O Acadêmico Fernando Cosme Rizzo Assunção, professor do Departamento e Engenharia Química e Materiais do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), será empossado dia 2 de setembro, no INT, Rio de Janeiro, às 17h, como diretor do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI) para os próximos quatro anos, pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo. Com ampla participação na gestão da ciência e tecnologia no país – como diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) de 2006 a 2014, além de membro da Academia Brasileira de Ciências e ter renomada atuação como professor e pesquisador na PUC-Rio e em universidades da Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos – Rizzo já anunciou que uma de suas metas será contribuir para que o INT ganhe visibilidade internacional.
“Admiro o INT por seu pioneirismo e diversas contribuições tecnológicas importantes desenvolvidas no Instituto, como, por exemplo, a primeira experiência de carro a álcool do mundo, em 1925, quando o Instituto ainda era conhecido por Estação Experimental de Combustíveis e Minérios (EECM). Quero agora contribuir para a internacionalização do Instituto, aumentar sua visibilidade no exterior e manter a busca pela a excelência acima de tudo”, reforça Rizzo.
Ciente de que o Brasil tem um sistema nacional de ciência e tecnologia bastante completo e complexo, com a participação de empresas, universidades, centros de pesquisa e diversos setores do governo – e que, segundo ele, não deixa a dever a outros países – Rizzo ressalta que, neste primeiro momento, é preciso definir claramente qual é a função do INT neste sistema. “São muitos atores e, cada vez mais, há uma maior interação entre eles. O INT está presente em várias ações, com incubadora, empreendedorismo, apoio à indústria, suporte e inovação, mas considero que é preciso dar maior visibilidade à sua atuação dentro deste sistema”.
Para tanto, Rizzo destaca que aproximar o Instituto da PUC-Rio, assim como de outras universidades do país, permitirá elevar a capacidade de resposta tecnológica para atrair o interesse das indústrias. “A internacionalização da economia é tão grande, que as empresas buscam excelência e soluções em quem possa resolver os seus problemas, seja uma empresa brasileira ou do exterior. Para que o INT se torne cada vez mais um modelo de qualidade, é necessário unir núcleos competentes, boas universidades e desenvolver bons projetos de pesquisa”, afirma Rizzo.
Sua meta é contribuir para concretizar a Visão de que, em 2021, ano do centenário do INT, ele seja reconhecido como referência nacional em pesquisa e desenvolvimento tecnológico para a inovação. “Na minha visão, a excelência é um reconhecimento que vem de fora para dentro, ultrapassando, inclusive, as fronteiras do país. Na Alemanha, por exemplo, na chamada pesquisa pré-competitiva, há grupos de excelência trabalhando em temas de fronteira com um grau de cooperação internacional impressionante”, diz ele.
Tendo experiência enquanto coordenador de algumas redes no Programa Recope (Planejamento Estratégico de Redes Cooperativas de Pesquisa), de 1997 a 2003, Rizzo reforça que estas pesquisas de fronteiras são caras e destaca a importância de se fazer parte de uma rede, na qual é possível buscar parceiros com competências que se complementem entre si. “Na parte de gestão, o INT já deu um grande avanço e ele não pode parar. Nessa estratégia, muito bem desenvolvida por sinal, a próxima etapa é reforçar estas redes em busca da excelência e, por consequência, aumentar a visibilidade do INT”.
Professor do Departamento de Engenharia Química e de Materiais do CTC/PUC-Rio desde 1970 e pesquisador nível 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Rizzo estabeleceu vínculo com o INT desde o final da década de 60, quando ainda cursava Engenharia Metalúrgica. “Na minha graduação na PUC-Rio, os laboratórios utilizados em algumas disciplinas eram no INT. Ao longo da minha carreira, também tive muitos projetos de pesquisa desenvolvidos em parceria com profissionais do Instituto, além de ter ex-alunos que foram contratados e trabalham lá atualmente”, lembra Rizzo, animado com os novos projetos e desafios que assumirá.