Ações da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) tem melhorado os indicadores de CT&I e contribuído para a elevação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado. Para alcançar esses objetivos, a Fapema vem investindo em políticas públicas voltadas para a formação de recursos humanos e apoio a projetos de pesquisa.
O trabalho desenvolvido pela Fapema foi apresentado no evento “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia”, da Academia Brasileira de Ciências, realizado no dia 15 de julho de 2010, em Porto Velho, pela coordenadora de Planejamento Estratégico da Fundação, Gilza Prazeres. Química industrial com doutorado em biofísica, Gilza iniciou sua apresentação apontando para o fato de o Maranhão estar entre o Norte e o Nordeste, se alinhando a uma ou outra região dependendo da questão. O estado, segundo o IBGE, tem um dos piores IDHs do Brasil. Apenas quatro cidades concentram 70% do PIB do estado, baseado muito mais em serviços do que em outras atividades. A maior parte da população está no interior do estado, com economia baseada na pequena indústria e agropecuária, que gera 30% do PIB. O estado tem apenas 600 doutores e três universidades públicas, com cinco cursos de doutorado e 21 de mestrado. “Desses, mais da metade são muito recentes”, explicou Gilza.
O orçamento previsto para a Fapema, criada no ano de 2003, é de 0,5% do PIB estadual. Para ampliar esses recursos o Estado tem buscado o apoio do governo federal. A Fundação vem apoiando os programas de pós-graduação do Maranhão com bolsas para alunos e financiamento de projetos e publicações para docentes e discentes.”Estamos buscando atrair de volta os pesquisadores que foram fazer pós-graduação fora, assim como oferecendo bolsas de doutorado para apoio e capacitação de maranhenses em outros estados do país e no exterior, pois aqui a oferta de cursoso ainda é restrita.”
A Fapema integra a Rede de Biocosméticos, junto com a Fapespa, a Fapeam e a Funtac. Participa também da Rede Malária, da Rede Museus e da Rede Dengue. A primeira oferta de Edital Universal foi feita em 2009, com demanda significativa. A coordenação de Inovação Tecnológica dá assessoria a inventores e oferece cursos para redação de patentes. No âmbito da divulgação científica, a FUndação edita a Revista Inovação e apresenta semanalmente o programa Rádio Inovação. Além disso, divulga matérias científicas em seu portal e as envia numa newsletter quinzenal para os pesquisadores.
Em 2009, a Fapema promoveu diversos eventos, como um Seminário de Iniciação Científica Júnior, envolvendo estudantes do ensino médio, o Prêmio Fapema e o 1º Encontro de Inovação do Maranhão, evento que contou com 900 participantes. “Além disso participamos intensamente da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do MCT”, contou Gilza. No início de 2010, organizou um workshop de Engenharia Aeroespacial. , evento que contou inclusive com a presença de pesquisadores internacionais.
Para melhorar os indicadores de CT&I do Maranhão, a Fapema vem investindo em políticas públicas como o estímulo ao estabelecimento de parcerias e redes, o fortalecimento de interações nacionais e a ampliação do intercâmbio de estudantes de ensino superior, através de participação em eventos e estágios de curta duração. “Temos, certamente, muitos projetos a serem implantados e muitas oportunidades a explorar ainda”, concluiu Gilza.