As Acadêmicas Mercedes Maria Bustamante e Denise Pires de Carvalho acabam de ser anunciadas na nova composição do Ministério da Educação (MEC). Mercedes Bustamante será a nova presidente da Capes e, portanto, se desliga de seu atual cargo como vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências para Minas Gerais e Centro-Oeste.

Já Denise de Carvalho, eleita membra titular da Academia em dezembro de 2022, assume a Secretaria da Educação Superior.

Confira perfis publicados em matéria do Estadão sobre as Acadêmicas:

Denise Carvalho, de 56 anos, foi a primeira reitora da UFRJ, uma das mais antigas universidades federais do País. A instituição fluminense também está entre as dez melhores instituições de ensino superior em rankings da América Latina. Ela é médica, mestre em Ciências Biológicas, doutora em Ciências e com pós-doutorado no Hôpital de Bicêtre, Unité Tiroïde, em Paris, e na Universitá Degli Studi di Napoli, na Itália. Atualmente é também professora da graduação e da pós de Medicina da UFRJ. É ainda membro titular da Academia de Medicina do Rio e autora de cerca de 170 artigos indexados.

Denise foi uma das reitoras nomeadas por Jair Bolsonaro (PL), após vencer as eleições na comunidade universitária e tinha mandato até 2023. Mas fez forte oposição à política de cortes orçamentários do MEC durante a gestão passada.

Em 2022, ela classificou a situação como “dramática”. E chegou a afirmar que as aulas na UFRJ poderiam ser suspensas e unidades de saúde seriam paralisadas após cortes que a impediam de pagar até contas de água e luz. Segundo o Estadão apurou, outros ex-reitores foram cotados para o cargo e o nome dela foi bem recebido entre a comunidade universitária.

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Para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Camilo anunciou a professora da Universidade de Brasília (UNB) Mercedes Bustamante. Graduada em Ciências Biológicas, com mestrado em Ciências Agrárias e doutorado em Geobotânica, é uma das grandes pesquisadoras de cerrado do País. Mercedes assume com o desafio de reajustar os valores defasados há mais de dez anos das bolsas de mestrado e doutorado do País. Durante do governo Bolsonaro, houve sucessivos cortes, em áreas como humanidades, e os pesquisadores chegaram a ficar sem receber o auxílio em dezembro.