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Marguerite Rinaudo

Marguerite Rinaudo obteve seu doutorado em 1966 em Propriedades de polieletrólitos de carboximetilceluloses e desde 1968 atuou como Professora Titular na Universidade de Grenoble-Alpes. Ela desenvolveu seu trabalho de pesquisa sobre a relação entre estrutura molecular e propriedades físico-químicas de polissacarídeos (principalmente polissacarídeos microbianos e de algas) e, em particular, analisou seu comportamento nas fases sol e gel, incluindo mecanismos de gelificação.

Ela recebeu diferentes distinções: chevalier de la Légion d’Honneur, des Palmes Académiques et du Mérite Agricole, Officier du Mérite National. Foi eleita membro correspondente da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Chinesa de Ciências.

Paul Hagenmuller

Paul Hagenmuller iniciou seus estudos em 1939, na Universidade de Estrasburgo, em Estrasburgo. Em seguida foi para Clermont-Ferrand, durante a ocupação. Participou da Resistência, foi então deportado para Buchenwald e Dora (1943-1945). Entre 1954 e 1956, ele lecionou no Vietnã (Hanoi, em seguida, Saigon). Em novembro de 1956, foi nomeado professor na Faculdade de Ciências de Rennes. Em 1960, ele partiu para Bordeaux, onde ele iria realizar o resto de sua carreira. É conhecido como o pai da química do estado sólido na França.

Piérre Sabaté

Filho de Inácio Sabaté, um toneleiro de origem catalã, Pierre nasceu na terra de sua mãe, Yvonne Bardon-Sabaté, nas paisagens vulcânicas da “Auvernhe”, no coração do Maciço Central francês.
Logo após o doutoramento, o professor Jean Lameyre, com o qual estudou em Clermont-Ferrand durante o primeiro ano do ciclo de doutorado e preparou o seu Diploma de Estudos Aprofundados, propôs que se candidatasse para uma vaga de Professor-Assistente a seu lado. Então o mais novo Professor Catedrático de Petrologia na Universidade Pierre e Marie Curie de Paris, Jean Lameyre já era muito conceituado e foi uma honra para Pierre Sabaté ter sido escolhido como o primeiro Assistente do “Mestre” e um privilégio de tê-lo como líder durante vários anos. Começou então uma carreira acadêmica que o levou das funções de “Assistente” à de “Mestre-Assistente” (1975) e de “Mestre de Conferências” (1980).
Apesar de ser lotado na Universidade de Paris, o essencial das atividades profissionais de Pierre Sabaté foram desenvolvidas em missão de cooperação, na Argélia, de 1968 a 1977, à disposição do Ministério francês das Relações Exteriores. Neste país, participou ativamente da criação da Universidade de Oran e instalou um laboratório de Petrologia ativo até agora. Formou vários estudantes e foi orientador do primeiro pesquisador levado ao título de Doutor naquela universidade. Desenvolveu pesquisas no Saara ocidental, nos terrenos pré-cambrianos da chamada “Dorsal Reguibat” no quadro de um convênio entre o CNRS francês (Centro Nacional de Pesquisa Científica) e o Serviço geológico argelino. Os estudos, realizados na zona de junção dos domínios Yetti e Eglab se revelaram uma chave para a compreensão de diversos aspectos da evolução geodinâmica paleo-proterozóica do cráton oeste africano. Notadamente ele foi, desde 1971, um precursor quando demonstrou a existência, firmemente negada nessa época para estes terrenos, de tectônica tangencial nas formações geológicas datadas de 2 bilhões de anos.
Quando retornou à França em 1977, chegou a ensinar pouco tempo no curso de doutorado “Petrologia de Zonas Profundas” liderado pelo professor Lameyre, mas logo recebeu o convite, através de um convênio entre o ORSTOM (o instituto francês de pesquisa científica para o desenvolvimento em cooperação) e a Universidade da Bahia (UFBA), para desenvolver no Brasil pesquisas análogas às realizadas por ele no cráton oeste africano. Aceitou sem hesitação e viajou para o Brasil em 3 de abril de 1978, no dia do aniversário dos seus 35 anos. A duração prevista do programa de pesquisa era de três anos apenas, mas o êxito do primeiro projeto levando a um segundo e depois a um terceiro programa, o mantiveram na Bahia durante quase dezoito anos. Durante esse período, deixou o quadro da Universidade francesa e ingressou no Instituto ORSTOM como “Encarregado de Pesquisa” e concursou recentemente, com sucesso, para o cargo de “Diretor de Pesquisa”.
No Brasil, formou inúmeros jovens pesquisadores, levando-os ao mestrado e ao douotrado. Cristalizou, em Salvador, uma sólida equipe de pesquisadores de alto nível, deixando na UFBA uma verdadeira “escola”de Petrologia entre as mais performantes do Brasil, numa linhagem digna do agora falecido Professor Jean Lameyre. Introduziu na Bahia as abordagens estruturalistas modernas e desenvolveu a disciplina de Petrologia Estrutural conduzindo as investigações no cráton do São Francisco a resultados espetaculares para a compreensão da geodinâmica na transição do Arqueano ao Proterozóico. Contribuiu para a instalação dos laboratórios avançados que colocam o Instituto de Geociências da UFBA no primeiro plano das escolas de Geologia do Brasil e teve um papel determinante na criação do ciclo de doutorado de Geologia na UFBA onde a primeira tese de doutoramento foi defendida por um dos seus orientandos.
Foi a origem do projeto “Granitóides da Bahia: geologia e metalogênese” que conduziu aos resultados os mais marcantes no progresso do conhecimento da Geologia da Bahia dessa década. Evidenciou a articulação principal da tectônica de colisão que edificou, entre 2,1 e 1,9 bilhões de anos, a crosta continental constituindo o atual embasamento da área cratônica do São Francisco e contribuiu de forma determinante tanto para a elaboração dos modelos geotectônicos que constituem as atuais hipóteses de trabalho, quanto para a identificação de novos potenciais minerais. notadamente na zona de Jacobina derivados desses modelamentos. Participou da confecção de documentos cartográficos cujo significado é essencial para a gestão geológica dos territórios estudados.

Robert Roussarie

Roussarie recebeu seu doutorado em 1969 pela Universidade de Paris-Sud em Orsay com Harold William Rosenberg com uma tese sobre Feuilletage des varietes de dimension 3. Depois de trabalhar no Centre national de la recherche scientifique (CNRS), Roussarie mudou-se para o Institut de Mathématiques de Bourgogne (IMB) na Universidade da Borgonha em Dijon Onde trabalha como professor universitário desde 1973, é professor emérito. 

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