Leia artigo do Acadêmico Alexander W. A. Kellner, editor-chefe dos Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC):

Se compararmos os anos anteriores, podemos dizer que 2023 foi um ano muito importante para os AABC. Depois de muito tempo, conseguimos obter um financiamento para a revista – a multidisciplinar de caráter mais amplo editado no Brasil. Somos muito gratos a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro – a nossa querida Faperj – por apoiar esse periódico editado pela Academia Brasileira de Ciências.

De uma forma resumida, são, no total, 16 áreas para onde pesquisadores podem direcionar os seus manuscritos (em inglês): Mathematical Sciences (MaSci), Physical Sciences (PhSci), Chemical Sciences (ChSci), Biomedical Sciences (BmSci),  Health Sciences (HeSci), Cellular and Molecular Biology (CeMoBio), Microbiology (Mcbio), Ecosystems (Ecosy), Geosciences (Geosci), Paleontology (Paleo),  Animal Science (AnSci), Crop Science (CrSci), Soil Science (SoiSci),  Forestry Science (FoSci), Engineering Sciences (EnSci), e Social Sciences (SocSci).

Ao todo recebemos 1323 artigos – um aumento de 23,6% em relação ao ano anterior (1070 manuscritos recebidos). O maior número veio de Ciências da Saúde (HeSci), com 254 submissões. No final, foram publicados 352 artigos — o terceiro maior número na história da revista, ficando atrás apenas de 2022 (439 artigos) e 2021 (424 artigos). Importante frisar que nesses números não são computados editoriais, cartas e apresentações, que no ano passado foram 7, 7 e 1, respectivamente. O maior número de trabalhos publicados foi na área de Ecossistemas (Ecosy – 66), seguido de Ciência Animal (ou Zootecnia – AnSci – 52), Geociências (Geosci – 32) e Ciências da Saúde (HeSci – 32).

Embora os AABC tenham adotado a publicação contínua, ainda fechamos fascículos, que em 2023 foram sete.

Apesar dos avanços, ainda existe muito mais a fazer. É consenso entre os quase 100 editores da revista (entre editores associados e editores de área), que o principal gargalo da revista é a sua divulgação, tanto na sociedade como, também, no meio acadêmico – tanto nacional como internacional. Já estamos pensando em como avançar nesse sentido.

Porém, nunca é demais enfatizar que os Acadêmicos também podem dar uma boa contribuição para a revista! Além de enviar trabalhos relevantes, todos podem divulgar os AABC para colegas – do país e do exterior -, como também para alunos!

Fundamental ter em foco que a revista é avaliada como Qualis A2 em todas as áreas, consta nas principais bases de busca em todas as áreas, pode ser obtida gratuitamente na base SciELO e não cobra qualquer taxa de publicação! Além disso, realiza a divulgação dos estudos publicados através das newsletter dos AABC, que é finalizado a cada fechamento de fascículo. Não são muitas com esse perfil no mundo..

 Alexander W. A. Kellner
Editor-chefe dos AABC
Academia Brasileira de Ciências