A Sociedad Científica del Paraguay está organizando em Assunção, capital do país, o seu VIII Encuentro de Investigadores cujo tema é “Consolidando a ciência no Paraguai”. Cientistas paraguaios e de outros países, de todas as áreas do conhecimento, se reúnem para apresentar seus trabalhos e discutir os temas científicos relevantes da atualidade.
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) foi convidada a participar do encontro, onde foi representada por sua membra titular Patricia Torres Bozza. Ela apresentou a conferência inaugural da cerimônia, cuja abertura também contou com o presidente da entidade, Herib Caballero Campos, e com o vice-ministro de Educação Superior do Paraguai, Federico Mora.
Em sua fala, Patricia Bozza abordou problemas da inflamação, coagulação e trombose relacionados a covid-19. A hipercoagulabilidade e o desenvolvimento de tromboses são dois dos fatores mais associados à mortalidade na doença e persistem por um longo tempo após a fase aguda, consistindo o que chamamos de covid longa. Mesmo sendo mais comuns em países ricos, essas condições matam mais em países pobres. Patricia enfatizou ainda a importância do financiamento continuado à pesquisa e as redes de cooperação internacional para o preparo e enfrentamento a novas epidemias.
A Acadêmica valorizou também a colaboração científica entre Brasil e Paraguai e entre a ABC e a Sociedad Científica del Paraguay. “Estamos sempre abertos ao diálogo com sociedades científicas da América Latina e consideramos que a cooperação entre os nossos países é fundamental para o avanço da ciência no continente como um todo”, avaliou.