“A ciência pura, desinteressada, da qual nasceram as aplicações práticas, tal como da semente resultam a planta e os frutos, é a base da riqueza nacional. “
Nascido na França, Henri Charles Morize chegou ao Brasil em 1875, com 14 anos, órfão de pai e mãe. Veio acompanhado de uma tia, da avó materna e da irmã, fugindo da guerra contra a Prússia.
Viveu com a família em São Paulo até 1881, quando se mudou para o Rio de Janeiro, na época capital do Império, para estudar engenharia na Escola Politécnica, onde se tornaria catedrático anos depois.
Em 1884, foi estudar astronomia no Imperial Observatório, entidade que dirigiria entre 1908 e 1925. Foi o responsável pela mudança da sede para São Cristóvão, onde permanece até hoje. No ano de 1893, foi a Sobral (CE), observar o eclipse parcial do sol. Um dos primeiros brasileiros a estudar a tecnologia dos raios-X, Morize ajudou a introduzir o ensino da física experimental na Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
Defensor da pesquisa básica durante toda a sua vida, Morize foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Ciências, renomeada Academia Brasileira de Ciências em 1921, durante sua gestão como presidente, que foi até 1926. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1930, aos 69 anos.
Feitos científicos:
• 1892 – Participou de um estudo topográfico no Planalto Central brasileiro
• 1909 – Conduziu a criação da primeira rede de estações meteorológicas por todo o país
• 1919 – Organizou expedição para observar o eclipse total do sol em Sobral