O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, recebeu, no último dia 9, o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nottingham, Inglaterra.

A vice-chanceler da Universidade de Nottingham Karen Cox
e o Acadêmico Jorge Almeida Guimarães

 

A cada ano o conselho da universidade inglesa – uma das principais universidades da Europa – premia com o título de Doutor Honoris Causa um pequeno número de pesquisadores que alcançaram nível de excelência em suas áreas de atuação.

A Universidade de Nottingham está classificada no topo, entre as universidades mundiais de excelência realmente globalizadas – 1% das universidades do mundo. Ela possui campi na China e na Malásia.

 

O homenageado

Jorge Guimarães é presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) desde 2004, é doutor em bioquímica pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), com pós-doutorado no National Institute of Health (NIH), nos EUA, e pesquisador 1A do CNPq.

Foi professor em diversas universidades brasileiras, percorrendo todos os níveis da carreira docente, entre estes o de professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em diversos períodos, atuou como pesquisador visitante do Henry Ford Hospital, da Cornell University Medical Center e da University of Arizona, nos Estados Unidos.

Exerceu cargos de gestão em C&T, destacando-se: diretor científico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); diretor nacional e diretor binacional do Centro Brasil-Argentina de Biotecnologia, diretor do Centro de Biotecnologia da UFRGS, secretário Nacional de Políticas Estratégicas e de Desenvolvimento Científico do do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Foi, por dois períodos, presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq) e fundador e vice-presidente da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE). Presidiu a da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio/MCTI).

À frente da Capes, Jorge Guimarães vem exercendo uma brilhante liderança há mais de dez anos, período no qual expandiu consideravelmente a pós-graduação em todo o país. A Capes tem promovido, de várias formas, a busca de jovens talentos científicos e contribuído de maneira muito relevante para o avanço da ciência no Brasil, em cooperação com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), as Fundações de Amparo à Pesquisa e várias outras parcerias criativas. Expandiu consideravelmente a sua atuação na cooperação internacional, em particular na execução do programa Ciência Sem Fronteiras (CsF), em parceria com o CNPq.

A agência também passou a atuar de maneira importante e inovadora na melhoria da educação básica no Brasil, investindo particularmente na formação dos professores, por meio do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica e muitas outras iniciativas.

Como membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jorge Guimarães foi o primeiro Acadêmico a receber a Medalha Henrique Morize, cunhada com o nome do primeiro presidente da ABC, devido às suas notaveis contribuições à Casa e à ciência brasileira.

Guimarães publicou cerca de 130 artigos científicos originais e orientou 30 mestres e doutores na área da bioquímica farmacológica. Recebeu diversos prêmios e condecorações de entidades e instituições e do Governo Brasileiro, entre eles, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico.

 

O título

A concessão de título de Doutor Honoris Causa é uma das mais importantes comendas dentro de todo o ritual universitário. A prática é adotada há pelo menos oito séculos e reflete a importância das pessoas na vida de todos os envolvidos no ambiente acadêmico. O título é concedido a pessoas que tenham ligação de trabalho técnico-científico-cultural com as instituições.