pt_BR

Etelvino José Henriques Bechara

Nascido (1944) e criado na magnífica Serra do Caparaó (MG). Teve seu interesse em química e biologia despertado por seus professores de ginásio, Sra. Ilza Campos Saad (1956-1959; Manhuaçu, MG), e do curso técnico-agrícola, Dr. Márcio Esteves Moura (1961-1963; Universidade Rural de Viçosa, MG). Após o bacharelado em Química na FFCL-USP (1968), fez o doutoramento com o Professor Giuseppe Cilento (1972) descrevendo um modelo químico para a síntese do ATP no sítio I da cadeia respiratória. Realizou estudos de pós-doutoramento com o Prof. Emil H. White (Chemistry Department, Johns Hopkins University) estudando a conversão de colchicina em lumicolchicinas em bulbos da Colchicum autumnale (“fotoquímica sem luz”) (1974-5) e, subsequentemente, com a Dra. Thérèse Wilson como Research Associate da Harvard Univesity (Biological Laboratories), estudou dioxetanos, supostos intermediários “ricos em energia” da bioluminescência e quimioluminescência. Ao retornar ao Brasil, concentrou sua atenção na química de dioxetanos e sua intermediação em reações catalisadas por peroxidases. Em 1979, recebeu o título de Livre-Docente da USP. A partir de 1980, seu interesse estendeu-se à bioluminescência dos besouros “tec-tecs” (Elateridae) e “trenzinhos” (Phengodidae). O trabalho de campo com estes insetos luminescentes no Parque Nacional das Emas (GO) e na Mata Atlântica abriu-lhe duas novas áreas de interesse: a proteção ambiental e a pintura “naif”. Concomitantemente, desde os anos oitenta, dedicou-se também ao estudo de fontes e papel deletério de radicais livres derivados de oxigênio em sistemas biológicos. Investigou o envolvimento de radicais livres na metahemoglobinemia associada a poluição do ar (Cubatão, SP), nas manifestações neuropsiquiátricas da esquisofrenia, maníaco-depressão, porfiria aguda intermitente e saturnismo, e no estresse oxidativo disparado pelo exercício físico estenuante. Todas estas pesquisas tiveram a participação de muitos pós-graduandos (14), graduandos e colegas brasileiros e estrangeiros. Suas contribuições `as áreas de bioluminescência e estresse oxidativo (133 publicações) levaram-no à posição de Professor Titular de Bioquímica do IQ-USP (1990). Foi também eleito Membro Titular da Oxygen Society (1994), ramo americano da International Society for Free Radical Research, premiado com bolsa da Guggenheim Foundation (1996), e editor convidado de números especiais da Química Nova e da Ciência e Cultura dedicados à discussão das fronteiras da pesquisa em química ambiental e radicais livres em biologia e medicina. Acrescenta-se sua participação na fundação (sócio nº 3) e consolidação da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), sendo seu Presidente em 1988-90. É editor-associado da Ciência e Cultura.

Fernando de Castro Reinach

O objetivo de nosso laboratório é descrever as alterações estruturais que ocorrem no filamento fino de músculo esquelético quando o cálcio se liga à troponina C. Utilizamos técnicas de Biologia Molecular para produzir mutações nas proteínas que compõem o sistema regulador presente nesse filamento e analisamos suas funções in vitro e in vivo.
O filamento fino de músculo esquelético é uma estrutura supra-macromolecular capaz de amplificar e transmitir o sinal de ligação do cálcio. A ligação de cálcio à troponina C ativa sete moléculas de actina, sendo que a mais distante se localiza a 200Â da troponina C. A informação é transmitida da troponina C para os outros componentes da troponina (troponina T e troponina I), em seguida para a tropomiosina e finalmente para as sete actinas que fazem contato com a tropomiosina. Este sistema regulatório é capaz de ativar a contração muscular 200 milisegundos após o aumento do cálcio intracelular.
Este “interruptor molecular” que oscila entre um “on state” (cálcio ligado) e um “off state” (cálcio desligado), apresenta um alto grau de acoplamento entre a ligação do cálcio e a interação actina-miosina. Quando o cálcio está ligado, a afinidade da actina pela miosina aumenta e, quando aumentamos a afinidade da actina pela miosina, a finidade da troponina C pelo cálcio também aumenta. Existe portanto um acoplamento físico e energético entre estes dois fenômenos. Com base nesta observação, demonstramos que mutações capazes de deslocar o equilíbrio entre o “on”e “off states” do complexo podem ser usados para definir os aminoácidos de cada subunidade proteica envolvidos na transmissão da informação.

