Desde 2019, o Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia tem reconhecido o legado de profissionais que, por meio de suas pesquisas e descobertas, abrem caminhos para transformações no Brasil e no mundo. Hoje em seu quinto ano, o prêmio se consolidou como uma das maiores premiações do país nas respectivas áreas.

Em 2023, os vencedores foram dois Acadêmicos. Na categoria Tecnologia, o vencedor foi Nivio Ziviani, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Essa categoria é voltada para profissionais que tenham gerado impactos relevantes ao país no desenvolvimento de aplicações práticas. Na Categoria Ciência, para pesquisadores que colocaram o Brasil em destaque no cenário científico mundial, o escolhido foi o Acadêmico Wanderley de Souza (UFRJ/Finep). 

Os Acadêmicos Wanderley de Souza e Nivio Ziviani, vencedores da edição de 2023

Conheça os premiados:

Wanderley de Souza

Os trabalhos do professor Wanderley de Souza permitiram desvendar detalhes de várias estruturas celulares e contribuir para o estabelecimento de sua composição química e de sua função nos vários protozoários estudados.

No que se refere ao estudo da organização estrutural de protozoários patogênicos, Wanderley de Souza tem dado uma importante contribuição à introdução de modernas técnicas microscópicas no Brasil. Seu trabalho aborda desde a microscopia confocal á microscopia eletrônica de varredura e de transmissão em alta resolução, incluindo técnicas de criomicroscopia.

O interesse central da carreira do professor Wanderley de Souza, portanto, é o estudo de doenças parasitárias, sobretudo aquelas causadas por protozoários intracelulares que causam doenças relevantes como a doença de Chagas, as leishmanioses e a toxoplasmose, bem como protozoários extracelulares que causam doenças como a giardíase humana e a tricomoníase humana e animal.

É graduado em medicina pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974) e obteve o doutorado em Biofísica pela UFRJ em 1978. Também realizou estágios de pós-doutoramento em várias instituições: National Institutes of Health; University of Illinois; University of Glasgow; Instituto Politécnico Nacional do México;

Atualmente, é Professor Titular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, onde dirige um grupo de pesquisa que conta com cerca de 50 colaboradores.

Nivio Ziviani

Um dos pioneiros do ensino de graduação em computação do país, o professor Nivio Ziviani acumula mais de 51 anos dedicados à ciência, tecnologia e inovação. Engenheiro mecânico e cientista da computação, é professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), membro da Academia Brasileira de Ciências e da Ordem Nacional do Mérito Científico, nas Classes Comendador e Grã-Cruz.

Na UFMG, criou os cursos de graduação e de doutorado em computação, o Laboratório para Tratamento de Informação (LATIN) e o Laboratório de Inteligência Artificial. Foi do LATIN que saíram as cinco empresas de tecnologia cofundadas por Nivio Ziviani e que atraíram investimento, gerando milhares de empregos. Conhecido no setor de tecnologia por ser um dos donos da Akwan Information Technologies, empresa vendida para o Google em 2005, o pesquisador é uma das figuras mais emblemáticas da inovação no Brasil.

Acadêmico internacionalmente reconhecido e empreendedor de sucesso, investiu a vida na produção e transferência de conhecimento científico e geração de riqueza. Atualmente, se dedica ao uso da Inteligência Artificial na saúde, nas artes e na transformação digital de empresas. É membro do Conselho de Administração das empresas Kunumi Artificial Intelligence, Unidade Embrapii do DCC/UFMG e Falconi Participações. Integra os Conselhos Técnico-Científicos do Instituto Hercílio Randon e do Laboratório Nacional de Computação Científica.

É também autor da série de livros sobre Projeto de Algoritmos, utilizada por professores e estudantes em praticamente todos os cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação em computação no país. Além disso, é coautor de mais de 200 artigos científicos nas áreas de algoritmos, recuperação de informação e inteligência artificial. Foi responsável pela formação de 70 alunos de pós-graduação, sendo 58 mestres e 12 doutores.

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