A partir da esquerda, os Acadêmicos Paulo Sérgio Lacerda Beirão, Hernan Chaimovic e Carlos Afonso Nobre
Foi assinado, no dia 27 de janeiro, um protocolo de cooperação entre diversas entidades científicas do Brasil para a formação de redes de pesquisa com pessoal especializado visando a recuperação da bacia hidrográfica do Rio Doce.
O evento, realizado na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), contou com a presença de membros titulares da Academia Brasileira de Ciências (ABC), como Carlos Afonso Nobre, presidente da Capes; Hernan Chaimovich, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Paulo Sérgio Lacerda Beirão, presidente em exercício da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), além de representantes da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), instituições parceiras na iniciativa.

O documento terá vigência de seis anos e prevê investimentos de cerca de R$ 14 milhões para a nova chamada pública.
Pesquisadores e acadêmicos brasileiros de mestrado, doutorado e pós-doutorado poderão participar das redes de pesquisa, que serão lideradas por pesquisadores com experiência comprovada e que se responsabilizarão pela submissão da proposta. Nesta modalidade, também haverá a possibilidade de participarem pesquisadores estrangeiros como colaboradores.
Atuação
Paulo Sérgio Beirão, que substitui o também Acadêmico Evaldo Ferreira Vilela na presidência da Fapemig, apontou a rapidez como aspecto relevante nas respostas da comunidade científica às demandas sociais. “Mais do que gerar infraestrutura, queremos soluções que possam ser implementadas de imediato, gerando tecnologias que sejam utilizadas em outras bacias hidrográfica.”
Para Hernan Chaimovich, o protocolo demonstra a capacidade de as agências trabalharem juntas em direção à adoção de políticas públicas baseadas em evidências científicas. “A ciência deve procurar consensos para, a partir daí, propormos políticas públicas. Isso que estamos fazendo é uma demonstração para o país de que somos capazes de produzir respostas a questões concretas. Esse é mais um passo que mostra o que a ciência, a tecnologia e a inovação podem fazer para um país”, explicou.