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Conhecer para Entender: pesquisadoras analisam em vídeo artigo publicado na Science

A Acadêmica Débora Foguel coordena o projeto Conhecer para Entender, iniciativa da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A equipe de produção dos vídeos é liderada pela professora associada do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM) da UFRJ Lucia Bianconi e conta com a colaboração da graduanda em medicina pela UFRJ Amanda Kelen Soares Melo. Os vídeos são baseados em análises de artigos recentes sobre coronavírus, publicados em revista destacadas, feitas por jovens pesquisadores de excelência de todo o Brasil.

O Comitê de Avaliação é composto pela vice-presidente da ABC Helena B. Nader, os vice-presidentes Regionais da ABC João Batista Calixto (Região Sul) e Mauro Teixeira (Região MG&CO)  e a diretora da SBPC Lucile Winter.

O terceiro vídeo da série, baseado em texto de autoria da ex membro afiliado da ABC Claudia Pinto Figueiredo (2015-2019), professora da Faculdade de Farmácia da UFRJ e da afiliada da ABC Jaqueline Godoy Mesquita (2018-2022), do Departamento de Matemática da Universidade de Brasília (UnB), apresenta um estudo de pesquisadores chineses e norte-americanos, publicado na Science em 16/3, sobre o papel dos indivíduos infectados, mas que não foram diagnosticados, na disseminação do novo coronavírus.

Para entender e valorizar a importância da ciência, é preciso conhecê-la e saber como ela é feita.
Assista e divulgue!

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Veja os outros vídeos da série “Conhecer para Entender” aqui!

 

Como evitar a ansiedade e a depressão causadas pelo isolamento

Leia matéria de Mariza Tavares para o G1, publicada em 31/3, com entrevista do psiquiatra e Acadêmico Antonio Egídio Nardi:

Conhecer para Entender: ABC e SBPC lançam novo vídeo da série

A Acadêmica Débora Foguel coordena o projeto “Conhecer para Entender“, iniciativa da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A equipe de produção dos vídeos é liderada pela professora associada do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM) da UFRJ Lucia Bianconi e conta com a colaboração da graduanda em medicina pela UFRJ Amanda Kelen Soares Melo. Os vídeos são baseados em análises de artigos recentes sobre coronavírus, publicados em revista destacadas, feitas por jovens pesquisadores de excelência de todo o Brasil.

O Comitê de Avaliação é composto pela vice-presidente da ABC Helena B. Nader, os vice-presidentes Regionais da ABC João Batista Calixto (Região Sul) e Mauro Teixeira (Região MG&CO)  e a diretora da SBPC Lucile Winter.

O segundo vídeo da série, baseado em texto de autoria do ex membro afiliado da ABC Marcelo Farina (2015-2019), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), apresenta um estudo de pesquisadores chineses sobre duas substâncias testadas para o combate ao covid-19. O lopinavir e o ritonavir não foram bem sucedidos, mas o vídeo mostra o processo do trabalho científico de forma clara e interessante, além de esclarecer a importância dos resultados negativos para o desenvolvimento da ciência.

Assista e divulgue!

REFERÊNCIA:

“Trial of Lopinavir-Ritonavir in Adults Hospitalized with Severe Covid-19. N Engl J Med. 2020 Mar 18. doi: 10.1056/NEJMoa2001282. [Epub ahead of print] PubMed PMID: 32187464; PubMed Central PMCID: PMC7121492. Cao et al.”


Veja também a playlist com os outros vídeos da série sobre coronavírus do projeto Conhecer para Entender.

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ABC na pandemia do coronavírus: conhecer para entender!
Compartilhe: http://www.abc.org.br/atuacao/nacional/coronavirus/

 

‘Infectado vira fábrica de vírus antes de ter sintomas’, diz pesquisadora da UFRJ

Leia a matéria de Ana Lucia Azevedo para O Globo, publicada em 24/03:

RIO – Discutir com os médicos italianos a escolha de tratamentos para casos críticos da Covid-19 se tornou parte da rotina da médica Patrícia Rocco, chefe do Laboratório de Investigação Pulmonar da UFRJ, membro da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Ciências.

Autora de mais de 300 estudos, ela lidera um grupo que investiga o uso de derivados de células-tronco contra o novo coronavírus em pacientes com estágio avançado da doença.

Por que o Sars-CoV-2 é um vírus tão transmissível?

Em média, cada paciente infecta até três indivíduos. Isso ocorre, a grosso modo, pela forma do vírus. Ele é uma coroa de espinhos. E os utiliza para entrar, dominar a célula e usar o material genético dela para se multiplicar muito depressa. A pessoa infectada vira uma fábrica de vírus antes que os sintomas apareçam. Isso faz com que passe de uma pessoa para outra com grande eficiência e dificulta demais o fim da pandemia. Por isso, as quarentenas são fundamentais.

