O Prof. Barberena foi Livre-docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) desde 1974 e membro titular da Academia Brasileira de Ciências desde 1980.
Paleontólogo, Mário Costa Barberena havia orientado 20 dissertações de mestrado e 8 teses de doutorado quando se afastou de suas atividades, em julho de 2000. Na ocasião, sofreu um acidente vascular cerebral que o impediria de dar continuidade aos trabalhos na área de paleontologia de vertebrados. Até então, havia sido diretor do Centro de Investigações do Gondwana, coordenador do Programa de Pós-graduação em Geociências da UFRGS e diretor do Instituto Latino-americano de Estudos Avançados da Universidade.
Barberena foi, ainda, vice-presidente da Câmara Especial de Pesquisa e Pós-graduação da UFRGS e, em duas ocasiões, membro do Comitê Assessor de Geologia e Geografia Física do CNPq.
Nascido a 17 de abril de 1934 em Santa Vitória do Palmar, Barberena foi responsável pela descoberta de grande parte dos fósseis de anfíbios e répteis dos períodos Permiano e Triássico que viveram na região hoje correspondente ao Rio Grande do Sul.
Graduou-se, em 1959, em história natural, curso que abarcava os currículos das atuais graduações em biologia e geologia. A formação multidisciplinar foi fundamental para a visão particularmente abrangente que revelou em seus trabalhos, seja como pesquisador ou gestor. Orgulhava-se de ter criado um grupo que foi responsável pelos princípios fundamentais da cronoestratigrafia, da geologia sedimentar e da paleobiogeografia de sedimentos da bacia do Paraná e de ter sido um dos artífices da implantação do convênio UFRGS-PETROBRAS, que foi o marco inicial da consolidação do IG/UFRGS como um dos centros de excelência nas áreas de Estratigrafia e Geologia do Petróleo no Brasil.