A Thomson Reuters (TR) – que é, atualmente, a maior agência de notícias do mundo, fruto da fusão da canadense Thomson Corporation, com a britânica Reuters – elegeu os cientistas mais influentes do mundo. O critério utilizado foi a análise dos dados dos últimos onze anos das plataformas Web of Science e InCites, buscando os pesquisadores cuja produção científica foi mais citada por seus pares.
Segundo a TR, o reconhecimento pelos pares, em forma de citações, é o que dá significado ao status desses cientistas, pois permitiu que eles fossem identificados a partir da opinião coletiva e objetiva da comunidade científica. Esses indivíduos, na visão da agência, estão na fronteira do conhecimento em suas áreas de atuação, publicando resultados que seus pares reconhecem como vitais para o avanço da ciência. “São pesquisadores que estão, sem dúvida, entre as mentes científicas mais influentes dos nossos tempos”, diz o relatório final, que pode ser acessado aqui.

Paulo Eduardo Artaxo Netto cursou graduação em física, mestrado em física nuclear e doutorado em física atmosférica pela Universidade São Paulo (USP). Fez estágios de pós-doutorado na NASA (Estados Unidos), Universidades de Antuérpia (Bélgica), Lund (Suécia) e Harvard (Estados Unidos).
Atualmente é professor titular do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da USP. Trabalha com física aplicada a problemas ambientais, atuando principalmente nas questões de mudanças climáticas globais, meio ambiente na Amazônia, poluição do ar urbana e outros temas.
É membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia de Ciências dos Países em Desenvolvimento (TWAS) e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
Foi membro da coordenação da área de Geociências da Fapesp de 2000 a 2008, e é membro da coordenação do Programa Fapesp de Mudanças Globais. É representante da comunidade científica no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Em 2004, recebeu um voto de aplauso do Senado brasileiro pelo trabalho científico em meio ambiente na Amazônia. Em 2006 foi eleito fellow da American Association for the Advancement of Sciences (AAAS). Coordenou dois Institutos do Milênio, é membro da equipe do IPCC que foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz de 2007 e de sete outros painéis científicos internacionais. Em 2007, recebeu o prêmio de Ciências da Terra da TWAS e o Prêmio Dorothy Stang de Ciências e Humanidades de 2007, outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo.
Em 2009, foi agraciado com o título de Doutor em Filosofia Honoris Causa pela Universidade de Estocolmo, na Suécia. No ano seguinte, recebeu o prêmio Fissan-Pui-TSI da International Aerosol Research Associations. Também recebeu, em 2010, a Ordem do Mérito Científico Nacional, na qualidade de comendador, e o premio USP Destaque 2010 por ser o pesquisador da USP com o maior numero de acessos às suas publicações.
É um dos cientistas brasileiros mais citados, com mais de 9800 citações de seus trabalhos -seis dos quais publicados nas revistas Science e Nature. Seu índice H no ISI Web of Science é 57. Tem mais de 21.000 citações no Google Scholar, com índice H no Google Scholar de 75.