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Takeshi Kodama

Takeshi Kodama nasceu na Manchúria, de família japonesa, durante a Segunda Guerra Mundial. Ao final da guerra retornou com a família ao Japão onde, devido à profissão do pai, passou a infância em diferentes cidades. A partir do 4o ano da escola primária fixou residência em Tóquio, de onde iria sair apenas em 1972. Bacharelou-se em Física Aplicada, com especialidade em Física Nuclear Teórica, pela Universidade de Waseda, Tóquio, em 1966. Doutorou-se, pela mesma Universidade, em 1971 com tese sobre a compressibilidade da matéria nuclear e a teoria de estrelas superdensas sob a orientação do Professor M. Yamada. Por intermédio do Professor Y. Fujimoto, responsável pela Colaboração Brasil-Japão sobre raios cósmicos, recebeu convite do Professor Cesar Lattes e do Professor Alfredo Marques, diretor científico do CBPF, para visitar o Instituto a partir de 1972. Passou para o quadro permanente do CBPF como Pesquisador Titular em 1976, ali permanecendo por mais de 20 anos, tendo sido várias vezes chefe de departamento, e também coordenador do Curso de Pós-Graduação. Em 1993 fez concurso para professor titular do Instituto de Física da UFRJ, onde permanece até o presente, tendo assumido os cargos de Chefe de Departamento, Diretor Científico e Vice-Diretor. Publicou mais de 100 trabalhos, contabilizando cerca de 1.400 citações. Dedicou-se com afinco à formação de recursos humanos na área, tendo orientado 17 mestres e 15 doutores. Seus temas de pesquisa são variados, de física nuclear teórica de baixa energia a astrofísica e cosmologia de altas energias, incluindo nucleossíntese estelar, explosão de supernovas, teorias de campo e relatividade geral, cromodinâmica quântica, interação hadrônica, colisões relativísticas de íons pesados, plasma de quarks e glúons, e a teoria de transporte. Organizou dezenas de reuniões e congressos nacionais e internacionais e criou e conduziu a importante série RANP (Relativistic Aspects of Nuclear Physics) no Brasil, desde 1989, já com nove realizações. Participou de inúmeras comissões de concurso, bancas de tese e comitês de avaliação de várias instituições brasileiras e no exterior, como Comitê Assessor do CNPq, Comissão de Avaliação dos Cursos de Pós-Graduação da CAPES, Comissão do Prêmio Werner Siemens, Comissão de Avaliação de Projetos de Colaboração Temáticos do Department of Energy (Estados Unidos), Comissão Permanente de Avaliação Institucional da Reitoria da USP e muitos outros. Foi eleito Coordenador da Comissão de Partículas e Campos da Sociedade Brasileira de Física para o período 2006-2007. Desde 2004 é membro do Corpo Editorial da revista Journal of Physics G do Institute of Physics, Inglaterra. Foi agraciado com o título Fellow do mesmo Institute of Physics. Entre os alunos, é particularmente conhecido (e temido) por ser faixa preta de judô. É pai de três filhas – Kaori, Yoko, Ana Carolina, tendo 3 netas – Alice, Elise, Yuki.

Sen-Itiroh Hakomori

O Dr. Sen-itiroh Hakomori é Chefe da Divisão de Biomembrane Research, do Instituto de Pesquisa Pacific Northwest, Seattle, WA (desde 1996). Foi anteriormente Professor de Patologia e Microbiologia, Universidade de Washington, Seattle, WA (1972-2006; atualmente Professor Emérito); Diretor Científico, Biomembrane Institute (1987-96); e Chefe, Programa de Oncologia Bioquímica, Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson (1975-87). Sua carreira científica tem sido devotada aos estudos sobre a estrutura e função dos glicosfingolipídeos (GSLs) e glicoproteínas. Ele estabeleceu originalmente muitos GSLs, particularmente estruturas lactosséries e globosséries, e identificou muitos deles como antígenos regulados desenvolvimentalmente ou associados a tumores. Mais recentemente, ele e seu grupo têm enfocado os papéis funcionais dos GSLs na definição da adesão celular e na transdução de sinal. Por exemplo, foram os primeiros a caracterizar o efeito de gangliosídeos na função receptora do fator de crescimento, em termos de efeito inibidor ou promotor da fosforilação da tirosina associada ao receptor. Foram pioneiros na elucidação dos GSLs como moléculas de adesão baseada na interação carboidrato-carboidrato. Forneceram a clara evidência que os GSLs ou outros glicoconjugados, organizados como microdomínios, definem a adesão celular pareada com a transdução de sinal, para afetar o fenótipo celular. Descobertas relacionadas, tais como a fibronectina da superfície celular e sua destruição durante a transformação, e a definição da estrutura do gene ABO, resultaram, também, dos estudos deles. As maiores honrarias de Hakomori são o Prêmio Philip Levine de Imuno-hematologia (1984), o Prêmio Asahi (1990), o Morton Award (Sociedade Bioquímica Britânica, 1994), Doutor em Filosofia Honorário (Universidade de Helsinki, Filândia, 1994) e o Prêmio Karl Meyer (Sociedade de Glicobiologia, 1995). Foi eleito para a Academia Nacional Americana de Ciências em 2000.

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