Fernando Flávio Marques de Almeida

Nasceu no Rio de Janeiro em 1916. Foram seus pais o advogado Gerson de Almeida e Nair Marques de Almeida. Fez seus estudos primários e secundários no Ginásio de São Bento em São Paulo, estado em que passou a maior parte de sua vida. Terminado o curso ginasial fez concurso para a Escola Politécnica de São Paulo, onde se diplomou em Engenharia Civil no ano de 1938. Teve muita influência em seu futuro profissional o Professor Doutor Luiz Flores de Moraes Rego, Catedrático de Mineralogia, Petrografia e Geologia dessa Escola. Ao terminar o ano letivo em que cursou sua Cátedra, o Professor Moraes Rego convidou-o para ingressar como assistente-aluno no Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Ao diplomar-se tornou-se Assistente do Professor Moraes Rego, prematuramente falecido.
Permaneceu na Escola Politécnica durante 35 anos, tendo feito concurso para Livre-Docência em 1957, com tese sobre a Geologia e Petrologia do Arquipélago de Fernando de Noronha, quando regia a Cátedra o professor Doutor Octávio Barbosa. Com a exoneração deste, assumiu a Cátedra, para a qual fez concurso em 1962, com tese sobre a Ilha de Trindade. Até 1969 esteve em regime de tempo parcial, que lhe permitiu ingressar no Departamento Nacional da Produção Mineral, para o qual fez concurso em 1956, tendo-se exonerado em 1969, para assumir regime de dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP). Aposentou-se em 1994.
Em 1974 foi contratado pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, em regime RDIDP. Em 1978 deixou a Universidade e ingressou no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, de onde acaba de se afastar. Licenciou-se desse Instituto entre 1985 e 1990, sendo contratado pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas.
Durante tão longa vida profissional percorreu quase todo o País, tendo publicado 176 trabalhos científicos e capítulos de livros no Brasil e exterior, versando sobre vários temas das Geociências.
Exerceu diversos cargos técnico-científicos e administrativos e participou de numerosos congressos e outras reuniões científicas nacionais e internacionais.
Entre as distinções recebidas destacam-se: Biografia em Who’s Who in the World, da Marquis Who’s Who Inc., Chicago (1971-1972); Vice-Presidente da Société Géologique de France (1971); Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Campinas (1991); Medalha de Mérito do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (1995).

