O pesquisador Antonio Carlos Rocha Campos, membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), morreu no dia 22 de julho, aos 82 anos. Rocha Campos destacou-se na pesquisa sobre a Antártica no Brasil, tendo ajudado na implantação do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e sido o único brasileiro a presidir o Comitê Científico de Pesquisas Antárticas (SCAR, na sigla em inglês). Na ABC, lançou o único periódico nacional em pesquisa antártica, a Revista Antártica Brasileira.

Antonio Rocha Campos foi graduado em geologia e doutor em geociências (geologia sedimentar) pela Universidade de São Paulo (USP), onde trabalhou como professor pela maior parte de sua carreira. Fez pós-doutorado na University of Illinois (1965, EUA); na United States Geological Survey (1965, EUA); na City University of New York (1968, EUA); e na Université de Strasbourg (1990, França).

No Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), atuou no Proantar e no Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (CNPA). Foi representante da ABC no Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (Conapa), do Ministério da Ciência e Tecnologia, e na Comissão Nacional para Assuntos Antárticos (Conantar), do Ministério das Relações Exteriores.

A SCAR lembrou, em nota no site oficial, que o pesquisador ajudou o Brasil a se tornar um membro pleno do Tratado da Antártida e ajudou no treinamento de centenas de pesquisadores.

Em homenagem ao professor, a Sala de Imprensa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) publicou:

“O Prof Rocha Campos é um ícone da pesquisa antártica no Brasil. Sem sua mão forte e argumentos contundentes, não teríamos avançado a nos tornar um dos países protagonistas na pesquisa antártica. A qualidade de seus achados, bem como sua força na formação da atual geração de pesquisadores antárticos, o elevou a uma categoria especial dentre os pesquisadores no País: o de formadores de opinião”.