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11 de fevereiro: Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência

Fotos: Creative Commons em Pexels (Jorge Sepúlveda / Anna Tarazevich)

Desde 2016, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é comemorado em 11 de fevereiro, data aprovada pela Assembleia Geral e celebrada pelas Nações Unidas e Unesco.  É um dia especial. Um dia para celebrar cada mulher e cada menina que dedica sua vida à ciência, enfrentando desafios com coragem e que transforma o mundo com suas descobertas e ideias. O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é um momento para reconhecer e reafirmar a importância do seu papel na construção de um futuro mais justo, sustentável e inovador.

A ciência precisa de diversidade, precisa da curiosidade, dedicação e resiliência das mulheres e das meninas. Cada uma que trilha esse caminho inspira outras a seguirem seus passos, criando um ciclo poderoso de empoderamento e transformação.

Sabemos que os desafios ainda existem, mas também sabemos que vocês são capazes de superá-los. A história da ciência é marcada por contribuições inestimáveis feitas por mulheres, muitas vezes sem o devido reconhecimento. Hoje, celebramos essas trajetórias e, acima de tudo, olhamos para o futuro com determinação: queremos um mundo onde meninas e mulheres tenham as mesmas oportunidades para explorar, inovar e liderar, sem barreiras ou limitações.

A diversidade de talentos e perspectivas é essencial para o avanço do conhecimento. Por isso, incentivamos cada menina que sonha em descobrir algo novo, cada jovem que desafia estereótipos, cada cientista que persevera apesar dos obstáculos. Vocês são inspiração e força para um futuro mais inclusivo e brilhante.

A Academia Brasileira de Ciências reafirma seu compromisso com a equidade de gênero na ciência e convida toda a sociedade a apoiar essa causa. Juntas e juntos, podemos transformar sonhos em realidade e abrir novos caminhos para as futuras gerações de cientistas.

Que este dia seja um lembrete do seu valor e da sua importância para o progresso da humanidade. Sigamos adiante, com coragem e determinação!

Com carinho e admiração,

Helena B. Nader
Em nome da Diretoria da Academia Brasileira de Ciências

 

MCTI lança edital do ProInfra voltado para as Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais

Para aprimorar e fortalecer a infraestrutura das unidades de pesquisa e organizações sociais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a ministra Luciana Santos anunciou um edital de R$ 200 milhões voltado para as instituições vinculadas à pasta. O lançamento da carta-convite ocorreu nesta sexta-feira (7), durante visita ao Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no Rio de Janeiro. Estiveram presentes o secretário-executivo do MCTI, Luis Fernandes, o presidente da Finep, Celso Pansera, e representantes das unidades de pesquisa.

“Temos nos dedicado à reconstrução do nosso Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. E isso passa, necessariamente, pela valorização das nossas unidades de pesquisa e das nossas organizações sociais, que são verdadeiras joias. O edital, que será por meio de carta-convite, tem como objetivo selecionar propostas para apoio financeiro voltado à expansão e desenvolvimento da infraestrutura de pesquisa, ampliando o campo para o desenvolvimento das pesquisas realizadas nas vinculadas”, explicou a ministra.

Segundo ela, as unidades de pesquisa e organizações sociais ligadas ao ministério, como instituições de excelência que são, têm um papel importantíssimo a cumprir nesse processo: na geração, aplicação e disseminação de conhecimento, no desenvolvimento de tecnologias, na promoção da inovação, na formação de recursos humanos altamente qualificados e no protagonismo do Brasil no cenário científico internacional, acrescentou.

Para a diretora do INT, Iêda Caminha, esse edital é fundamental para o fortalecimento das unidades de pesquisa.

“É muito importante para a gente adquirir equipamentos mais modernos e complementar a equipe através de bolsistas altamente qualificados. Esse edital nos permite que a gente modernize a nossa infraestrutura e complemente também equipes”, disse.

Recursos Financeiros

Serão disponibilizados até R$ 200 milhões em recursos não reembolsáveis do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), sendo que, no mínimo, 30% desses recursos deverão ser aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste desde que haja projetos classificados conforme os critérios do edital.

