
Fez iniciação científica a partir do terceiro semestre no Departamento de Bioquímica da faculdade e gostou da área, pois mesclava biologia humana, química e o estudo dos processos metabólicos dos seres vivos. Começou então a trabalhar com neuroquímica, área à qual se dedica até hoje.
Combatendo doenças cerebrais
Atualmente, Quincozes é professor do Departamento de Bioquímica e orientador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas/Bioquímica da UFRGS, e realiza pesquisas sobre o papel dos astrócitos – um tipo de célula glial, aquelas que dão suporte ao funcionamento do sistema nervoso central -no envelhecimento do cérebro, buscando propor novas estratégias de prevenção e tratamento para doenças cerebrais.
“Sabe-se que doenças neurológicas trazem forte prejuízo intelectual e social e afetam quase um bilhão de pessoas em todo o mundo”, afirma Quincozes, que acredita na contribuição de sua pesquisa para o bem-estar dos portadores de doenças cerebrais e das pessoas próximas a eles, que também são afetadas.
Entusiasta declarado da atividade científica, Quincozes se orgulha do reconhecimento recebido por ter se tornado membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências e afirma que esse título proporciona visibilidade aos novos cientistas. “Pretendo representar a comunidade científica brasileira e a ABC, executando uma pesquisa de qualidade, que contribua para o progresso da ciência nacional e internacional”.
Mente aberta
Além das pós-graduações em sua área de atuação profissional, André Quincozes se dedica a conhecer e estudar. Leitor assíduo, lê jornal todos os dias e se interessa por clássicos da literatura, assim como por livros de viagem, espiritualidade, ficção e biografias. Também gosta de filmes e vê, pelo menos, dois por semana.
Mesmo com a dedicação exigida pela rotina das aulas e da pesquisa, Quincozes diz não abrir mão de certos aspectos da sua vida. “Alguns pilares [da minha vida] são sacramentados como família, amigos, trabalho, estudos e leitura e, muitas vezes, a ordem de prioridades muda com o tempo e o momento”, admite Quincozes.