O Acadêmico Diogenes de Almeida Campos foi homenageado por um grupo de paleontólogos chineses, que batizaram uma nova espécie de pterossauro com seu nome. A espécie, cujo nome completo é Lingyuanopterus camposi, tem seu nome específico (“camposi”) dedicado ao paleontólogo, como forma de agradecimento por sua contribuição à pesquisa colaborativa entre Brasil e China sobre pterossauros. Um dos pesquisadores envolvidos com a descoberta é o membro correspondente Xiaolin Wang.
Ao longo de sua carreira, o Acadêmico publicou com frequência sobre répteis do período Cretáceo, que viveram entre 144 milhões e 65 milhões de anos atrás, muitos deles oriundos das regiões do Norte e o Nordeste brasileiros. Com o também Acadêmico Alexander Kellner, Campos realizou inúmeras descobertas de fósseis, sempre homenageados com nomes de origem indígena, como Tapejara imperator e Anhangüera blittersdorff. Ele é um dos pilares da paleontologia no Brasil, com um vasto currículo que inclui o vínculo de pesquisador do Departamento Nacional de Produção Mineral e a direção do Museu de Ciências da Terra. Atualmente, é coordenador executivo do Serviço Geológico do Brasil.
A cooperação sino brasileira na área de paleontologia é de longa data, tendo contado com o apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na década de 2000. Segundo o cientista, há muitas semelhanças entre os fósseis de ambos os países: pterossauros do mesmo gênero já foram encontrados tanto na região da Liaoning, no norte da China, quanto na Chapada do Araripe, situada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí.
Leia o artigo completo sobre a descoberta da nova espécie de réptil, publicado na PeerJ em 26/7.