Leia artigo do Acadêmico Isaac Roitman, professor emérito da Universidade de Brasília, pesquisador emérito do CNPq e membro do Movimento 2022-2030 o Brasil e o mundo que queremos, publicado no Monitor Mercantil em 2/12:
Em uma verdadeira democracia, as instituições públicas devem contribuir para o bem comum, para a coletividade. Quando as políticas e ações públicas beneficiarem grupos ou pessoas, principalmente através de desvios de recursos, teremos uma grande ameaça ao estado democrático.
A corrupção no Brasil é antiga. Já no século 16 os funcionários coloniais exportavam por conta própria especiarias, tabaco, metais e peças preciosas. Seguiu-se a traficância dos escravos, a manipulação dos contratos para obras públicas, a corrupção eleitoral do Império, o voto de cabresto da República, o “rouba mas faz”, escândalos financeiros, o “esquema PC” e tantos outros que produzem o “mar de lama”, expressão repetida ao longo do tempo.
O manejo do poder e dos recursos se constitui como tentação que exige um papel de vigilância da sociedade civil. A corrupção é uma grande ameaça para a democracia brasileira. Embora sempre presente na nossa história, ela talvez jamais tenha assumido uma dimensão tão extensa e profunda. Até no combate da pandemia do Covid-19 desviou-se recursos públicos. Que vergonha.
Se não conseguimos superá-la no passado, temos a oportunidade de superá-la no presente para proteger o nosso futuro. Graças à abrangência, à instantaneidade e à liberdade dos meios de comunicação, torna-se hoje mais difícil, senão impossível, ocultar os fatos da sociedade que parece não estar disposta a aceitar a corrupção.
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