Membros titulares da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o economista Edmar Bacha e o cientista político José Murilo de Carvalho foram eleitos como segundo-secretário e tesoureiro, respectivamente, para a diretoria da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2020. Bacha já integrava a diretoria da ABL desde 2018, e Carvalho, desde 2019.

A cerimônia de posse aconteceu no dia 12 de dezembro, no Salão Nobre do Petit Trianon, sede da ABL. O presidente eleito é o escritor Marco Lucchesi. Assumiram, ainda, Merval Pereira, como secretário-geral, e Antônio Torres, como primeiro-secretário.

Em seu discurso de posse, Lucchesi afirmou: “Não haverá saída possível se não lançarmos um olhar frontal e desarmado para o presente. Não como súditos ou inimigos, mas enquanto cidadãos para construir, de forma inclusiva e generosa, o bem comum”.

 

Perfil dos Acadêmicos

Edmar Bacha é economista, fundador e diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, um centro de pesquisas e debates no Rio de Janeiro, nasceu em Lambari, Minas Gerais, de uma família de escritores, políticos e comerciantes. Sexto ocupante da Cadeira n.° 40, eleito em 3 de novembro de 2016, na sucessão de Evaristo de Moraes Filho, concluiu a Faculdade de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais e, em seguida, obteve o ph.D. em Economia na Universidade de Yale, EUA. É autor de inúmeros livros e artigos em revistas acadêmicas brasileiras e internacionais. O último livro foi Belíndia 2.0: Fábulas e Ensaios sobre o País dos Contrastes.

José Murilo de Carvalho é historiador e professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nascido em Andrelândia (MG), fez sua graduação em Sociologia e Política na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e é ph.D. pela Universidade de Stanford. Atuou como professor visitante e pesquisador em diversas universidades estrangeiras, como Oxford, Leiden, Londres, Stanford e Princeton. É autor de vasta produção de artigos e crônicas publicados em jornais e revistas, no Brasil e exterior, e de livros, como Os bestializados (1987), Pontos e bordados (1998), A formação das almas – o imaginário da República no Brasil (1990), Cidadania no Brasil: o longo caminho (2001) e Dom Pedro II (2007). Seu livro mais recente é O pecado original da República.