A Acadêmica Marília Chaves Peixoto e outras três mulheres que deixaram importantes contribuições para o Brasil darão nome a espaços da Câmara dos Deputados em homenagens aprovadas, no dia 10/12, pelo plenário da casa. O objetivo da proposta é fazer com que os espaços públicos da Câmara também gerem representatividade pela presença das mulheres em locais de poder.

O plenário 13 da Câmara dos Deputados passará a se chamar “Marília Chaves Peixoto”. Tereza de Benguela vai nomear o corredor de acesso ao Plenário da Câmara dos Deputados. Já o plenário 11, dedicado às comissões permanentes, será chamado “Anésia Pinheiro Machado”. Por sua vez, a ex-deputada Ceci Cunha dará nome ao plenário 2.

As propostas são de autoria da líder da bancada feminina, a professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), e já tiveram seus textos aprovados. No texto da proposta, a deputada ressaltou a importância da Acadêmica por quebrar paradigmas ao estudar matemática, uma área dominada por homens naquela época e por ser a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Ciências.

Nascida em 24 de fevereiro de 1921, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, a Acadêmica Marília Peixoto ingressou, em 1943, na Escola Politécnica da então Universidade do Brasil, a atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi a primeira mulher a obter o título de doutora em matemática. Sua dedicação aos estudos a distinguiu como uma brilhante pesquisadora em equações diferenciais. Em parceria com o Acadêmico e ex-presidente da ABC Maurício Peixoto, com quem era casada, publicou nos Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC) dois artigos: “On the inequalities y'” ³ G(x,y,y’,y”)”, em 1949, e “Structural stability in the plane with enlarged boundary conditions”, em 1959. A Acadêmica faleceu prematuramente em janeiro de 1961.