Matéria de José Tadeu Arantes, publicada em 3/12 na Agência Fapesp, dá acesso a webinário da Acadêmica Cláudia Bauzer Medeiros sobre a elaboração de planos de gestão de dados (PGD), agora exigidos pela Fapesp junto com a maioria das modalidades de auxílios e bolsas. Segundo a matéria, o PGD tornou-se um dos quesitos analisados na avaliação de propostas e relatórios científicos.
Considerando os bons motivos apresentados pela Fundação, segue a matéria original com o link do webinário, pois possivelmente o domínio na elaboração de PGDs possa auxiliar pesquisadores de outros estados que não os paulistas.
Na matéria, o motivo apresentado pela Fapesp é que “como instituição pública, criada para apoiar a pesquisa em todas as áreas do conhecimento, ela está comprometida com a transparência e com o melhor aproveitamento dos recursos despendidos, acelerando assim a produção de conhecimento. O compartilhamento adequado dos dados de pesquisa, de modo que qualquer pessoa possa acessá-los e reutilizá-los, é uma maneira de exercer esse compromisso. E parte integrante das boas práticas em pesquisa.”
“’A motivação para os Planos de Gestão de Dados relaciona-se com o conceito de ‘ciência aberta’ [open science]. Isso implica tornar todos os objetos associados a pesquisas científicas – como softwares, dados, modelos, algoritmos, artigos – disponíveis em repositórios públicos’, explica Medeiros.
A coordenadora ressalva que existem dados confidenciais – como, por exemplo, alguns tipos de dados associados a pesquisas em saúde ou em humanidades, cuja disponibilização exporia informações íntimas sobre as pessoas envolvidas. Há ainda outros tipos de dados que não podem ser divulgados por razões legais. ‘Em tais casos, não é necessário compartilhar todas as informações. Mas é obrigatório compartilhar os metadados’, afirma.
Como exemplos de metadados, Medeiros mostrou embalagens de produtos comerciais, que devem fornecer o nome do produtor, a data de produção, o prazo de validade, a composição do produto e muitas outras informações. Metadados, explicou, “são um conjunto de informações que facilitam achar algo. No caso de artigos científicos, metadados incluem título, autoria, resumo, palavras-chave etc.”, detalha a coordenadora, segundo a qual, quando um artigo compartilha publicamente os dados, seu índice de citação aumenta em até 25%.
‘Quem deve fazer PGD? Todo pesquisador. Quando? Quando planeja seu projeto’, ressalta Medeiros, que focou sua apresentação no ‘como fazer’”.