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Brasil chega à COP como pária ambiental, afirma climatologista Carlos Nobre

Leia entrevista de Luiz Henrique Gomes para o Estadão, com o Acadêmico Carlos Nobre, publicada em 29/10: 

O climatologista Carlos Nobre, uma das principais vozes da ciência que alertam para os riscos de savanização da Amazônia no futuro, avaliou a 26.ª edição da Conferência do Clima como a mais importante desde a de 2015, quando o Acordo de Paris foi assinado. No centro desta edição, a Amazônia aparece como um dos principais desafios do mundo para enfrentar a questão climática, e o Brasil, avalia o climatologista, chega como um pária ambiental por causa do fracasso no combate ao desmatamento. “O país está sem nenhuma credibilidade internacional com relação aos compromissos climáticos”, disse em entrevista ao Estadão.

Com o crescimento da emissão de gases do efeito estufa em 2020, na contramão do mundo, o País chega pressionado pela comunidade internacional a assumir o compromisso de reduzir o desmatamento na Amazônia, principal fonte de gases no território nacional. O momento é crucial, na avaliação de Carlos Nobre: se este compromisso não for feito agora, dificilmente o mundo vai reduzir a emissão de gases de efeito estufa pela metade até 2030, o que pode elevar a temperatura do planeta acima de 1,5º C.

Após apresentar um crescimento na emissão de gases estufas em 2020, com que imagem o Brasil chega na 26ª edição da Conferência do Clima (COP-26)?

O Brasil chega à Conferência do Clima como um pária ambiental. O país está sem nenhuma credibilidade internacional com relação aos compromissos climáticos. A notícia do aumento dos gases de efeito estufa em 2020, na contramão do que aconteceu nos principais países do mundo, piora ainda mais essa situação. O que leva a esse aumento é a continuidade do aumento do desmatamento da Amazônia, o aumento dos incêndios na floresta e no Cerrado, o afrouxamento da fiscalização e da legislação ambiental e nenhuma regulação ou medida para reduzir a emissão de gases estufas por parte da produção agrícola, que no ano passado foi enorme devido à pandemia. Então, o que o país mostrou é que não se compromete com o combate ao desmatamento. No ano passado, 12 mil km² de áreas foram desmatadas, mais do que os 11 mil km² de 2019. Já chegamos a ter 4 mil km² de desmatamento anual em 2012 e nos comprometemos a baixar para além disso, mas retrocedemos e estamos com uma imagem muito ruim.

(…)

Leia a entrevista na íntegra no site do Estadão. 

IAP pede cooperação internacional para zerar emissões de gases estufa

Como preparação para a COP-26, que será realizada em novembro em Glasgow, a Parceria InterAcademias (IAP), da qual a ABC faz parte, lançou um comunicado em que avisa que só a colaboração internacional pode fazer o planeta atingir a meta de controlar o clima até a metade do século.

O grupo de trabalho responsável pelo texto contou com a participação do Acadêmico Roberto Schaeffer. O documento alerta para a necessidade de que os países reconheçam os riscos e as transformações que as mudanças climáticas representam, criando planos de ação detalhados para zerarem suas emissões até 2050.

A IAP urge por uma colaboração internacional mais efetiva entre governos e a comunidade científica para acelerar a redução das emissões através de investimento em tecnologias sustentáveis e suporte para que países em desenvolvimento consigam acompanhar o processo. A entidade recomenda que subsídios para práticas poluidoras sejam transferidos para tecnologias neutras em carbono.

Confira o comunicado completo.

Coletiva de imprensa da ABC sobre crise hídrica é destaque na mídia

Veja parte da repercussão da coletiva de imprensa realizada pela Academia Brasileira de Ciências, no dia 12 de fevereiro, em que cinco cientistas de áreas diferentes falaram sobre a crise hídrica e responderam às perguntas de jornalistas.

Jornal Nacional
Reunião de pesquisadores da Academia Brasileira de Ciências trata crise no abastecimento

Jornal das Dez – Globo News
Pesquisadores dizem que escassez de água era prevista e havia sido alertada

Bom Dia Brasil
Pesquisadores dizem que governo não deu atenção aos alertas sobre a crise hídrica

Band
Especialistas voltam a defender o racionamento

CBN
Especialistas deixam claro descolamento entre ciência e governos

O Globo
Falta dágua em Rio, São Paulo e Minas deve persistir, alerta Academia Brasileira de Ciências

O Estado de S. Paulo
Crise da água: governos ignoram alerta, dizem cientistas

Folha de S. Paulo
Cientistas reclamam da falta de ação dos governos contra a crise da água

G1
Especialistas dizem que crise hídrica era previsível desde 2013

Jornal do Brasil
Governos fazem política de avestruz frente à crise hídrica, criticam cientistas

Correio Braziliense
Cientistas criticam paralisia de governos para enfrentar crise hídrica

Jornal Destak
Governo ignora carta de especialistas

Agência Brasil
Cientistas criticam paralisia de governos e recomendam economia drástica de água

O Eco
Cientistas pedem transparência na gestão da crise da água

Dialog Consultoria
Cobertura da Coletiva de Imprensa sobre a Crise Hídrica

Revista História Ciências Saúde Manguinhos
Scientists discuss causes and solutions for Brazils water shortage


INTERNACIONAL

Caracol.co (Agência EFE/ Espanha)
Científicos brasileños critican la gestión pública antes y durante la sequía

DNotícias (Agência Lusa/ Portugal)
Cientistas brasileiros reclamam mais esforços dos políticos para combater a crise de água

RTCC (Inglaterra)
Brazil faces water rationing amid worst drought in 84 years

Latin American Herald Tribune (Venezuela)
Brazilian Scientists Decry Government Response to Drought

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