“O Brasil, com suas dimensões continentais, enfrenta desafios para garantir um desenvolvimento equilibrado. Enfrentar as assimetrias regionais é fundamental e desempenha um papel estratégico nesse processo. Presente em todas as regiões do país, essa iniciativa reforça nossa capilaridade e o compromisso com um futuro mais justo e inovador. Ao investir na qualificação e na distribuição equitativa de oportunidades, fortalecemos todas as regiões, promovendo um crescimento mais inclusivo e sustentável em todo o território nacional”, explicou a ministra.

O Edital

O formulário de apresentação de propostas estará disponível no dia 11/02/2025 no site da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). As instituições vinculadas terão até o dia 25/05/2025 para enviar as propostas. O resultado será divulgado no dia 5 de setembro. Confira a íntegra da chamada.

Celso Pansera, presidente da FINEP, comemorou o lançamento do edital. “Sob a liderança e determinação do presidente Lula, retomamos um ciclo robusto de investimentos em ciência, com um volume de recursos que não víamos há muito tempo. Esse novo modelo busca equilibrar o jogo, promovendo um debate mais democrático e garantindo que as instituições possam competir de forma justa entre si”.

Quem pode se inscrever:

Unidades de Pesquisa vinculadas ao MCTI (conforme Decreto nº 11.493, de 17/04/2023):
o    Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF)
o    Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer
o    Centro de Tecnologia Mineral (CETEM)
o    Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE)
o    Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN)
o    Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT)
o    Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA)
o    Instituto Nacional de Águas
o    Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
o    Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP)
o    Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
o    Instituto Nacional de Tecnologia (INT)
o    Instituto Nacional do Semiárido (INSA)
o    Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA)
o    Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC)
o    Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)
o    Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)
o    Observatório Nacional (ON)
Organizações Sociais caracterizadas como ICTs e que possuam contrato de gestão com o MCTI:
o    Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)
o    Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)
o    Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM)
o    Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA)
o    Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)
o    Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO)

Homenagem no INT

A cerimônia, no Rio de Janeiro, foi marcada por uma homenagem a servidora mais antiga do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), unidade de pesquisa do MCTI que completou 103 anos.  A diretora Iêda Caminha se dedicou 48 anos ao Instituto e anunciou a sua aposentadoria.

“Nesses 48 anos, as tecnologias foram avançando e eu fui acompanhando essa evolução, participando de projetos muito relevantes para o país como o TIB (Tecnologia Industrial Básica), o Proálcool, o Sibratec, onde coordenei uma rede nacional muito importante, que foi a de produtos para saúde. Coordenei outra rede, a Remato, também uma rede nacional só de implantes ortopédicos”, disse Iêda.

A diretora completou enfatizando que o INT é fundamental para o desenvolvimento tecnológico brasileiro e que ela fez parte dessa história. “Tenho certeza que contribuí muito para temas tão importantes para o país, temas estratégicos, onde o INT desempenha um papel fundamental para o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação”, completou.

Nova direção do INT

O evento desta manhã foi marcado, ainda, pela apresentação da nova diretora do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Dra Marcia Gomes de Oliveira.
Formada em Engenharia Química, com doutorado em Ciência e Tecnologia de Polímeros pelo Instituto de Macromoléculas da UFRJ, Marcia é uma pesquisadora sênior reconhecida por sua atuação inovadora e comprometida com o desenvolvimento tecnológico. Bolsista de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPq, ela traz consigo uma vasta experiência em pesquisa e gestão, acumulada ao longo de anos de dedicação ao INT.

Com a nomeação, o INT reforça seu compromisso com a inovação e o avanço científico, fortalecendo ainda mais seu papel estratégico no desenvolvimento tecnológico do país.

MCTI

Artigo aponta necessidade de atualizar dados sobre mitocôndria em livros didáticos

Agência FAPESP* – Em artigo publicado na revista Trends in Biochemical Sciences, a professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) [e membro titular da ABC] Alicia Kowaltowski defende a necessidade de atualizar os livros didáticos no que se refere às informações sobre a localização da cadeia de transporte de elétrons nas mitocôndrias e o papel do sódio na respiração mitocondrial.

Kowaltowski é integrante do Centro de Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fapesp.

O artigo, escrito em colaboração com Fernando Abdulkader, professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, destaca algumas novas descobertas sobre mecanismos de fosforilação oxidativa, incluindo um estudo inovador publicado na revista Cell pelo espanhol José Antonio Enríquez, do Spanish National Centre for Cardiovascular Research, e sua equipe, que revelou o papel inesperado do sódio na manutenção do potencial de membrana mitocondrial.