O que a Covid-19 faz com os pulmões?

Nos casos graves, os pulmões ficam inflamados, podendo ficar mais rígidos e não responder aos procedimentos usuais, como altos níveis de pressão expiratória final. Além disso, estamos vendo que os pacientes apresentam embolia pulmonar frequentemente associada à Covid-19, deteriorando ainda mais os pulmões.

O que tem sido testado como tratamento da Covid-19?

Há estratégias com remédios e outras não-farmacológicas, como as células mesenquimais. Mas todos os estudos foram realizados em um número pequeno de pacientes, em diferentes momentos da doença, o que não permite que indiquemos tais terapias de forma rotineira.

Em que o seu grupo trabalha agora?

Em terapias com células mesenquimais de diferentes origens: medula óssea, tecido adiposo, do cordão umbilical. Mas as células-tronco não podem ser dadas diretamente porque o vírus também as infecta e destrói. Então, estamos pensando numa estratégia.

Qual?

Sabemos que essas células liberam as chamadas vesículas extracelulares que podem não ser afetadas pelo vírus e que contêm dentro delas microRNA, RNA-mensageiro e uma séria de outras substâncias. Achamos que tais vesículas extracelulares possam conter a inflamação grave, que mata os pacientes. Temos que provar que essas vesículas extracelulares possam atuar in vitro e depois nossa ideia é dar diretamente as vesículas extraídas dessas células-tronco aos pacientes.

Em que fase estão?

Nos preparamos para testá-las em células, esferoides e organoides (que funcionam como miniórgãos). Não há modelo animal adequado para os testes. Se as vesículas “tratarem” os organoides, a etapa seguinte será em estudos clínicos, com pequenos grupos de pacientes.

A Covid-19 tem cura?

A maioria dos pacientes ficará curado. Entretanto, cerca de 15% dos pacientes irão evoluir para pneumonia e/ou falência respiratória aguda. Os pacientes que apresentam falência respiratória e necessitam de entubação orotraqueal e ventilação mecânica apresentam letalidade alta, de 80% a 90%, dependendo do país.

Para avaliar se um indivíduo já apresentou a Covid-19, é importante realizar testes sorológicos. Porém, ainda não estamos realizando no Brasil (o governo anunciou que compraria 10 milhões deles). Com base na experiência dos outros países, podemos dizer que os casos leves ficarão recuperados em cerca de 14 dias.

Confira a matéria na íntegra.

 


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Ciência para a defesa da vida

O presidente da ABC, Luiz Davidovich, divulgou posicionamento da Academia Brasileira de Ciências, em 25/3:

Neste momento de grave crise sanitária, econômica e social, a Academia Brasileira de Ciências vem afirmar a importância de políticas públicas baseadas na evidência científica, visando controlar a magnitude da epidemia Covid-19 e reduzir o sofrimento da população.

O primeiro caso de Covid-19 no mundo foi relatado na China no final de 2019. Em menos de três meses a doença se espalhou pelo mundo e virtualmente todos os países relatam casos dessa doença. Os números hoje (25/03/2020) são gigantescos, atingindo jovens e idosos, para uma doença que não existia há apenas três meses: 441 mil casos, mais de 19 mil mortes. Na Europa, atual foco da doença, sistemas de saúde estão sobrecarregados. Já nos Estados Unidos, casos aumentam exponencialmente e o sistema de saúde já começa a sentir os impactos da doença. Apenas em Nova Iorque, são mais de 15 mil casos e 192 mortes (25/03/2020), com número em franca expansão. Nesse ritmo, espera-se um aumento de casos de 10 vezes a cada semana, se nenhuma atitude for tomada.

Graças à ciência, conhecemos o agente causador e como ele provavelmente entrou na cadeia de infecção entre seres humanos; sabemos como diagnosticar de forma precisa quem está infectado; conhecemos as formas de contágio e conhecemos estratégias que impedem a sua transmissão na população, que tiveram sucesso na Coreia do Sul, Japão, Singapura e Hong Kong. Sabemos como tratar clinicamente (através de suporte ventilatório), e isso vem se aprimorando nos últimos dias. Conhecemos também alguns experimentos in vitro, que são promissores para algumas drogas, como a cloroquina. Mas esse fármaco nunca se mostrou benéfico em outras viroses em que também havia dados in vitro promissores. Por isso mesmo, é necessário fazer ensaios clínicos de forma controlada, com revisões independentes, para demonstrar o real benefício (ou não) do fármaco e investigar como eliminar efeitos secundários danosos, que podem levar à morte do paciente. Esses ensaios clínicos estão em andamento no Brasil e em todo mundo, na tentativa de demonstrar a eficácia desse e outros medicamentos.

