De 17 a 23 de outubro de 2011, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), será realizado, em diversas escolas do planeta, o Experimento Global sobre a Qualidade da Água, um dos eventos propostos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) para integrar o calendário de atividades do Ano Internacional da Química (AIQ 2011).

No Brasil, as atividades estão sendo coordenadas e estimuladas pelas entidades representativas da química brasileira e apoiadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT&I), pelo MEC e outros órgãos de governo, por universidades e instituições de pesquisa e por várias FAPs e secretarias estaduais e municipais, dentro do lema Química para um mundo melhor.

Este experimento faz parte de um conjunto de ideias e ações destinadas à melhoria da educação e da pesquisa em química (e em ciências) no país e é uma maneira de se contribuir para uma conscientização coletiva sobre importância da qualidade da água e para a preservação do planeta Terra.

Nesta atividade, os alunos irão coletar, auxiliados pelo professor, uma amostra de água proveniente de uma fonte natural local. Eles irão medir o pH da amostra, através da utilização de soluções indicadoras coloridas. Os valores obtidos devem ser inseridos no site do Banco de Dados Nacional do Experimento Global (http://qnint.sbq.org.br/agua) e, posteriormente, eles serão submetidos ao Banco de Dados Global.

A Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e o MCT&I estão produzindo 25.000 kits deste experimento para as escolas públicas do país, especialmente para o ensino médio e para os últimos anos do ensino fundamental. A proposta é que o experimento seja realizado intensamente durante a SNCT (mais informações: http://semanact.mct.gov.br/index.php/content/view/4293.html), e também ao longo de todo o ano. Em São Paulo e Bahia, órgãos educacionais e instituições locais também estão produzindo kits para as escolas.

O Acadêmico Diogenes de Almeida Campos (na foto ao lado), diretor do Museu de Ciências da Terra (DNPM) e coordenador nacional do Programa ABC na Educação Científica, ressaltou a importância do evento ser realizado durante a SNCT, pois “a sociedade estará mobilizada”. Em sua opinião, é importante que demais cientistas e Acadêmicos se envolvam com a divulgação científica. “É o momento que eles têm para voltar o olhar à educação. Divulgar esse evento significa prestar atenção em nossos jovens e trazer a ciência para mais perto deles”.

Por que medir o pH da água?

Segundo Campos, como a água é essencial para a vida no planeta, é fundamental que ela se apresente em padrões adequados para consumo. “O desejável é que o pH da água gire em torno do valor 7.0, ou seja, um valor neutro, nem ácido – abaixo de 7.0 – nem básico/alcalino – acima de 7.0. O organismo humano tolera o pH neutro, podendo variar um pouco dentro do limite de 5,0 a 7,5 ou 8,0”, alertou o Acadêmico.

Através de indicadores químicos, no caso do experimento o azul de bromotimol e o púrpura de metacresol, é possível obter resultados que forneçam o pH das águas do planeta. “Mas o mais interessante é que esse evento faz uso de um mecanismo muito simples na química, que é medir o potencial de hidrogênio iônico (pH), e ele vai conseguir apresentar a metodologia científica para jovens e a sociedade como um todo, despertando-os para a ciência”, concluiu Campos.

O folder em anexo contém descrições da atividade “pH do Planeta”, que faz parte do Experimento Global.