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Jorge Luiz Gross

Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1970. Residência em Medicina Interna na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1971-1972). Doutorado em Clínica Médica, Endocrinologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, São Paulo, em 1975 (Professor Renato Migliorini). Pós-doutorado no Guys Medical Hospital School, University of London, Inglaterra, em 1984. Professor adjunto no Departamento de Medicina Interna da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, desde 1974, chefe do Serviço de Endocrinologia, desde 1976, coordenador do Curso de Pós-Graduação em Clínica Médica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação entre 1984 e 1989, e coordenador do grupo de pesquisa e pós-graduação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre de 1989 a 1994, coordenador da Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Medicina, de 1997 a 1998. Atualmente professor titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Orientou 20 dissertações de mestrado e 19 teses de doutoramento. É membro da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina desde 1995, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBD), e recebeu o ACP-ASIM Distinguished Internist Award, American College of Physicians – American Society of Internal Medicine, em 2000. Recebeu financiamento de diversas agências de pesquisas e é coordenador do Projeto Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRONEX), desde 1997. Suas linhas de pesquisa são: patogênese da nefropatia diabética: fatores de risco e aspectos genéticos; história natural da nefropatia diabética; nefropatia diabética e aspectos terapêuticos; bócio e neoplasias da tireóide; aspectos terapêuticos do hipertireoidismo. Suas publicações científicas são coerentes nesta área e com impacto internacionalmente reconhecido totalizando 73 publicações em periódicos, 49 em revistas internacionais de elevado índice de impacto (Diabetes, Diabetes Care, Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism), 138 trabalhos publicados em anais de congressos, 12 capítulos de livro, além de 31 conferências em congressos e simpósios.

Heonir de Jesus Pereira Rocha

Heonir de Jesus Pereira Rocha graduou-se em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1954. Fez pós-graduação nas universidades de São Paulo (USP), Yale e Cornell e após obtenção do título de doutor em Ciências Médicas ingressou na carreira docente. Após a realização da livre-docência em Propedêutica Médica (1958) e Terapêutica (1960), tornou-se em 1962 o mais jovem professor titular da Faculdade de Medicina da UFBA. Foi diretor da Faculdade de Medicina, pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação e reitor da UFBA, sendo reconhecido como um dos maiores administradores com vida acadêmica. Com mais de duas centenas de trabalhos publicados, as suas primeiras contribuições científicas foram sobre o estudo da pielonefrite. Nesses estudos foi demonstrada, pela primeira vez, a maior suscetibilidade da medula renal à infecção bacteriana (Tr. Ass. Am. Physians, 1957; Yale J. Biol. Med., 1958), o retardo na migração dos granulócitos para esta área (Progresses in pyelonephritis, 1964) e o papel da medula renal na patogênese da pielonefrite (J. Exp. Pathol., 119: 131, 1969). Descreveu, também, a influência da pielonefrite na capacidade da concentração urinária (J. Clin. Invest., 49: 1427, 1970) e na dinâmica da deposição de tecido conjuntivo no rim (Exp. Toxic. Pathol., 1994). Descreveu também modelos experimentais de pielonefrite (Yale J. Biol. Med., 1959; J. Path. Bact., 1965; Proc. Soc. Exp. Biol. Med., 1965). Foram marcantes as contribuições do professor Heonir Rocha na patogenia e clínica das doenças parasitárias. Uma das contribuições mais relevantes nessa área foi a de descrição da associação da estrongiloidíase disseminada com o uso de corticosteróides, trabalho pioneiro alertando para a ocorrência dessa associação (New Engl. Med. J. 275: 1093, 1966). Foram pioneiros os estudos sobre a patogênese da leishmaniose tegumentar e visceral (J. Clin. Invest., 1985; J. Immunol., 1985), a correlação entre alterações imunológicas e desenvolvimento da leishmaniose visceral (J. Infect. Dis., 1992; Lancet, 1986) e as complicações infecciosas nessa doença (J. Infect. Dis., 1990), contribuições que resultaram nas propostas de novas formas de tratamento das leishmanioses (New Engl. J. Med., 1990; J. Infec. Dis., 1999). Uma das áreas de maior destaque nas contribuições do professor Heonir Rocha tem sido o envolvimento renal em doenças parasitárias, com destaque para a descrição clínica e patológica da glomerulonefrite esquistossomótica (Am. J. Trop. Med. Hyg., 1976; Am. J. Trop. Med. Hyg., 1980; Clin. Nephrol., 1987; Kidney Intern., 1989; Nephron, 1995). Além de ter orientado mais de uma dezena de mestres e doutores, o professor Heonir Rocha, através dos intercâmbios com a Cornell University Medical College e o Medical College of Pennsylvania, permitiu o treinamento de perto de uma centena de médicos baianos nessas universidades e a formação de pesquisadores na Bahia através da realização de cursos de doutoramento e pós-doutorado no exterior.

