*Matéria original do Metropoles
As plantas albinas são fenômenos raros e fascinantes no mundo vegetal. A ausência de clorofila, que dá o tom esverdeado às folhas, as torna incapazes de realizar o processo de fotossíntese, a “alimentação” das plantas. Embora o fenômeno coloque em risco sua sobrevivência, algumas conseguem formas de se adaptar e prosperar mesmo sem o pigmento.
As plantas totalmente albinas não conseguem converter a luz solar em energia, um processo vital para a maioria das espécies vegetais. Por isso, na maioria das vezes, elas morrem muito cedo.
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Variegamento: o caso das plantas parcialmente albinas

Embora as plantas completamente albinas sejam raras na natureza e dependam de outros seres para seu sustento, há algumas plantas que são parcialmente albinas, uma condição chamada variegamento. Nesses casos, apenas algumas partes da planta são albinas, enquanto outras mantêm a clorofila, permitindo que ela realize a fotossíntese, ainda que de forma incompleta.
“As variegadas podem ocorrer naturalmente, mas normalmente são obtidas por seleção humana (seja na agricultura ou no paisagismo). Algumas mutações específicas são selecionadas e podem afetar genes reguladores da produção de clorofila ou da distribuição de cloroplastos nas células, o que acaba conferindo diferentes cores a uma mesma planta”, esclarece botânico Layon Oreste Demarchi, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
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