“O conhecimento evolui e o que apresentamos para os estudantes também deve evoluir”, argumenta a professora do IQ-USP. “Até alguns anos atrás, tínhamos certeza de que as mitocôndrias produziam ATP por fosforilação oxidativa no espaço em que a membrana interna interage com a externa. Isso mudou, pois descobrimos que esse processo ocorre dentro das cristas mitocondriais. Os livros didáticos estão errados e está na hora de corrigir isso. Agora, com o trabalho do grupo do Enríquez, descobrimos que a propriedade do potencial de membrana também pode ser um pouco diferente, algo ainda não abordado nos livros didáticos.”

Conhecida como “moeda energética”, a adenosina trifosfato (ATP) é gerada nas mitocôndrias por meio de fosforilação oxidativa – um processo de transferência de energia impulsionado por gradientes elétricos e de prótons através da membrana interna mitocondrial. Esse mecanismo envolve o acoplamento da oxidação gradual de doadores de elétrons na cadeia de transporte de elétrons ao bombeamento de prótons através da membrana, gerando o gradiente eletroquímico necessário para a síntese de ATP.

Sódio e potencial de membrana

Já se sabe há tempos que o gradiente de prótons nas mitocôndrias é pequeno, devido aos mecanismos de tamponamento celular que estabilizam o pH. Por isso, o gradiente de carga tem sido considerado o componente dominante do bombeamento de prótons. Até recentemente, esse gradiente era atribuído ao potássio, o cátion mais abundante na célula.

No entanto, o estudo do grupo de Enríquez revelou que entre 30% e 50% desse gradiente pode ser atribuído ao sódio, transportado em troca de prótons dentro do complexo I da cadeia de transporte de elétrons.

O complexo I transfere elétrons, que vêm inicialmente da nossa comida, da coenzima nicotinamida adenina dinucleotídeo (NADH), para os outros complexos na cadeia. Uma parte desse complexo, no entanto, desempenha uma função adicional como trocador de íons de sódio por prótons.

“Esse estudo traz duas contribuições importantes: a identificação de uma segunda função fundamental do complexo I e a demonstração do papel do sódio na manutenção do potencial de membrana das mitocôndrias”, afirma Enríquez.

Segundo Kowaltowski e Abdulkader, embora a descoberta seja inesperada, devido à baixa concentração de sódio dentro das células, o artigo de Enríquez apresenta dados convincentes. Os pesquisadores utilizaram inúmeros modelos experimentais, incluindo mutantes de componentes da cadeia respiratória, além de diversas abordagens metodológicas, como o uso de diferentes ionóforos e meios depletados de sódio. Os experimentos envolveram medições bioenergéticas quantitativas cuidadosas, incluindo raras quantificações calibradas do potencial de membrana.

O estudo também revela que uma mutação pontual no complexo I associada à neuropatia óptica hereditária de Leber (LHON) dificulta especificamente a troca de sódio por prótons, sem afetar o transporte de elétrons ou o bombeamento de prótons pelo complexo. A neuropatia óptica hereditária de Leber é uma doença mitocondrial neurodegenerativa que afeta o nervo óptico, frequentemente causando perda de visão em jovens adultos.

Para Kowaltowski, “os pesquisadores não apenas descrevem um novo mecanismo central para o metabolismo energético, mas também o relacionam diretamente a uma doença”.

O artigo Textbook oxidative phosphorylation needs to be rewritten pode ser acessado em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0968000424002548?via%3Dihub.

 

A Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências vem aí!

Entre os dias 6 e 8 de maio, no Museu do Amanhã (RJ), especialistas brasileiros e convidados estrangeiros vão debater o tema “Amazônia já! Sem tempo a perder”, em evento coordenado pelo vice-presidente da ABC para a região Norte, Adalberto Val.

A entrada é gratuita, mediante inscrições, cuja data de início será informada em breve.

Veja os temas e os coordenadores das sessões plenárias, que terão três palestrantes cada, com nomes ainda a confirmar:

AMAZÔNIA URBANA
Prof. Saint Clair Cordeiro da Trindade Jr.
Professor titular do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (UFPA). Doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado em Políticas Urbanas no Instituto de Altos Estudos da América Latina da Universidade Paris III/ Sorbonne Nouvelle, na França.

