Os sistemas terrestres estão passando por uma crise sem precedentes e, para evitar uma emergência humanitária de escala global, será preciso realizar ações que só serão viáveis com o estabelecimento de um novo pacto entre a ciência e a sociedade, com maior conectividade entre as lideranças de todos os setores.
O caminho para esse novo pacto será pavimentadebatido na semana que antecede a RIO+20, no “Forum on Science, Technology and Innovation for Sustainable Development”, que será realizado entre os dias 11 e 15 de junho, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
O fórum reunirá alguns dos principais cientistas e formuladores de políticas , com o objetivo de explorar o papel-chave da ciência interdisciplinar e inovadora na transição para o desenvolvimento sustentável, para a economia verde e para a erradicação da pobreza – as questões centrais que serão discutidas na RIO+20, entre 20 e 22 de junho. O evento – que será integralmente transmitido pela internet – discutirá temas centrais para o desenvolvimento sustentável inclusivo e será uma importante oportunidade para tentar gerar um diálogo entre a comunidade científica e a sociedade civil.
Além das discussões, a programação do fórum inclui o lançamento de uma nova iniciativa global: a Future Earth – research for global sustainability. Este programa reúne organizações internacionais com o objetivo de estabelecer, de fato, uma nova relação entre ciência e sociedade, envolvendo todos os campos científicos – incluindo engenharias e ciências sociais – visando uma interlocução entre todos os atores da sociedade e o estabelecimento de uma agenda de pesquisa.
A organização do evento foi realizada em parceria pelo Conselho Internacional para a Ciência (ICSU, na sigla em inglês), a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco), a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Federação Mundial das Organizações de Engenharia (WFEO), o Conselho Internacional de Ciências Sociais (ISSC), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI, além de contar com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), da Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro e do Ministério das Relações Exteriores (MRE/Itamaraty).