Mauricio Lima Barreto

Graduou-se em medicina (1970) e especializou-se em saúde pública (1977) na Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. Obteve mestrado em saúde coletiva (1982) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorado em epidemiologia (1987) pela Universidade de Londres, na Inglaterra. Foi representante da área de saúde coletiva (1995-1999) e membro do conselho técnico científico (1996-1999) na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), foi coordenador do comitê assessor em Saúde Coletiva e Nutrição do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico – CNPq (2000-2003), participou de diversos comitês assessores na Organização Mundial da Saúde. Foi membro do Programa de Controle da Tuberculose (2003-2006) do Ministério da Saúde, foi conselheiro para América Latina da Associação Internacional de Epidemiologia (2002-2008) e vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). É professor titular aposentado em epidemiologia e professor permanente do departamento de saúde coletiva da UFBA e desde 2014 é pesquisador (especialista) da Fiocruz-Bahia. Dentre as áreas de interesse e atuação do Acadêmico, estão: aspectos epidemiológicos das doenças infecciosas, desnutrição e asma, avaliação do impacto populacional de intervenções, aspectos teóricos e metodológicos da epidemiologia. Seus projetos de pesquisa envolvem agências de fomento nacionais e internacionais e são aplicados tanto no Brasil como em outros países da América Latina.  Em 2007, foi nomeado um dos 100 autores mais relevantes na lista Hot 100 Authors da editora BiomedCentral. Recebeu a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Médico (2010), o Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico, concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – Fapesb (2015), a Comenda 2 de Julho, concedida pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia – ALBA (2017). Além da ABC, também possui associações com a Academia Mundial de Ciências (TWAS, na sigla em inglês), a Associação Internacional de Epidemiologia (IEA, na sigla em inglês) e a Academia de Ciências da Bahia (ACB), da qual também é fundador.

 

Eder Carlos Rocha Quintão

Eder Carlos Rocha Quintão foi médico residente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, de 1960 a 1962, e médico residente e pesquisador associado da Rockefeller University, Nova Iorque, de 1965 a 1970. Orientou 22 teses de doutorado até 2003 e tem, atualmente, mais três em andamento. Recebeu diversos auxílios para pesquisa do National Institutes of Health, Estados Unidos (1970), FAPESP, CNPq, FINEP e atualmente do PRONEX.