Estratégias de isolamento social têm um papel extremamente importante no enfrentamento desta crise. Visam a organização dos serviços de saúde para lidar com esta infecção que, apesar de grave, pode ser bem tratada por um sistema de saúde organizado e bem dimensionado (como na Alemanha). O Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde de vários Estados da Federação estão agindo corretamente, ao seguirem as recomendações da ciência e os exemplos exitosos de outros países.

A Academia Brasileira de Ciências acompanha a presente crise com preocupação e também com a determinação de fazer valer a evidência científica. Membros da ABC estão empenhados, noite e dia, no enfrentamento dessa epidemia.

É importante que as autoridades governamentais demonstrem sua adesão aos preceitos e precauções recomendados pela ciência e pelo sistema de saúde, pelo bem da população brasileira. Este é um momento de solidariedade e de responsabilidade. Em defesa da Vida.

Luiz Davidovich
Presidente da Academia Brasileira de Ciências

Acesse o pdf da nota.

 


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Pesquisadores se mobilizam para aumentar oferta de testes no Brasil

Leia a matéria de Giovana Girardi para O Estado de São Paulo, publicada em 21/03:

SÃO PAULO – Um dos principais desafios do enfrentamento do coronavírus hoje no Brasil é testar casos suspeitos. As autoridades de saúde estabeleceram que só serão testados casos graves — por causa da capacidade limitada de laboratórios e dos altos custos. Mas nem isso é simples, e ainda impede que se tenha uma noção real do tamanho da epidemia. Diante desse quadro, pesquisadores estão se mobilizando para aumentar a capacidade do país contra a doença, superando até as dificuldades provocadas por seguidos cortes de verbas.

Nos últimos dias, começaram a surgir diversas iniciativas para convocar voluntários para ajudarem a fazer os testes em si, aproveitar insumos que seriam usados em outras pesquisas, atrair laboratórios privados. Por outro lado, há uma corrida para tentar desenvolver testes mais baratos e rápidos.

Um dos esforços é da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que tenta criar um teste sorológico para detectar a infecção — em vez do genético (PCR), como é feito hoje. Se der certo, a expectativa é que com apenas uma gota de sangue do paciente será possível saber se ele tem o coronavírus e em qual estágio.

A pesquisa é liderada por Leda Castilho, coordenadora do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da Coppe/UFRJ [e membro afiliado da ABC de 2008 a 2013], que começou a trabalhar nesse assunto no começo de fevereiro, tão logo cientistas chineses sequenciaram o genoma do coronavírus que afeta o país desde dezembro.

Seu grupo está produzindo em laboratório uma cópia de uma proteína da espícula (aquelas pontinhas do vírus). Com esse material, será possível detectar se o paciente desenvolveu anticorpos para a covid-19, já que eles reagiriam à proteína.

“O corpo, ao ser infectado, produz anticorpos ao tentar se defender. E produz de diferentes tipos: tem um específico para a mucosa, um outro produzido poucos dias após o contagio — em geral, quando os sintomas aparecem — e tem outro produzido cerca de duas semanas após a contaminação. Pretendemos identificar os três tipos. O que vai permitir saber se a pessoa está contaminada ou já esteve recentemente e ficou sem sintomas, por exemplo. Se não reagir com nenhum deles, a pessoa provavelmente estará com outra doença”, diz.

Leda não quis dar uma estimativa de quando o teste poderá estar pronto, mas diz esperar que seja antes de três meses — a tempo de ser usado ainda nesta onda da covid-19. Em média, para outras doenças, a diferença de preços do PCR para exames sorológicos é de 1/3 a 1/4.

Confira a matéria na íntegra.

 


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Recomendações da Academia Nacional de Medicina para combater o coronavírus

Assista o vídeo do Acadêmico Rubens Belfort, presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), publicado pelo canal oficial da ANM em 25/3:

A Academia Nacional de Medicina publicou no dia 25 de março um pronunciamento em vídeo do Acadêmico Rubens Belfort, presidente da instituição, com recomendações para o combate ao coronavírus.

Belfort reforça a importância de higienizar as mãos com sabão ou álcool em gel e chama atenção para o cuidado com maçanetas, talheres, corrimões. Além disso, o médico informa sobre precauções que devem ser tomadas em relação às crianças. Apesar de não serem grupo de risco, elas podem contrair a infecção sem manifestar sintomas e transmitir o vírus para toda a família. O presidente da ANM recomenda o auto-isolamento, maior ventilação dos ambientes e a procura de serviços de saúde apenas em caso de sintomas graves como febre e falta de ar.

“Saiba que o vírus se espalha como areia fina no vento forte, para todos os lados”, alerta Belfort. “Portanto fique em casa, afaste-se, tranque-se e se isole”.

Confira o vídeo na íntegra aqui.

 

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