEJA A PROGRAMAÇÃO

Assista ao evento do Rio de Janeiro:

 


SÃO PAULO | 17 DE ABRIL, 4ª FEIRA, 10h00-12h00
Universidade de São Paulo (USP)
Auditório do Centro de Difusão Internacional, Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 310, Butantã, São Paulo – SP

Em uma série de conversas e debates moderados, os laureados com o Prêmio Nobel discutirão o que aprenderam com uma vida dedicada à ciência. Com a ajuda da audiência, eles abordarão o que é necessário para manter a curiosidade científica e enfrentar grandes questões, como superar os muitos contratempos enfrentados na pesquisa e como comunicar descobertas aos colegas, formuladores de políticas e ao público em geral.

VEJA A PROGRAMAÇÃO

Acesse a transmissão do evento em SP:

 

SÃO PAULO | 17 DE ABRIL, 14h30- 16h30
Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp)

Apenas para convidados, envolvendo lideranças empresariais e governamentais, tomadores de decisão, setor acadêmico, agências de apoio à pesquisa e imprensa.


Quem são os nobelistas?

Serge Haroche, May-Britt Moser e David MacMillan
  • Serge Haroche é um físico francês, nascido em Casablanca, no Marrocos. Desde 2001 é professor de Física Quântica do Collège de France. Em 2012 foi laureado, juntamente com David Wineland, com o Prêmio Nobel da Física, “por métodos experimentais inovadores que permitem a medição e a manipulação de sistemas quânticos individuais”. Haroche é membro das Academias de Ciências da França e da Europa. É também membro estrangeiro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, da Academia Americana de Artes e Ciências e das Academias de Ciências do Brasil, Colômbia, Rússia e Marrocos. É Doutor Honoris Causa do Weizmann Institute e das Universidades de Montreal, Patras, Strathclyde e Bar Ilan.
  • May-Britt Moser é psicóloga e neurocientista norueguesa, chefe do departamento do Centro de Computação Neural na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Foi agraciada com o Prêmio Nobel de Medicina em 2014, dividido com o norueguês Edvard Moser, e o britânico-americano John O’Keefe. Sua pesquisa busca compreender a base neuronal das funções cognitivas superiores e é focada em navegação espacial e memória, porque essas são funções cognitivas fundamentais que compartilhamos com todos os animais. Os artigos de Moser têm atraído interesse especial porque a representação espacial é uma das primeiras funções a serem caracterizadas em um nível mecanicista em redes neuronais, e habilidades de navegação comprometidas são um dos principais sintomas da doença de Alzheimer.
  • David MacMillan é um químico britânico, professor da Universidade de Princeton desde 2006. Em 2021 foi laureado com o Nobel de Química juntamente com Benjamin List “pelo desenvolvimento da organocatálise assimétrica”. Catalisadores são substâncias que aceleram reações químicas sem se tornarem parte do produto final, importantes para a habilidade dos químicos em construir moléculas. Em 2000, os dois pesquisadores desenvolveram um novo tipo de catálise que se baseia em pequenas moléculas orgânicas e tem tornado a química mais amigável ao meio ambiente. É utilizada, por exemplo, em pesquisa farmacêutica.

 

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