Em 2020, o impacto da pandemia da COVID-19 sobre a saúde, o emprego, a educação e os comportamentos foi maior nos grupos socialmente vulneráveis, inclusive os povos tradicionais, que dependem essencialmente dos órgãos oficiais e da sociedade civil.

Na saúde, as perspectivas serão de enfrentamento de novos surtos da doença, da dificuldade de produção e distribuição de vacinas em larga escala, de acompanhamento dos pacientes sequelados pela COVID-19 e dos doentes crônicos desassistidos durante a pandemia, além do combate à insegurança alimentar.

Na educação, embora a crise possa gerar novas oportunidades e levar a reflexões importantes para o futuro da educação no país, a pandemia certamente agravou os problemas pré-existentes relacionados à gestão e ao financiamento de todo o sistema educacional.

O meio ambiente teve perdas marcantes. Incêndios devastadores no Pantanal destruíram em torno de 30% da sua biodiversidade. Na Amazônia, o desmatamento atingiu a pior marca em 12 anos. Garimpos ilegais proliferaram no interior de unidades de conservação e terras indígenas, enquanto as operações de fiscalização foram flexibilizadas. O Brasil perdeu o protagonismo nas discussões sobre as políticas de combate às mudanças climáticas no cenário internacional.

A superação das adversidades impostas pela pandemia está intimamente atrelada à retomada de investimentos na ciência e seus institutos. O comprometimento pelo poder público é urgente e necessário para reverter essas trajetórias. O que esperar para 2021?

Para debater essas questões e responder a essa pergunta, a Academia Brasileira de Ciências convidou:

Maria Teresa Piedade (INPA), Bruno Gualano (USP), José Alexandre Diniz Filho (UFG) e Mercedes Bustamante (UnB)

 

Maria Teresa Piedade
Pesquisadora titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Coordena o Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração do Grupo Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas e a cooperação Brasil-Alemanha entre o Ministério de Ciência e Tecnologia/INPA e a Sociedade Max Planck, em estudos de ecologia de áreas alagáveis. É presidente do Conselho de Administração do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM).  É membro titular da ABC e da Coalizão Ciência e Sociedade.

Bruno Gualano
Professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), onde coordena o Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada & Nutrição. Pesquisa na área da fisiologia, com foco atual na COVID-19. Produz o canal de divulgação científica Ciência InForma e é colunista da Folha de S. Paulo. É membro da Coalizão Ciência e Sociedade.

José Alexandre Diniz Filho
Professor titular da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde foi pró-reitor de Pós-Graduação (2014-16). Trabalha nas áreas de macroecologia, genética e ecologia geográfica, planejamento em conservação e métodos filogenéticos comparativos. É membro titular da ABC e da Coalizão Ciência e Sociedade.

Mercedes Bustamante
Professora titular da Universidade de Brasília (UnB), com experiência na área de ecologia de ecossistemas. Suas pesquisas são focadas nos temas: cerrado, mudanças no uso da terra, biogeoquímica, mudanças ambientais globais. Integrou o grupo de trabalho do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). Membro titular da ABC e da Coalizão Ciência e Sociedade.

O jornalista Rafael Garcia, do jornal O Globo, será o debatedor.

Os moderadores serão o presidente da ABC, Luiz Davidovich, e a Acadêmica Mercedes Bustamante.

(A palestrante Manuela Carneiro da Cunha foi impedida de participar por motivos de saúde, sendo gentilmente substituída por Mercedes Bustamante)


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