Leia matéria de Cíntia Acayaba e Cláudia Castelo Branco, publicada em 18 de abril no g1 SP:

Um dos maiores historiadores do Brasil, Boris Fausto morreu nesta terça-feira (18), em São Paulo, aos 92 anos. O velório será na Funeral Home, na região da Avenida Paulista, a partir de 8h de quarta-feira (19).

Seu primeiro livro, “A Revolução de 1930 – historiografia e história”, propôs uma interpretação nova a respeito das classes sociais e das forças armadas no Brasil. Publicado pela primeira vez em 1969, é considerado um clássico das ciências sociais brasileiras.

Como foi lançado pouco depois do AI-5, durante a ditadura militar, um editor chegou a achar arriscado publicar. “Ele disse ‘olha, do jeito que está o clima, não posso me arriscar a publicar esse livro”, contou o historiador em documentário sobre ele lançado em 2018.

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Biografia

Filho de imigrantes judeus, Boris Fausto nasceu em São Paulo, no dia 8 de dezembro de 1930. Primeiramente, formou-se bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo, em 1953. Depois, em 1966, gradou-se em História pela mesma faculdade, onde se tornou doutor em 1969. Foi professor no Departamento de Ciência Política da USP e colunista semanal do jornal “Folha de São Paulo”. Também integrou a Academia Brasileira de Ciências.

Repercussão

Pelas redes sociais, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) lamentou a morte do historiador.

“Perdemos uma das maiores referências em nossas ciências sociais. Boris Fausto, historiador, deixa um legado brilhante, marcado pela coragem moral e o rigor acadêmico, no estudo da sociedade brasileira. Meu sincero pesar ao Sérgio Fausto e a toda a família”, escreveu o político.