Leia o artigo de Isaac Roitman, Acadêmico e integrante do Movimento 2022 – 2030 “O Brasil e o Mundo que queremos”, publicado no Monitor Mercantil em 18 de setembro:
A pesquisa científica no Brasil foi institucionalizada em 1951, com a criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq). Ela foi consolidada em 1985, com a criação do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). O seu financiamento sofreu altos e baixos nas últimas décadas.
Apesar disso, o Brasil tem uma comunidade científica reconhecida internacionalmente, que tem contribuído para avanços significativos em várias áreas de conhecimento. Um exemplo foram os trabalhos desenvolvidos pela cientista Johanna Döbereiner, que, trabalhando com bactérias fixadoras de nitrogênio, aboliu a adubação nitrogenada, o que reduziu entre um e dois bilhões de dólares por ano no setor agrícola brasileiro.
Durante os últimos anos, o financiamento foi muito baixo, prejudicando muitos projetos de pesquisa que foram interrompidos e desestimulando a formação de recursos humanos, principalmente na pós-graduação.
Os principais desafios relacionados ao financiamento da pesquisa no Brasil são resultados de instabilidade econômica, restrições orçamentárias, burocracia lenta, principalmente na importação de insumos e equipamentos. Além disso, a sociedade como um todo não incorporou o conceito de como a Ciência e Tecnologia podem contribuir para o bem-estar individual e coletivo.
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