Fernando Galembeck

Nasceu em São Paulo, na Bela Vista, em 1943. Menino urbano, criado dentro das limitações e vantagens da cidade grande mas com direito à liberdade do mato e da praia nas férias, estudou (muito) no Colégio Santo Alberto e no Liceu Pasteur. Teve excelentes professores de Ciências. Este fato e o trabalho desde os onze anos no laboratório farmacêutico do pai determinaram o seu interesse pela Química.
Ingressou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, em 1960. Formado em 1964, obteve o doutorado em 1970. Teve o privilégio de estudar e trabalhar em um ambiente de grande seriedade, que refletia o que a Química brasileira foi, até o início dos anos 80: muito pequena, mas muito boa.
Iniciou o seu doutorado sob a orientação de Simão Mathias, mas a sua tese foi orientada por Pawel Krumholz. O tema era a dissociação de ligação metal-metal, estudada através dos equilíbrios de compostos de coordenação do pentacarbonífero, em meio aquoso. Após o doutorado, resolveu trabalhar em Físico-Química de sistemas biológicos, fazendo pós-doutorado nas Universidades do Colorado e da Califórnia, em Davis. Trabalhou então em interações protease-inibidor e em proteólise de proteínas quimicamente modificadas. O tema o interessou muito e ao voltar ao Brasil pode continuar nele, trabalhando junto ao grupo de Química de Proteínas da Escola Paulista de Medicina, em 1975.
Teve então uma grande oportunidade, que moldou a sua carreira: o Instituto de Química da USP, com apoio da Academia Brasileira de Ciências, da Royal Society e da Unilever decidiu instalar um grupo de química coloidal e de superfícies e ele foi convidado a organizar esse grupo. Depois de três meses na Inglaterra e Holanda iniciou projetos nessa área. Inicialmente, trabalhou na modificação de superfícies de polímeros, introduzindo métodos de sorção e reação in situ e utilizando o pentacarbonilferro, o que teve uma certa repercussão. No período de 1977 a 1979 descobriu a osmosedimentação, que talvez tenha sido o seu trabalho mais original e deu origem a uma linha de pesquisa sobre membranas, que se estendeu até os anos 90, com vários resultados interessantes. Destaca aí a descoberta da ultrafiltração centrífuga, da pervaporação pressurizada e da despolarização eletroforética tangencial. Hoje, estão à venda ultrafiltros centrífugos para laboratório, no mercado internacional.
Nos anos 80 e 90 manteve o trabalho em membranas e em superfícies de polímeros, iniciando projetos sobre partículas e sistemas sol-gel. Neste último caso, evitou o caminho usual, dos sistemas de alcóxidos, concentrando-se em acetatos e fosfatos. Este caminho mostrou-se compensador, porque apesar de ser muito original permitiu-lhe obter resultados que não tinham sido conseguidos pelas rotas mais exploradas. Os resultados mais promissores, neste momento, parecem ser os pigmentos brancos à base de fosfatos, que são atualmente o tema de um projeto de pesquisa e desenvolvimento de que participa uma empresa de porte, e que poderá levar a uma atividade industrial significativa.
Olhando para trás, vê que foi muito afortunado, em vários aspectos: primeiro, porque optou por uma carreira de pesquisa quando poucos jovens brasileiros se interessavam por este tipo de atividade, e viu a importância da pesquisa crescer muito durante o seu tempo de vida. Em segundo lugar, teve um bom começo e uma boa formação, em uma área cuja importância cresceu continuamente. Viu a Química crescer e diversificar-se, no Brasil e no mundo, tornando-se uma ciência central. Pode contribuir para um grande surto de crescimento da Química brasileira trabalhando na elaboração e implementação do PADCT. Finalmente, percebe que uma parte significativa dos cientistas brasileiros, na qual se inclui, cultivou no seu dia-a-dia práticas que hoje são essenciais à sobrevivência das pessoas, organizações e nações: o exercício da identificação de oportunidades, a resolução de complexidades, e a polivalência, tudo isto em um contexto globalizado.
Do lado das frustrações, a maior é a de ter pouco contribuído para uma mudança no ensino elementar deste país. Entretanto, há hoje para isto um novo clima, e iniciou trabalho nesta direção, em 1996.