AMAZÔNIA NO FUTURO
Profa. Ima Vieira
Doutora em Ecologia pela Universidade de Stirling, na Escócia. Pesquisadora titular do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e professora do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Pará (UFPA).

INFRAESTRUTURA FÍSICA (CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E EDUCACIONAL)
Profa. Maria Olivia Simão
Doutora em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Professora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). 

SAÚDE ÚNICA NA AMAZÔNIA
Prof. Marcus Lacerda
Médico da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado e especialista em Saúde Pública da Fiocruz-Amazônia. Professor do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e professor adjunto da Universidade do Texas – Braço Médico (UTMB).

DIVERSIDADE CULTURAL NA AMAZÔNIA
Prof. André Baniwa
Líder indígena, empreendedor social.
Graduado em Gestão Ambiental (Uninter) e mestrando em Sustentabilidade Profissional junto a Povos Tradicionais (UnB).

Professores de ensino médio e início de graduação que levarem suas turmas ganham três exemplares do livro da ABC “Evolução é fato” para si e para sua escola!

Fique de olho nas atualizações no site e redes sociais da Academia Brasileira de Ciências!

O leilão das escolas públicas e o futuro da Educação no Brasil

Leia Editorial do JC e-mail de 7 de fevereiro, assinado pelos Acadêmicos Renato Janine Ribeiro e Paulo Artaxo, respectivamente, presidente e vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), e Francilene Procópio Garcia, também vice-presidente da SBPC:

A sanha privatizante que afeta certas gestões estaduais e municipais do país avança cada vez mais sobre um dos pilares essenciais da nossa democracia: a educação pública. Sob a roupagem da modernização e da “melhor” eficiência administrativa, oculta-se um projeto que desmantela o papel do Estado como garantidor do direito à educação gratuita, de qualidade e universal.

São Paulo, Paraná e Minas Gerais têm protagonizado esta cruzada ideológica na educação, na qual a terceirização da gestão educacional é apresentada como uma solução administrativa. Esquecem-se, no entanto, de que a educação não deve ser confundida com um serviço a ser ofertado segundo as lógicas de mercado.

O recente projeto do governador Tarcísio de Freitas (SP), que pretende entregar a gestão de quase 150 escolas à iniciativa privada—justamente aquelas com melhor infraestrutura e desempenho, e não as mais vulneráveis, como poderia imaginar o senso comum—deixa evidente o que está por trás de tamanho empenho. O objetivo claramente não é aprimorar a educação pública, mas sim criar nichos de mercado lucrativos para empresas do setor educacional.

Em Minas Gerais, o “Projeto Somar” tropeçou. O Tribunal de Contas suspendeu o edital de credenciamento das organizações privadas que assumiriam a gestão das escolas, após denúncias de irregularidades. Entre os entes credenciados, encontravam-se empresas cuja especialidade nada tinha a ver com a educação, algumas atuando no ramo de energia solar. O risco é enorme em uma área estratégica para o Estado brasileiro. Olha-se para os potenciais lucros, em detrimento dos alunos e do papel da educação.

No Paraná, em dezembro, 177 escolas estaduais receberam consultas públicas para a votação do Projeto “Parceiro da Escola”. A comunidade escolar de 10 delas aprovou a adesão ao programa, enquanto outras 84 o recusaram. Nos 83 colégios restantes, que não atingiram a quantidade mínima de votos, coube à Secretaria da Educação decidir a inclusão ou não no projeto, optando pela implementação em 70 dessas escolas. Apesar de uma resistência expressiva da comunidade escolar, o Tribunal de Justiça determinou há duas semanas a continuidade do programa, reforçando a determinação do governo estadual em avançar com a terceirização da gestão escolar, ignorando as contestações e preocupações levantadas por educadores e especialistas. No entanto, uma reviravolta ocorreu esta semana, quando um parecer do Ministério Público do Paraná reiterou que o programa Parceiro da Escola é inconstitucional, reacendendo o debate sobre a legalidade e os impactos dessa iniciativa.

