Em entrevista à página online de notícias Rede Brasil Atual, o diretor da Academia Brasileira de Ciências (ABC) Luiz Davidovich disse considerar necessário que as comissões e conselhos ligados ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (C, T & I), como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), reavaliem os pontos positivos e negativos do Ciências sem Fronteiras (CsF), para dar continuidade ao programa.
A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) apresentou, em janeiro, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 798 que pede a transformação do CsF em política de Estado e não mais de governo.
“Praticamente metade dos recursos para financiar o CsF vem do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia”, disse Davidovich. “Não é missão desse fundo financiar programas voltados à graduação. São recursos que estão fazendo falta em pesquisas voltadas às áreas de saúde, comunicação, biotecnologia”, argumenta.
Criado em 2011 pelo Governo Federal para incentivar a formação acadêmica no exterior, o Ciência sem Fronteiras oferece bolsas a alunos brasileiros para estudarem em universidades de outros países. “De acordo com o Ministério da Educação, até o final de 2014 foram concedidas 101.446 bolsas de estudo. Destas, 78% foram para graduação sanduíche (parte no Brasil e parte no exterior). O total gasto com o programa de 2012 a novembro de 2015 foi de cerca de R$ 10,5 bilhões.
Uma das sugestões de Davidovich para o financiamento do programa é que sejam feitos acordos com o setor privado. “Há experiências bem-sucedidas em outros países. É possível, sim, fazê-las sem que se desvirtue o interesse público. Isso desde que haja regras bem definidas, claras, controle social. “
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