É notável a contribuição da ciência brasileira para uma pluralidade de domínios em nossa sociedade. Da pesquisa acadêmica pura à tecnologia e inovação, a ciência faz avançar nosso entendimento de mundo e nosso progresso como país. Talvez em nenhum outro âmbito seu impacto seja tão claro quanto no da sustentabilidade, em seu significado mais holístico.

A ciência produzida no Brasil vem desempenhando um papel central no combate às mudanças climáticas, na conservação de biomas, no avanço do uso sustentável da terra e no caminho em direção à saúde única. Ressalto que este último conceito é particularmente relevante para o avanço da Agenda 2030, estabelecida pelas Nações Unidas. É o elemento que perpassa boa parte dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A noção de saúde única está sendo cada vez mais explorada pela comunidade científica, em especial desde 2004, quando da conferência One World One Health, em Nova York. Na ocasião, foram estabelecidos 12 princípios para combater de forma interdisciplinar as maiores ameaças à vida saudável na Terra, partindo da ideia central de que a saúde humana é inseparável da saúde animal e da ambiental.