A educação é um direito fundamental, e sua privatização representa não apenas um retrocesso civilizatório, mas uma afronta à ordem jurídica que rege nosso país. Está muito claro em nossa Constituição Federal que cabe ao Estado prover o ensino público e gratuito. Ao conceder a administração e infraestrutura de escolas à iniciativa privada, os governos estaduais e municipais rompem com esse princípio e negam a própria essência da educação como bem público e direito social.

Esses projetos de leiloar escolas públicas têm um agravante que passa despercebido no calor dos debates: transfere-se para o setor privado não apenas a infraestrutura e a gestão, mas também o controle sobre dados sensíveis dos estudantes e suas famílias. Em tempos em que informações são um ativo valioso, tal transferência sem as devidas salvaguardas institucionais expõe o público a diversos riscos com relação à sua liberdade, privacidade e dignidade.

A questão, portanto, não é meramente administrativa, mas sim política e moral: queremos um Estado que assegure direitos ou um que os entregue à mercê das empresas e das forças de mercado? Não há neutralidade possível nessa escolha. A defesa da escola pública é, antes de tudo, a defesa da democracia e da cidadania plena.

Privatizar a educação não é apenas um erro de gestão, mas uma abdicação da responsabilidade estatal para com as gerações futuras. O Estado brasileiro não pode abrir mão desse dever constitucional. A imposição de Parcerias Público-Privadas na educação compromete a equidade do ensino e fere os princípios de um Estado comprometido com a justiça social.

A escola pública é o berço da cidadania e da igualdade. Arriscar esse patrimônio em nome de interesses econômicos privados é não apenas um equívoco estratégico, mas um atentado ao futuro do Brasil como nação soberana e justa.

Pesquisadores da UFRJ identificam hormônio relacionado à fibrilação atrial

A fibrilação atrial é uma arritmia cardíaca, ou seja, um problema no ritmo dos batimentos do coração. “Normalmente, o coração bate de forma regular, como um relógio, mas na fibrilação atrial ele bate de forma desordenada e mais rápida do que o normal”, explicou o médico Emiliano Medei, líder do grupo de pesquisa do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), autor do estudo.

O pesquisador, que foi membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC) no período de 2011 a 2015 e é vice-coordenador do INCT INTERAS, informou que a fibrilação atrial está associada a várias condições, como pressão alta, doenças cardíacas, apneia do sono, obesidade, excesso de álcool, ou até mesmo após uma cirurgia ou período de estresse. Com a idade, o risco de desenvolver fibrilação atrial também aumenta. “Muitas dessas condições têm em comum um processo inflamatório crônico, cujo papel no desenvolvimento da fibrilação atrial é desconhecido”, observou.

Seu grupo de pesquisa mostrou agora que a IL-1beta, um hormônio do sistema imune que medeia grande parte dos processos inflamatórios crônicos na ausência de infecções, é capaz de causar diretamente a fibrilação atrial. O trabalho foi aceito na Nature Cardiovascular Research, uma revista de destaque nessa área de pesquisa.

Grupo do Laboratório de Cardioimunologia – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF-UFRJ)

Para investigar esse processo, o grupo do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ contou com uma parceria com o Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa, liderada pela Dra. Olga Ferreira de Souza. Eles injetaram IL-1beta em camundongos, em doses baixas, durante 15 dias. As injeções causaram alterações elétricas no coração que susceptibilizaram os animais ao desenvolvimento da fibrilação atrial.

Os pesquisadores mostraram que essas alterações não aconteciam em mutantes que não apresentavam receptores de IL-1beta nas células imunes do coração e que havia necessidade de nova síntese de IL-1beta no próprio átrio para que a fibrilação atrial se desenvolvesse. Uma molécula envolvida nessa nova produção de IL-1beta, a caspase-1, também se mostrou necessária para que a IL-1beta injetada causasse fibrilação atrial.

O trabalho indica que nas várias condições distintas em que há susceptibilização à fibrilação atrial e processo inflamatório crônico pode haver participação de IL-1beta. Como não é possível saber em cada caso individual qual o fator mais relevante para seu desenvolvimento, o encontro de um fator presente em muitas das condições que, por si só, determina fibrilação atrial, é uma descoberta importante.

“Tanto o uso de remédios que inibam a IL-1beta ou intermediários envolvidos na sua produção, como caspase-1, são opções terapêuticas a serem testadas para prevenir a fibrilação atrial”, explicou Medei.

