Em artigo para O Globo, o Acadêmico Roberto Lent divulga o simpósio Educação Tem Ciência, que será sediado na sede da Academia Brasileira de Ciências no dia 8 de março. Confira:

Pense bem. Se o título deste artigo fosse “Saúde tem ciência” ou “Engenharia tem ciência”, por óbvio, ele provavelmente seria recusado pelo jornal. Mas com a educação não é assim. Geralmente, não se admite como pressuposto que as políticas educacionais e as intervenções pedagógicas podem e devem ser baseadas em evidências científicas. Essa concepção mal começa a tomar corpo em alguns países, e no mundo, com a criação pela Unesco da Aliança Global das Ciências da Aprendizagem para a Educação em 2023.

Trata-se de estimular cientistas de todas as áreas do conhecimento — pedagogia, linguística, economia, neurociência, ciências da computação e tantas outras — a inspirar-se em temáticas de repercussão educacional. É o que se chamaria de ecossistema de pesquisa translacional em educação, da ciência básica que estuda os mecanismos moleculares da memória até as práticas de sala de aula como reforço espaçado de conteúdos. Essa confluência necessária, no entanto, depende de iniciativas que articulem as ações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com o Ministério da Educação. Editais que financiem pesquisas translacionais desse tipo poderiam ser articulados com bolsas especiais aos professores e gestores escolares que participem dos trabalhos. Tudo depende da criação de pontes (quem sabe um conselho interministerial) entre educação e ciência.

É a construção dessas pontes que almeja o Simpósio Educação Tem Ciência, que será promovido pela Rede Nacional de Ciência para a Educação em 8 de março. O evento faz parte da programação preliminar da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que pretende elaborar a Estratégia Nacional da área para os próximos dez anos. O simpósio será público, e dele surgirá um documento com sugestões para encaminhar aos dois ministérios envolvidos.

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Leia o artigo completo no O Globo.