Aluízio Rosa Prata

Aluízio Rosa Prata, formado em Medicina em 1945, pela antiga Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil – FNM/UB, nasceu em 1º de junho de 1920. Como clínico geral ingressou na Armada. Exerceu atividades de médico comunitário e sempre se dedicou à Clínica Médica, com especial interesse pela sub-especialidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias. Fez livre-docência e, também, por concurso, tornou-se professor catedrático de Doenças Tropicais e Infectuosas. Após 15 anos pediu demissão para ingressar na Universidade de Brasília – UnB e 17 anos depois foi admitido na Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (Uberaba). Na Bahia foi diretor da Fundação Gonçalo Moniz (reeleito 5 vezes), supervisor do Núcleo de Pesquisas do Departamento Nacional de Endemias Rurais – DNERu, membro do Conselho Estadual de Saúde, membro do Conselho Estadual de Cultura e presidente da Comissão de Pesquisa da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Em Brasília, na UnB, foi chefe da Clínica Médica, membro do Conselho Universitário, membro da Câmara de Pesquisa e Pós-graduação e membro do Conselho de Ensino e Pesquisa. Em Uberaba, além de professor titular de Doenças Infecciosas e Parasitárias é coordenador do Curso de Pós-graduação em Medicina Tropical e Infectologia. Desde quando estava na Bahia trabalha em regime de dedicação exclusiva como pesquisador IA do Conselho Nacional de Pesquisa – CNPq. Entre outras atividades de assessoria técnica e científica foi vice-presidente do Conselho Nacional de Saúde, membro do Conselho Técnico-Científico da FIOCRUZ, membro do Men and Biosphera for the Preservation of the Environment (UNESCO), membro do Chagas Disease Chemotherapy Research Group (OPS), membro do Comitê de Ensino de Parasitologia nas Universidades Latinoamericanas (OPS), assessor do Ministério da Saúde para os Programas de Controle de Esquistossomose e doença de Chagas, coordenador do Programa Integrado de Ciências Biológicas e de Saúde da FAPEMIG (reeleito), assessor do CNPq, membro do Conselho sobre Cardiomiopatias da International Society of Cardiology, Temporary Adviser sobre Cardiomiopatias (OMS), membro do Training Grants Applicants Review Panel (OPS), Expert on Parasitic Diseases da OMS (reeleito várias vezes), Chairman of the Steering Committee on Chagas Disease (OMS), Chairman of the Expert Committee on Schistosomiasis (OMS), Temporary adviser on Identification of Essential Medical Procedures to Support Primary Health Care of First Level Referral Hospitals (OMS), Expert member on Identification and Strengthening of Institutes of Schistosomiasis Control (Nações Unidas). Consultor da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal, assessor da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, consultor da Comissão Especial do Projeto Norte de Pós-graduação na CAPES, membro do Advisory Committee da European Conference on Tropical Medicine. Instalou o Centro de Pesquisa da Fundação Gonçalo Moniz em Brotas-Salvador, a Clínica de Doenças Tropicais e Infectuosas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Bahia, o Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição da UnB (órgão colaborador da OMS). Iniciou e coordenou o mestrado em Medicina Tropical na UnB. Iniciou e é coordenador do mestrado e doutorado em Medicina Tropical e Infectologia da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Fundou a Sociedade Latino Americana de Medicina Tropical e auxiliou na Fundação da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Foi editor da Gazeta Médica da Bahia. Editor da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (reeleito desde 1983), indexada no Index Medicus. De 1948 a 2000 publicou 245 artigos em periódicos e 48 capítulos de livros.

