A seca intensa na Amazônia causada pelo El Niño neste ano aconteceu antes do esperado por especialistas e pode levar a mais recordes negativos, mesmo depois de marcos como o ponto mais baixo do rio Negro em toda a história. Da mesma maneira, a atual onda de calor no Sudeste pode se repetir com mais intensidade durante o verão. Em evento nesta quinta-feira (16) na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC), estudiosos debateram os efeitos do atual El Niño e seus efeitos para o Brasil e o continente sul-americano no âmbito das mudanças climáticas.

Regina Rodrigues, oceanógrafa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora da subrede de desastres naturais da Rede Clima, afirma que, pelas características de outros El Niños, a seca severa na Amazônia deveria começar apenas no verão. “Mas a gente já tá vendo muito intensa [a estiagem] agora”, diz. “Então é muito provável, diante do nosso conhecimento, que essa seca vá continuar, e provavelmente se intensificar”, acrescenta.

A cientista diz que comportamento semelhante é esperado para as ondas de calor que atualmente acometem o Sudeste – com recordes de temperatura em diversas capitais do país. “Normalmente o aquecimento no Sudeste é esperado para o verão, e já está acontecendo na primavera. A não ser que tenha uma mudança brusca, vai continuar e talvez piorar”, pondera.

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