Em reportagem especial para o Dia do Médico, O Globo convidou colunistas de Saúde para compartilharem suas expectativas para o ano 2022. Confira o depoimento do neurologista Roberto Lent, diretor da ABC:

Entra governo, sai governo, saúde é um dos grandes desafios das autoridades no país. Com a pandemia do coronavírus, a questão ganhou proporções ainda maiores — nunca uma doença desconhecida havia acometido tantas pessoas ao mesmo tempo e em tão pouco tempo, independentemente de idade, sexo e acesso a recurso médicos.

Desde o fim de 2019, quando a Covid-19 ainda era “uma estranha pneumonia” da cidade de Wuhan, na China, o ano de 2023 talvez seja o primeiro no qual lhes será permitido olhar para outras tantas doenças com atenção semelhante à mantida no combate ao novo vírus ao longo desse tempo que passou.

Para traçar um panorama brasileiro, o GLOBO reuniu dez de seus colunistas médicos para responder à seguinte pergunta: o que eu quero para a saúde dos brasileiros em 2023? Um tema foi quase onipresente: a ampliação de tratamentos e programas de prevenção no SUS, o Sistema Público de Saúde, que salvou o país de uma catástrofe ainda maior na pandemia, graças ao trabalho ágil dos profissionais e à experiência com protocolos de aplicação das vacinas.

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Roberto Lent, neurocientista, membro da Academia Brasileira de Ciências:

“Saúde em 2023? Perspectivas nada boas. Na melhor hipótese, difícil consertar o estrago dos últimos anos. Saúde depende de ciência, que depende de políticas estáveis. A esperança é que os cortes e bloqueios de recursos sejam revertidos. Espero o fortalecimento do SUS, joia rara no mundo. E mais investimentos em ciência e tecnologia, para que não mais seja necessário comprar da China ou dos EUA os insumos e tecnologias que garantem nossa saúde”

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