Francisco Castilho Alcaraz

Francisco Castilho Alcaraz, nascido aos 28/01/1953 na cidade de Dracena, no interior do Estado de São Paulo. Cursou seu primeiro grau no Grupo Escolar João Vendramini e o seu 2º. Grau no Instituto de Educação Engenheiro Isac Pereira Garcês, ambos na cidade de Dracena-SP. Neste período sob a influência de seu irmão mais velho José Antonio Castilho Alcaraz, que é Físico, decide-se pelo estudo da Física. Muda-se para São Paulo onde em 1975 conclui o curso de bacharelado em Física no Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Neste período, sob o estímulo dos Profs. Shigueo Watanabe, I. Frenkel, M. Cattani e S.R. Salinas, decide-se pelo estudo em Física Teórica. Imediatamente à conclusão de sua Graduação casa-se com Meire Martins Vasques, onde terão três filhas, Priscila (em 1978), Juliana (em 1981) e Mariana (em 1984). O seu mestrado é realizado em 1977, no antigo Instituto de Energia Atômica – IEA, sendo seu orientador o Prof. David Y.Kojima, um pesquisador que visitava o IEA na época. O seu trabalho de mestrado foi em Teoria de Muitos Corpos. Em 1977, no término de seu mestrado, muda-se para São Carlos após ser contratado no Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos, onde permanece até hoje. Já em 1978 inicia seu doutorado no Instituto de Física e Química da USP São Carlos, sob a orientação estimulante do Prof. Roland Köberle, na área de Mecânica Estatística e Teoria de Campos. Conclui o doutorado em 1980 com uma tese sob modelos de Gauge e de Spins na rede, tema este de interesse tanto em teoria de campos como em Mecânica Estatística. No período de doutorado, a atmosfera científica em São Carlos era bastante estimulante em grande parte pela presença do Prof. Jorge André Swieca, que atuou de forma marcante na formação dos jovens pesquisadores da época. Nos anos de 1981 a 1983 realizou o seu pós-doutorado no Institute for Theoretical Physics – UCSB – Santa Barbara-CA, que era um Instituto recém criado na época com uma atividade científica bastante intensa. Neste período com o contato de inúmeros pesquisadores jovens e experientes obteve seu amadurecimento profissional. De volta ao Brasil em 1985, realizou a sua livre docência junto ao IFQSC-USP. Durante o ano de 1986 esteve como pesquisador associado na Australian National University Caberra-Australia. Em 1989 tornou-se Professor Titular no Departamento de Física da UFSCar. De 1991 a 1993 esteve como professor visitante no Institute for Theoretical Physics – Santa Barbara-USA e no Physikalisches Institut – Univ. Bonn-Alemanha. Na sua vida acadêmica, desde o seu doutorado tem atuado no estudo de Mecânica Estatística, e usando para tanto, muitas das técnicas formuladas em teorias de Quântica de Campos. As contribuições científicas que mais se destacam, tem sido na aplicação de Invarância Conforme em Fenômenos Críticos e no Estudo de Modelos Estatísticos em Geometrias Finitas. Tais trabalhos encontram-se espalhados em 70 (setenta) publicações em revistas internacionais arbitradas e vários deles fomentaram temas na orientação de 3 (três) doutores e 5 (cinco) mestres.

Francisco Lacaz de Moraes Vieira

Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1964. Doutorou-se em Medicina em 1967, sob a orientação do Prof. Gerhard Malnic, desenvolvendo tese sobre Fisiologia Renal. Fez seu pós-doutoramento na Universidade de Harvard, no Biophysical Laboratory, Harvard Medical School, com o Prof. Arthur K. Solomon, trabalhando em transporte de água em hemácias. Nesse período, paralelamente desenvolveu abordagem termodinâmica do transporte de íons em membranas epiteliais. Ingressou como Assistente da Faculdade de Medicina da USP em 1964. Em 1970, com a reforma universitária, passou a exercer suas atividades de ensino e pesquisa no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, onde galgou as posições de Livre-Docente, Professor Adjunto e Professor Titular. Foi Pesquisador Visitante em vários laboratórios: Universidade de Aberdeen (Escócia), Centro de Estudos Nucleares de Saclay (França), Universidade Católica de Leuven (Bélgica), National Institutes of Health (USA). É Membro Titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e Assessor Científico da FAPESP, CNPq e FINEP. Exerceu a chefia do Departamento de Fisiologia e Biofísica do ICB, USP em várias gestões. Foi Vice-Presidente e Presidente da Sociedade Brasileira de Biofísica e Membro do Conselho Científico da FUNBEC. Sua linha de pesquisa é o transporte de moléculas através de membranas epiteliais. Atualmente se dedica ao estudo da biologia celular das junções estreitas (“tight-junctions”) em epitélios. Possui 40 trabalhos completos publicados em revistas internacionais, além de comunicações em congressos nacionais e internacionais.

