O Globo de 17 de julho trouxe uma matéria especial com a Acadêmica Ima Célia Guimarães Vieira. Confira:

Proteger uma floresta é também descobrir como fazê-la se curar de suas feridas, tratar suas chagas abertas pelo desmatamento e fazê-la renascer das cinzas das queimadas. Na Amazônia, o caminho para a sobrevivência alia o conhecimento tradicional à ciência de vanguarda e à força da maior floresta tropical do planeta, afirma a ecóloga paraense Ima Vieira, uma das mais respeitadas especialistas em impactos do desmatamento e restauração do bioma.

A floresta está em Ima desde sempre. Levada pelo pai, que era juiz, cresceu nas matas da Ilha de Marajó, onde a riqueza da biodiversidade contrasta com a pobreza da população. Em Marajó estão os municípios com os menores IDHs do Brasil. Não falta comida, pois a floresta e os rios proveem, mas inexistem educação e saneamento.

— Meu pai gostava da natureza e herdei isso dele. Marajó é um lugar de extremos: de riqueza, a da natureza; e da pobreza, a humana. Aprendi desde muito cedo que não existem soluções isoladas e que você não pode separar o natural do social. Não existe bioeconomia sem sociobiodiversidade. Cresci vendo isso e levei para a vida — afirma.

Em sua trajetória, ela acompanhou os altos e baixos da conservação, o surgimento de desafios, as mudanças da política e do clima. E a cientista encontrou um porto seguro na certeza de que não resistem soluções únicas para conservar a Amazônia, mas que todas elas dependem de estar ancoradas em sua gente.

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Leia a matéria completa no jornal O Globo.