Dois tipos diferentes de inteligência artificial estão moldando fortemente nossas experiências pessoais, sociais e culturais. Existe a inteligência artificial algorítmica que alimenta os motores de vários aplicativos e em particular as funções de recomendação nas plataformas sociais com o objetivo de manter as pessoas nelas engajadas.
E recentemente surgiu o “admirável mundo novo” da inteligência artificial generativa, atraindo atenção do público, suscitando receios de que possam potencializar mais desinformação, discriminação e ameaças à segurança, como ataques cibernéticos.
Mas é também uma tecnologia que promete impulsionar a indústria e a inovação, contribuindo para criar serviços, acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos e aumentar a produtividade da economia. No entanto, os riscos desse avanço da IA não estão claros. A desinformação online é uma ameaça óbvia a curto prazo.
Com a chegada da IA generativa há uma mudança de ordem quantitativa e qualitativa nas engrenagens de campanhas de desinformação. Se antes a produção de um vídeo ou de um diálogo falso demandava uma infraestrutura humana e computacional minimamente qualificada, agora o conteúdo pode ser gerado com poucos cliques por uma pessoa sem qualquer expertise em softwares de imagem e áudio.
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Bruno Bioni
Doutor em direito pela USP, diretor-fundador do Data Privacy Brasil e integrante da comissão de juristas sobre inteligência do Senado Federal
Professor associado ao Berkman Klein Center da Universidade de Harvard e ex-secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação
Laura Schertel Mendes
Professora da Universidade de Brasília (UNB) e do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento, Ensino e Pesquisa (IDP). Foi relatora a Comissão de Juristas sobre Inteligência do Senado Federal