Neste dia 22 de julho, no Rio de Janeiro, aconteceu o encontro de vice-ministros de Finanças e vice-presidentes de Bancos Centrais do G20. Pela primeira vez na história, o encontro contou com a participação dos 13 grupos de engajamento da sociedade civil, um legado da presidência brasileira no bloco. A Academia Brasileira de Ciências (ABC), que preside o grupo de engajamento em ciência – Science20 – foi representada por seu diretor de Relações Internacionais, Marcos Cortesão.
As recomendações dos grupos foram deliberadas durante o primeiro semestre pelos representantes de todos os países. No caso do S20, o documento final será lançado no próximo dia 26, mas uma prévia das recomendações já pode ser vista aqui.
Em sua fala, Cortesão destacou que a área de ciência e tecnologia cumprem um papel vital no desenvolvimento econômico e social ao gerar inovação, aumentar produtividade e contribuir para a sustentabilidade. Ele apresentou brevemente as conclusões para os cinco tópicos principais delimitados pela presidência brasileira – Inteligência Artificial, Bioeconomia, Transição Energética, Saúde e Justiça Social – deixando claro que considerações éticas sobre a distribuição equitativa dos benefícios da ciência devem estar sempre presentes em todos esses setores.
Acadêmico Segen Estefen representa grupo de engajamento dos oceanos
Representando o Ocean20, grupo de engajamento sobre oceanos, estava o membro titular da ABC Segen Estefen, que é diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (Inpo). Ele defendeu novos mecanismos financeiros de estímulo ao manejo sustentável desses biomas, com maior participação de países e instituições de países rico na ajuda para que países em desenvolvimento também consigam cuidar de seus mares. Segundo o grupo, é preciso padronizar as métricas atuais de precificação da sustentabilidade oceânica, para que mais e mais empresas sejam incentivadas a tomar parte nessas atividades. “O caminho para uma economia oceânica sustentável é coletivo”, sumarizou Estefan.