Confira o novo artigo da parceria entre o diretor da ABC Virgilio Almeida e o professor da FGV Francisco Gaetani, publicado hoje (14) no Valor Econômico:

A geopolítica global é uma configuração dinâmica, em permanente mutação. Quando se apresenta mais estável nos referimos a ela como a ordem mundial. Quando as relações de poder encontram-se em xeque ou em rápida mudança, falamos de desordem. Quando novas ondas de transformação indeterminadas irrompem na cena internacional falamos de incertezas. A explosão de uma torrente de inovações derivadas dos avanços das tecnologias emergentes, em especial a inteligência artificial (IA), está deflagrando profundas redefinições nas relações entre os países e organizações multilaterais, já em estado de turbulência devido aos eventos da última década, como covid, guerra na Ucrânia, desglobalização.

A União Europeia, os governos dos Estados Unidos e da China identificaram a inteligência artificial como uma área estratégica de competição geopolítica e econômica. A IA tem o potencial de aumentar a produtividade individual, empresarial, nacional e acelerar o progresso econômico. Governos se preparam para não perder as oportunidades dessa revolução tecnológica, que podem significar expansão de suas economias, através de transformações em áreas chaves como educação, saúde, indústria, agricultura e meio ambiente. IA tornou-se um elemento de poder geopolítico e militar, devido aos possíveis ganhos que o domínio dessa tecnologia pode trazer com seu duplo uso, civil e militar.

Essa é uma realidade que o Brasil não tem como desconhecer. As oportunidades, os riscos e as consequências das escolhas (ou omissões) serão duradouras. Três perguntas são importantes para entender essa nova realidade tecnológica. Primeiro, por que a geopolítica inteligência artificial é um assunto estratégico? Por que o Brasil é parte desse jogo? Em que medida não estamos diante de um caminho potencialmente acelerador do desenvolvimento do país?

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Leia o artigo completo no Valor Econômico.