Edgar Marcelino de Carvalho Filho

Edgar Marcelino de Carvalho Filho nasceu em Salvador, Bahia, em 24 de maio de 1950. Seus pais, Edgar Marcelino de Carvalho e Valdemira Silva de Carvalho, eram professores, exerciam atividades docentes e se constituíram um exemplo e um estímulo para o filho. O curso secundário foi realizado no Colégio Aplicação da Universidade Federal da Bahia, uma das melhores escolas de Salvador e reconhecida como formadora de líderes estudantis. O interesse pela medicina e pelo ensino vem desde a infância e adolescência e o interesse pela pesquisa, durante o curso médico na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Após a graduação em 1973 fez residência e mestrado em Medicina Interna e em 1977 realizou fellowship na área de Imunologia e Reumatologia na Universidade de Virgínia. A tese de mestrado intitulada “Pacientes com Bacteremia em estrongiloidíase grave. Importância do verme como veículo ou agente sinergista de infecção bacteriana” foi orientada pelo Professor Heonir Rocha, pesquisador que também orientou diversos trabalhos científicos no início da carreira.
O treinamento em Imunologia na Universidade de Virginia foi realizado com o Dr. David Horowitz, tendo sido não só proveitoso com relação à aprendizagem de técnicas em imunologia como profícuo em relação à produtividade científica. Neste período foram publicados três manuscritos no J. Immunol. e um no Clin. Exp. Immunol.. A imunologia ainda não existia na Bahia quando do seu retorno em 1979, ocasião em que criou o Laboratório em Pesquisa em Imunologia, que posteriormente foi elevado à categoria de Serviço de Imunologia. Foi nesta época que começou o interesse pela leishmaniose, doença que juntamente com a esquistossomose e a estrongiloidíase se constituem nas principais linhas de pesquisa do Serviço de Imunologia.
Defendeu o doutorado em 1986 com a tese “Imunidade celular na leishmaniose visceral”, ocasião em que tornou-se Professor adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Coordenou por quatro anos o curso de Pós-Graduação em Medicina Interna da Universidade Federal da Bahia e coordena até o momento (2002) as atividades de mestrado e doutorado na área de Imunologia Clínica. Já orientou 17 teses de mestrado e 8 de doutorado e no momento 2 mestrandos e 7 doutorandos estão sob sua orientação. As principais linhas de pesquisa são Imunologia da Leishmaniose Visceral e Tegumentar, Imunoterapia em Doenças Infecciosas, Imunoregulação na Esquistossomose Mansônica e Aspectos Clínicos e Imunológicos da Associação entre HTLV-1 e Estrongiloidíase. Já foi membro do corpo editorial do Brazilian Journal of Medicine and Biological Research e é Editor adjunto da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. É membro da Sociedade Brasileira de Imunologia, órgão que presidiu entre 1989 e 1991, da American Association of Immunologists, da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e da American Journal of Tropical Medicine and Hygiene.

Dulciene Maria de Magalhães Queiroz

Médica (UFMG-1975), mestre (UFMG-1983) e doutora (UFRJ-1988) em Microbiologia. Pesquisadora 1-A do CNPq. Professora titular da Faculdade de Medicina da UFMG. Orientou 28 teses de doutorado, supervisionou 11 bolsistas de pósdoutorado e publicou mais de 140 trabalhos em revistas internacionais com alto fator de impacto. Coordena o Laboratório de Pesquisa em Bacteriologia da Faculdade de Medicina da UFMG. Prêmios/distinções: Oto Cirne (1989); Ciba-Geigy (1989), Glaxo (1990); Geraldo Siffert (1990,1992); Fundação Byk (1994, 1996); Institute of Scientific Information (2000); Mérito da Saúde, Governo do Estado MG (2002); Prêmio FUNDEP (2002); João Galizzi (2005); Medalha B Marsall (Prêmio Nobel de Medicina e/ou Fisiologia (2005); Alan Charney Award for excellence, Universidade de Nova York (2010); Medalha do Mérito-Centenário da Faculdade de Medicina da UFMG (2011). Foi membro do Comitê Científico do CNPq e membro e coordenadora do Comitê Científico da FAPEMIG. Revisora de periódicos nacionais e internacionais. Projetos com instituições internacionais: TWAS, CAPES-COFECUB, IARC, Leeds University, Trinity College, IPATIMUP, Universidade de Bordeaux II (Londres), Universidade Católica de Santiago, Universidade Caetano Heredia. Coordena área temática, IBSAB-INCT.

