O Simpósio ‘Recursos Hídricos na Região Sudeste: Segurança Hídrica, Riscos, Impactos e Soluções’ foi realizado nos dias 20 e 21 de novembro, no Instituto de Botânica de São Paulo. A mesa de abertura foi composta pelo presidente da ABC, Jacob Palis; pelo Acadêmico José Tundisi, coordenador do grupo de Recursos Hídricos da ABC; pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Nobre; e pelo representante do Instituto de Botânica de São Paulo Paulo e Acadêmico Carlos Bicudo.

Membros da mesa de abertura: Carlos Bicudo, Carlos Nobre, Jacob Palis e José Tundisi

 

Jacob Palis abriu a sessão agradecendo a presença dos palestrantes e à Comissão Organizadora do evento. Ele destacou a importância da temática para o contexto atual: ”A Academia abraçou de imediato a responsabilidade de levar adiante esse simpósio, pois esse é um dos nossos papéis: tratar de temas de caráter científicos relevantes para a sociedade”, declarou.

Representando o MCTI, o Acadêmico Carlos Nobre relatou que quando o grupo organizador propôs o tema, em função da seca prolongada de 2014, não sabia em que ponto estaria a crise hídrica no final de novembro: ”Infelizmente, a situação ficou mais crítica do que imaginávamos, mas vai ser abordada de maneira ampla pelas lideranças da área e pelos pesquisadores nesse simpósio.”

Nobre acrescentou que a Comissão Organizadora julgou que o simpósio não poderia apenas fazer um diagnóstico da situação. ”O importante é emergir na discussão o que a ciência aponta, de forma integrada, como recomendações e soluções de curto, médio e longo prazo para a questão hídrica no sudeste e no Brasil”, disse.

O primeiro dia do Simpósio ‘Recursos Hídricos’

 

O coordenador do evento, José Tundisi, afirmou que a reunião é um marco e uma contribuição da Academia Brasileira de Ciências para o sistema público: ”Os presentes na reunião conhecem muito bem os problemas, mas também as alternativas e as soluções para os recursos hídricos no Brasil. E nós não podemos pensar que uma região metropolitana com 22 milhões de habitantes possa ficar sem água. A crise da água é muito mais profunda do que aparenta ser. Tem ramificações na economia, na saúde pública e no funcionamento de todo o sistema social. Por isso, temos que transformar o nosso conhecimento em ação.”

Leia as matérias sobre as palestras e debates realizados durante o evento.

 

Recursos hídricos: panorama nacional e internacional

 

Secas extremas e mudanças climáticas

 

Serviços ecossistêmicos aquáticos