Kaio Vitor Ferreira Costa tem 18 anos e vem de Rolim de Moura, município de 56 mil habitantes na zona rural de Rondônia, 480 km ao sul de Porto Velho. Filho de agricultores, cresceu na chácara familiar. Conta que entre suas primeiras lembranças está ter ganhado uma caixa de giz e um pequeno quadro, “onde aprendi a escrever o nome e fiz minhas primeiras continhas”.

O incentivo dos pais ao estudo rendeu frutos: Kaio foi três vezes medalhista da Obmep (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), criada e realizada pelo Impa em todo o país desde 2005. Em 2023, ele concluiu o ensino médio.

Para jovens de família humilde, o passo seguinte não é evidente. A gratuidade da universidade pública é um instrumento crucial de mitigação da desigualdade social. Mas está longe de ser suficiente, pois as despesas de deslocamento e subsistência na cidade grande, para não falar no material didático, não estão ao alcance de todos. Muitos jovens promissores ficam pelo caminho, pela mais injusta das razões.

É preciso ir além, apoiando financeiramente os mais talentosos e mais necessitados. A própria Obmep-Impa oferece bolsas de estudos universitários financiadas por recursos públicos e privados. E agora o Impa está dando um passo maior nessa direção ao criar o Impa Tech, o seu curso de graduação em matemática da tecnologia e inovação.

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O Acadêmico Marcelo Viana, diretor do Impa, na inauguração do IMPA Tech (Foto: Palácio do Planalto)