Acesse aqui o artigo original, publicado na Nature Cardiovascular Research em 6/2/2025

Câmara Brasileira do Livro anuncia a 2ª edição do Prêmio Jabuti Acadêmico

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anuncia, nesta quinta-feira (30/1), a 2ª edição do Prêmio Jabuti Acadêmico, criado em 2024 para prestigiar obras acadêmicas, científicas, técnicas e profissionais. A premiação reconhece e valoriza a excelência da produção acadêmica brasileira, destacando o trabalho de autores e editores dedicados a esses segmentos. Neste ano, a novidade é a inclusão da categoria Tradução, que reforça o compromisso da premiação com a diversidade e a disseminação do conhecimento. 

Podem concorrer ao prêmio obras publicadas em primeira edição entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, considerando como inéditas aquelas que nunca tenham sido publicadas em qualquer formato. Além disso, os títulos devem possuir ISBN e Ficha Catalográfica emitidos no Brasil, atendendo às exigências legais.

As inscrições estão abertas até as 18h do dia 20 de março de 2025, pelo site oficial: www.premiojabuti.com.br/academico

A premiação está dividida em dois eixos: Ciência e Cultura, com 27 categorias; e Prêmios Especiais, que conta este ano com a nova categoria Tradução, além Ilustração e Divulgação Científica. No total são 30 categorias.

Outra novidade da edição é que cada obra só poderá ser inscrita em uma única categoria do Prêmio Jabuti Acadêmico, com exceção da categoria Ilustração, que aceita a inscrição de títulos que também estejam participando em qualquer outra dos dois eixos. 

Os autores premiados receberão a estatueta em cerimônia especial, além de um prêmio de R$ 5 mil. As editoras das obras premiadas receberão uma estatueta do Jabuti.  

Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro, ressalta a importância da iniciativa: “O Prêmio Jabuti Acadêmico é um reconhecimento, uma forma de valorizar ainda mais obras das áreas acadêmicas, técnicas e profissionais, revelando a qualidade da produção científica brasileira. Ano passado foram 1.953 obras inscritas, o que demonstra toda a força da primeira edição do Prêmio. Estamos animados para, mais uma vez, reconhecer a excelência acadêmica do país”, afirma. 

Pelo segundo ano, a premiação conta com o apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). 

Categorias

O eixo Ciência e Cultura abrange 27 categorias, são elas: Ciência de Alimentos e Nutrição; Ciências Agrárias e Ambientais; Medicina Veterinária, Zootecnia e Recursos Pesqueiros; Ciências Biológicas, Biodiversidade e Biotecnologia; Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional; Enfermagem, Farmácia, Saúde Coletiva e Serviço Social; Medicina; Odontologia; História e Arqueologia; Antropologia, Sociologia, Demografia, Ciência Política e Relações Internacionais; Educação e Ensino e Filosofia.  

Este eixo também conta com as categorias de Ciências Religiosas e Teologia; Geografia e Geociências; Psicologia e Psicanálise; Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo; Arquitetura, Urbanismo, Design e Planejamento Urbano e Regional; Comunicação e Informação; Direito; Economia; Artes; Letras, Linguística e Estudos Literários; Astronomia e Física; Ciência da Computação; Matemática, Probabilidade e Estatística; Química e Materiais e Engenharias. 

O eixo Prêmios Especiais, que já contava com as categorias Divulgação Científica e Ilustração, nesta edição passa a contar com  Tradução, onde serão avaliados livros em tradução inédita de qualquer idioma para o português e publicados em nova edição no Brasil. 

Curadoria

Pelo segundo ano, o curador do Prêmio Jabuti Acadêmico é o Professor Doutor Marcelo Knobel, que tem grande bagagem profissional. É renomado físico, conhecido por sua defesa ativa das universidades e da ciência. É membro titular da Academiaq Brasileira de CIências (ABC) e assumiu recentemente o cargo de diretor executivo da TWAS – The World Academy of Sciences, na Itália. 

Foi reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e atuou como Pró-Reitor de Graduação na mesma instituição. Knobel foi ainda diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia e presidente do Insper. 

“O Prêmio Jabuti Acadêmico ganhou força logo na sua primeira edição por reconhecer e celebrar os resultados de trabalhos acadêmicos. Para essa eleição, contamos com o apoio de uma comissão de jurados altamente qualificada e diversa, que busca valorizar obras com contribuições significativas para o conhecimento e para a sociedade”, destaca Marcelo Knobel, curador do Prêmio Jabuti Acadêmico. 

