Após aceitar convite do governador Wilson Witzel e do novo secretário de C&T do Rio para assumir a presidência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro Carlos Chagas Filho (Faperj), como noticiado pelo G1 Rio, o Acadêmico Jerson Lima da Silva, professor titular do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma estar confiante no sucesso da missão que lhe foi confiada pelo governo eleito.

Em entrevista para a Academia Brasileira de Ciências, da qual é membro titular, Jerson Lima diz que teve uma conversa inicial com o secretário Leonardo Rodrigues e que o novo governo está ciente dos problemas da Faperj. “O estado do Rio é o segundo maior produtor de ciência e inovação do país. Temos que investir nos grupos de pesquisa de excelência que temos aqui para que contribuam com soluções para os problemas do estado, que não são poucos”, afirmou. “Este é o nosso maior patrimônio: as pessoas bem formadas nas nossas universidades e institutos de pesquisa”.

Jerson Lima conhece bem a estrutura e a capacidade da Faperj. Entre 2003 e 2018, foi diretor-científico da instituição. “Foram 15 anos de altos e baixos. Agora temos que resgatar e fortalecer a parceria com o Governo Federal e buscar novas parcerias com instituições privadas. Nossas universidades e institutos de pesquisa produzem 20% da pesquisa brasileira. Precisamos garantir os 2% da receita tributária anual do estado, garantidos pela constituição para a Faperj, e buscar recursos privados para gerar inovação. Isso pode contribuir muito para que o Rio saia da crise econômica”, reafirmou o bioquímico, que dirige desde 1998 o Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear Jiri Jonas, o maior da área na América Latina, localizado no Centro de Ciências da Saúde da UFRJ.