Frederico Guilherme Graeff

FREDERICO GUILHERME GRAEFF, nasceu em Araraquara, SP em 1940, graduou-se em Medicina na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) em 1963.
Estágios: Pós-doutorado: Departamento de Farmacologia, Harvard Medical School, E.U.A., 1968 a 1969. Professor Visitante – Departamento de Psicologia Experimental, University of Oxford, U.K., 1978 a 1979.
Publicações: Revistas internacionais – 97; nacionais – 16. Capítulos em livros internacionais – 16; nacionais – 10. Livros publicados no Brasil – 2.
Apresentações: Congressos internacionais – 57; nacionais – >150.
Orientações: em andamento, mestrado – 1, doutorado – 4; completadas, mestrado = 13, doutorado – 20.
Fundação de laboratórios: Laboratório de Neuropsicofarmacologia, Departamento de Farmacologia – FMRP _ USP; Laboratório de Psicofarmacologia Clínica – Hospital das Clínicas, FMRP, USP; Laboratório de Psicobiologia – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP.
Sociedades científicas: SBPC, SBFTE, SBNeC, IBRO.
Edição de revistas científicas: Braz. J. Med. Biol. Res. (Editor da Área de Neurociências e Comportamento), Behav. Brain Res. (Membro do Corpo Editorial), Pharmacol. Biochem. Behav. (Membro do Corpo Editorial).
Pareceres: FAPESP, CNPq, Wellcome Foundation (U.K.) e Health Research Council of New Zealand.
Outras informações: Bolsista do US National Health Service (Fogarty Fellowship), 1968-1969. Membro Titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, 1981. Prêmio Jabuti 1984 pelo livro “Drogas Psicotrópicas e seu Modo de Ação”, 1ª edição. Presidente da Sociedade Brasileira de Psicobiologia – 1984 a 1986. Vice-Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP, de 1988 a 1992. Pronunciou a “Annual Faculty Lecture” no University of Walles College of Cardiff”, Cardiff, UK, 1989. Vice-Coordenador do Núcleo de Apoio à Pesquisa de Neurociências e Comportamento da USP, de 1990 a 1993. Coordenador do Projeto Temático de Equipe FAPESP nº 90/3474-0, US$ 323,000.00 em vigência. Bolsista do CNPq, categoria 1A (nº 300577/80-0) de 1990 a 1994.
Membro Emérito do Departamento de Psiquiatria Biológica da Associação Brasileira de Psiquiatria, 1993.

Gerhard Malnic

Gerhard Malnic, nascido em 25/09/1933 em Milão, Itália, originalmente de nacionalidade austríaca, naturalizou-se brasileiro em 1956. Doutorou-se em Medicina no Departamento de Fisiologia, sob a orientação de Alberto Carvalho da Silva em 1960. Fez seu pós-Doutoramento na Tulane University, New Orleans, 1961/62, e na Cornell University Medical College, New York, 1962/64 no laboratório do Dr. Gerhard Giebisch. Professor Titular do Departamento de Fisiologia e Farmacologia e depois do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da USP em 1973 até o presente (1995). Foi Chefe de Departamento de 1978 a 1981 e de 1984 a 1988, Vice-Diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP de 1986 a 1989, Diretor do Instituto de Ciências Biomédicas de 1989 a 1993.
Tem trabalhado na área da Fisiologia Renal e Biofísica de Epitélios. Implantou laboratório de micropunção e microperfusão renal, abordando os mecanismos de transporte de potássio ao longo do nefron, e de acidificação tubular, estudou o papel do sódio, fatores hormonais, alterações do equilíbrio ácido-base e drogas nefrotóxicas na reabsorção de bicarbonato. Recentemente tem trabalhado no desenvolvimento de metodologia para a determinação do pH celular por microfluorimetria. Tem mais de 100 trabalhos completos publicados em revistas internacionais, além de um livro sobre Fisiologia Renal e colaboração em outros. Formou 8 mestres e 12 doutores.
Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Biofísica (1983-1985) e da Sociedade Brasileira de Fisiologia (1985-1988); Secretário-Geral da Asociación Latinoamericana de Ciencias Fisiológicas (1981-1984); Membro da Academia de Ciências da América Latina; Presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (1995- ); “Lecturer”, R.F. Pitts Memorial Lecture, XXX International Congress of Physiological Sciences, Vancouver, Canada (1986).

teste