Alexander Kellner, editor-chefe dos AABC

Leia nota enviada pelo editor-chefe os Anais da ABC (AABC), Alexander Kellner, para o site da ABC:

Acho que é desnecessária a afirmação que a vida das instituições de pesquisa não anda nada fácil, e não apenas devido a pandemia. Isso se estende para os periódicos, que não tiveram nenhum edital no ano de 2020 para auxiliar sua produção.

De qualquer forma, os Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC) acabam de alcançar dois recordes. O primeiro é o de número de trabalhos submetidos: foram 1880 manuscritos em 2020, quase 25% a mais do que o ano que passou (1512 em 2019)! E o número de trabalhos publicados foi o maior de todos os tempos: 350, aproximadamente 16,3% a mais do que em 2019. Fica claro que, para fechar essa diferença, o índice de rejeição subiu e terá que subir ainda mais…

Nesse ano, a previsão é que cheguemos perto de 2000 submissões. Naturalmente, mudanças acabam sendo um caminho natural para cada revista que tem crescido no ritmo dos AABC. Além da adoção da publicação continuada e da ampliação do corpo editorial, com aumento não apenas do número de editores de área, mas, também, a ampliação dos editores associados, resolvemos fazer mudanças na estruturação das áreas para onde artigos poderão ser direcionados.

A área de Biological Sciences foi substituída por Cellular and Molecular Biology, Microbiology e Ecosystems. A área de Agrarian Sciences foi trocada por Animal Science, Crop Science, Soil Science e Forestry Science. Por último, Earth Sciences deu lugar a Geosciences e Paleontology. Naturalmente, com um aumento cada vez maior da interdisciplinaridade de projetos, nem sempre será possível contemplar a área específica de cada uma das submissões. A ampliação de 10 para 16 possibilidades para escolha dos autores certamente mitiga a situação. Essa divisão também tem por objetivo procurar atrair trabalhos mais relevantes em áreas com grande potencial de crescimento. Outras divisões poderão ser feitas no futuro.

Desta forma, solicito aos colegas – membros ou não da Academia Brasileira de Ciências – a considerarem os AABC para artigos de relevância que estejam sendo produzidos pelos seus laboratórios. Esse ano (2021), mais do que nos anteriores, trabalhos que se destaquem nas avaliações terão uma atenção maior para que possamos tornar esse periódico, o único multidisciplinar no sentido mais amplo publicado no Brasil, ainda mais relevante. Também lembro que, desde 2013, produzimos uma newsletter com os resumos dos artigos para cada um dos volumes que vão sendo fechados ao longo do ano. Com uma maior divulgação – que poderá ser feita por cada um de vocês – os AABC aumentarão ainda mais o seu impacto na publicação científica do nosso país.

Por último, lembro que todos os trabalhos publicados nos AABC podem ser acessados – sem custo – no portal do SciELO.

Obrigado,

Alexander W. Kellner