Graduada em medicina e farmácia, a Acadêmica Antoniana Ursine Krettli possui mestrado e doutorado em parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Reconhecida por seus estudos da malária, a Acadêmica foi convidada a falar sobre sua pesquisa, o papel da mulher na ciência e a diminuição dos investimentos em ciência e tecnologia no Brasil no Programa 2002 – O Brasil que queremos, transmitido pela TV SUPREN no Youtube. O quadro faz parte do movimento homônimo da Universidade de Brasília (UnB), que visa “sugerir e sinalizar caminhos possíveis para o fortalecimento, no Brasil, de uma sociedade humana honrada, livre, justa, fraterna, saudável, harmoniosa e feliz”.

A entrevista foi feita pelo Acadêmico Isaac Roitman, presidente do movimento 2022. Os cientistas revisitaram a formação e as atividades realizadas por Krettli na UFMG e também no Instituto René Rachou da Fiocruz, especialmente em relação aos seus estudos da malária.

Sobre a doença, a Acadêmica citou como as maiores dificuldades de seu combate a transmissão feita pelo mosquito, mais difícil de controlar, a falta de uma vacina e de um medicamento que promova a cura. Krettli apontou que a pesquisa em malária é uma área muito competitiva, mas ressaltou que “toda pesquisa boa é competitiva”.

Tratando ainda da competitividade no universo da pesquisa científica, foi destacada a presença reduzida das mulheres em posições de alto nível nesta área. A pesquisadora afirmou que a mulher realiza múltiplas tarefas e, muitas vezes, para ela é mais difícil conseguir o tempo necessário para focar no trabalho de pesquisa.

Antoniana Krettli é membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), foi chefe do Laboratório de Malária da Fiocruz-MG desde sua criação até 2003 e, em 2018, foi laureada com a Ordem do Mérito Científico na classe Grã-Cruz.

A entrevista completa pode ser assistida no vídeo abaixo: