Fundada em 2004, a Rede Interamericana de Academias de Ciências (Ianas, na sigla em inglês) é uma rede regional de academias de ciências criada para apoiar a cooperação nas Américas com o propósito de fortalecer as comunidades científicas do continente americano e fornecer uma fonte independente de aconselhamento aos governos sobre os principais desafios científicos, tecnológicos e de saúde. Adicionalmente, um dos principais objetivos da rede é ajudar na criação de academias nacionais de ciências nos países das Américas em que ainda não foram criadas.
A atuação da Ianas se dá, principalmente, por meio das atividades de seus programas temáticos, a saber: Águas, Educação Científica, Energia e Mulheres para a Ciência. Desta forma, a rede procura contribuir para a construção de ambientes de discussão e formulação de políticas públicas que tenham a ciência, a tecnologia e a inovação como ferramentas fundamentais para o desenvolvimento sustentável e a prosperidade dos povos. Eventualmente, Ianas também forma grupos de trabalho que atendem a projetos específicos, sempre abordando tópicos de relevância global.
Em sua estrutura administrativa, Ianas conta com dois copresidentes, que, em conjunto com outros representantes eleitos, formam o Comitê Executivo da rede. O órgão garante a implementação das recomendações das Assembleias Gerais da Ianas e é responsável pelo relacionamento com instituições internacionais. Desde a fundação da rede, a Academia Brasileira de Ciências sempre esteve presente no Comitê Executivo, tendo dois de seus membros titulares ocupado a posição de copresidente: Hernan Chaimovich (2004-2010) e Helena Bonciani Nader, eleita em maio de 2019 e reeleita em 2022 para mandato até 2025, que cumpre ao lado de Karen B. Strier, dos EUA.
Entre 2004 e 2010, a Academia Brasileira de Ciências sediou o escritório da Ianas e o período em que a base da entidade esteve no Rio de Janeiro contribuiu ainda mais para consolidar o papel de liderança do Brasil na América Latina e ajudou a conectar e fortalecer a comunidade científica da região. A partir de 2010, devido ao sistema de rotação previsto no estatuto da organização, o escritório foi transferido para a Cidade do México (México), onde permaneceu até 2019, e então para Córdoba (na Argentina), onde está localizado atualmente.
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