O Conselho Curador desta edição é formado por sete profissionais, com vasta bagagem no meio acadêmico:

Bernardo Lessa Horta, professor do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia (UFPel), doutor em Epidemiologia pela McGill University; coordenador da Área de Saúde Coletiva – CAPES e membro do Comitê Assessor em Saúde Coletiva e Nutrição – CNPq.

Débora Foguel, bióloga e doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professora titular do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis desta universidade, além de coordenadora da Rede de Ciências para Educação e pesquisadora do Centro de Estudo Sociedade, Ciência e Universidade. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências.

Emmanuel Zagury Tourinho, psicólogo pela Universidade Federal do Pará (UFPA), mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo (USP). É Professor Titular da UFPA, vinculado ao Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento.

João Carlos Pereira da Silva, professor titular aposentado da Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde atuou por 46 anos. Mestre e doutor em Patologia Veterinária, com passagem em várias funções no âmbito do MEC e do INEP, e dezenas de artigos científicos em periódicos nacionais e estrangeiros.

Maria do Carmo Rebouças dos Santos, professora de Direito da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação. Doutora em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional pelo Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares da Universidade de Brasília (UnB).

Marilene Corrêa, professora titular da Universidade Federal do Amazonas, mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, doutora em Ciências Sociais pela Unicamp. Tem pós-doutorado na Université de CAEN (França), na UNESCO, e na Université Gustave Eiffel.

Solange Yokozawa, professora titular da Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenadora adjunta dos programas acadêmicos de Linguística e Literatura/CAPES. Tem doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e é pesquisadora do CNPq.

Homenagens

Assim como no Prêmio Jabuti voltado para obras literárias, o Prêmio Jabuti Acadêmico tem um momento dedicado a homenagens. Serão reconhecidos a Personalidade Acadêmica – escolha que será feita pela CBL; e o Livro Acadêmico Clássico. No segundo caso, uma consulta pública para indicação das obras será aberta a partir de 30 de janeiro, por um prazo de 30 dias. O vencedor será escolhido pela entidade e curadoria do prêmio. O Livro Acadêmico Clássico contempla obras atemporais, que se mantenham relevantes e que tenham lugar cativo na memória de estudantes de diferentes segmentos.  

Inscrições

A abertura das inscrições começa às 16h do dia 30 de janeiro e irá até as 18h do dia 20 de março de 2025 no site www.premiojabuti.com.br/academico. Podem ser feitas pela editora, pelo autor, agente literário ou procurador devidamente constituído. A premiação prevê a participação de autores brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros com residência permanente no Brasil.

As inscrições realizadas de forma antecipada, até as 18h de 28 de fevereiro, terão preço especial. Acesse o site da premiação e confira as informações detalhadas sobre cada perfil para inscrição e respectivas taxas.

Etapas e cerimônia final

As informações sobre os semifinalistas e finalistas, além da data e o local de realização da cerimônia de entrega da premiação serão divulgadas durante o ano. As definições serão noticiadas no site, nas redes sociais @cbloficial, no Instagram @jabuticademico, e por comunicados à imprensa.

Para mais informações sobre as inscrições, categorias e critérios do prêmio, visite o site oficial em www.premiojabuti.com.br/academico.

SOBRE A CBL

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) é uma associação sem fins lucrativos que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Há 77 anos, atua em diversas frentes sempre com o propósito de promover o acesso ao livro e a democratização da leitura em todo o país, além de divulgar a literatura brasileira no mercado internacional. Desde março de 2020, a CBL é a Agência Nacional do ISBN e, no mesmo período, lançou uma plataforma digital que reúne seus serviços de maneira integrada e dinâmica. Outra atuação forte da entidade está ligada a uma agenda de relacionamento com as mais diversas esferas públicas e governamentais para debater pautas e políticas importantes para o setor. Todas as ações da entidade são pensadas com um olhar estratégico e sensível de quem acredita no poder transformador dos livros para a sociedade. 