Roberto Giugliani

Roberto Giugliani nasceu em Porto Alegre em 1952, filho de João Giugliani Filho (Engenheiro Agrônomo com expressiva trajetória profissional e acadêmica na área de vitivinicultura e tecnologia de alimentos, com destacada atividade na Secretaria da Agricultura do RS, na EMBRAPA e na UFRGS) e Theresa Karam Giugliani (Professora de História). Iniciou sua educação fundamental no Instituto de Educação em Porto Alegre, a qual continuou no Colégio de Aplicação da UFRGS. Demonstrou um interesse precoce pela investigação científica, tendo ingressado na Organização para Estudos Científicos e freqüentado as reuniões da Sociedade de Biologia do Rio Grande do Sul ainda enquanto aluno secundarista. Prestou exame vestibular para Medicina na UFRGS, tendo se classificado em 2º. lugar entre 6.000 candidatos. Logo no início do curso (1971) interessou-se por biologia molecular e se apresentou como voluntário para atuar em projetos de pesquisa, passando a participar (em 1972) da equipe do Prof. Clóvis Wannmacher, que então desenvolvia uma tese sobre erros inatos do metabolismo sob orientação do Prof. Francisco Salzano. O trabalho com o Dr. Wannmacher foi marcado pelo estímulo à capacidade de responder perguntas científicas com experimentos simples mas inventivos. Graduou-se em Medicina em 1976 e, mesmo tendo sido aprovado em 1º. lugar no concurso para residente de Medicina Interna do HCPA, foi atraído pela atmosfera científica do campus da USP de Ribeirão Preto, onde fez Residência em Genética Clínica (1977-1979). Em 1978 ingressou no Curso de Mestrado em Genética, concluído em setembro de 1979, e imediatamente ingressou no Doutorado, o qual concluiu 15 meses depois, com 4 publicações derivadas da tese. Durante a pós-graduação na FMRP-USP investigou fatores genéticos envolvidos na urolitíase, tendo tido como orientadores os Profs. Íris Ferrari e Lewis Joel Greene, a quem deve uma formação abrangente em metodologia analítica e científica. Em 1981 retornou a Porto Alegre e assumiu a posição de Prof. Colaborador no Departamento de Bioquímica da UFRGS, tendo logo progredido para Prof. Adjunto. Em 1982 implantou a Unidade de Genética Médica do HCPA. Desde 1983 é pesquisador do CNPq, estando há mais de 15 anos na categoria 1A. Em meados de 1985 deslocou-se para realizar um pós-doutorado em Londres, onde aprendeu com o Dr. Anthony Fensom os métodos necessários à pesquisa de doenças lisossômicas, linha que perdura até hoje, junto com uma atuação em linhas vinculadas à investigação sobre epidemiologia, diagnóstico e tratamento de diversos erros inatos do metabolismo. Buscou continuamente parcerias internacionais, visando a ampliar a inserção mundial do seu grupo de trabalho. Ele mesmo realizou treinamentos adicionais de pós-doutorado na Itália (1989) e na França (2004). De 1988 a 1992 teve uma experiência em gestão na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRGS. Foi o idealizador e organizador do I Salão de Iniciação Científica da UFRGS e de várias outras iniciativas pioneiras. Em 1989 foi aprovado em concurso para Prof. Titular do Departamento de Genética, sendo aos 37 anos o mais jovem Prof. Titular da UFRGS. Em 1992 foi convidado para a Chefia do Serviço de Patologia Clínica do HCPA, cargo que exerceu até 1996 e que lhe permitiu conhecer melhor as diferentes áreas de apoio laboratorial de um hospital geral de referência. O projeto “Etiopatogenia do Dano Neurológico nos Erros Inatos do Metabolismo”, apresentado sob sua coordenação, foi contemplado dentro do programa PRONEX em 1997. Em 2002 criou o Centro de Terapia Gênica do RS, que hoje integra o Programa de Institutos do Milênio. Em 2004 o SGM/HCPA foi reconhecido pela OMS como “Centro Colaborador para o Desenvolvimento de Serviços de Genética Médica na América Latina”, tendo sido designado seu Diretor. Ao longo dessa trajetória nunca deixou de exercer a Chefia do SGM/HCPA, onde hoje dirige uma equipe de 80 pessoas. Vem ministrando de forma ininterrupta aulas nos cursos de graduação (Medicina) e de pós-graduação (Genética e Biologia Molecular, Bioquímica, Ciências Médicas e de Pediatria) da UFRGS, tendo concluído a orientação de 39 mestrados e de 20 doutorados. É o idealizador e coordenador geral da “Escola Latino Americana de Genética Humana e Médica”. Já publicou 189 trabalhos científicos, em sua grande maioria em revistas internacionais, e teve 938 trabalhos apresentados em congressos científicos. Ministrou 282 conferências, muitas delas no exterior. É membro de 10 sociedades científicas e participa do Conselho Editorial da revista Clinical Genetics e atua como consultor ad hoc para diversas publicações, bem como para a OMS, CNPq, CAPES, FAPERGS, FAPESP e inúmeras outras agências.

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