Sobre a ABC

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) é uma entidade independente, não governamental e sem fins lucrativos. Com um quadro atual de mais de 900 membros, a ABC é reconhecidamente a mais prestigiosa associação de cientistas no país. Seu foco é o desenvolvimento científico, educacional e do bem-estar social do país. Contribui para a promoção da ciência através do reconhecimento do mérito científico, a publicação do periódico Anais da ABC e o estudo de temas de primeira importância para a sociedade, visando dar subsídios científicos para a formulação de políticas públicas. Promove grupos de trabalho de cientistas de excelência sobre temas urgentes para a sociedade brasileira. Atua de forma semelhante, com liderança reconhecida, em organismos internacionais. 

Sobre a SBPC

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é uma entidade civil, sem fins lucrativos ou posição político-partidária, voltada à defesa do avanço científico, tecnológico, educacional e cultural do Brasil. Desde sua fundação, em 1948, exerce um papel importante na expansão e aperfeiçoamento do sistema nacional de ciência e tecnologia, bem como na difusão e popularização da ciência no País. Sediada em São Paulo, está presente nos demais estados brasileiros por meio de Secretarias Regionais. Representa mais de 120 sociedades científicas afiliadas e milhares de sócios. A SBPC participa ativamente de debates sobre os rumos das políticas de C&T e da educação no Brasil. Realiza ininterruptamente, desde 1949, a Reunião Anual, considerada o maior evento científico da América Latina.


Informações para a imprensa

Ana Paula Fonseca – anapaula@danthi.com.br (11) 98696-7212

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Mais de 50 entidades científicas subscrevem nota de repúdio da SBPC e da ABC por ataques do CFM a pesquisadora

 
No documento, divulgado no dia 3 de fevereiro, as entidades manifestam apoio à professora Ligia Bahia e reforçam a importância da liberdade acadêmica e do compromisso com a ciência

Mais 50 entidades científicas (ver abaixo) subscreveram a nota divulgada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), nessa segunda-feira, 3 de fevereiro, na qual manifestam apoio à professora Ligia Bahia e reforçam a importância da liberdade acadêmica e do compromisso com a ciência. O documento também teve repercussão na imprensa nacional, em jornais como O Globo e a Folha de S. Paulo.

O GLOBO
SBPC e Academia Brasileira de Ciências divulgam nota de repúdio ao CFM por ação judicial contra a médica Ligia Bahia

FOLHA DE S. PAULO
SBPC e Academia Brasileira de Ciências apoiam professora da UFRJ acusada de difamação pelo CFM

“Ao buscar puni-la por defender estratégias baseadas em evidências científicas, o CFM se afasta dos princípios básicos da ciência e da liberdade de expressão, que fundamentam a vida acadêmica e as sociedades democráticas”, afiram as entidades na nota.

Confira a nota da ABC e SBPC em PDF aqui.

O documento é endossado pelas seguintes entidades:

Associação Brasileira de Antropologia (ABA)
Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciências (ABCMC)
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)
Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias (ESOCITE.BR)
Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN)
Associação Brasileira de Mutagênese e Genômica Ambiental (MutaGen)
Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas (ABRACE)
Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE)
Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO)
Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI)
Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB)
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (ANPARQ)
Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE)
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED)
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (ANPEGE)
Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE)
Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe)
Sociedade Astronômica Brasileira (SAB)
Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN)
Sociedade Brasileira de Biofísica (SBBf)
Sociedade Brasileira de Biologia Celular (SBBC)
Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq)
Sociedade Brasileira de Computação (SBC)
Sociedade Brasileira de Cristalografia (ABCr)
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (ECOTOX-BRASIL)
Sociedade Brasileira de Eletromagnetismo (SBMAG)
Sociedade Brasileira de Ensino de Química (SBENQ)
Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)
Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE)
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM)
Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE)
Sociedade Brasileira de Física (SBF)
Sociedade Brasileira de Geoquímica (SBGq)
Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH)
Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)
Sociedade Brasileira de Lógica (SBL)
Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC)
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT)
Sociedade Brasileira de Microeletrônica (SBMicro)
Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC)
Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO)
Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP)
Sociedade Brasileira de Parasitologia (SBP)
Sociedade Brasileira de Primatologia (SBP)
Sociedade Brasileira de Protozoologia (SBPz)
Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP)
Sociedade Brasileira de Química (SBQ)
Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS)
Sociedade Brasileira de Virologia (SBV)
Sociedade Entomológica do Brasil (SEB)

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