Confira matéria do Estado de São Paulo sobre o novo estudo da Acadêmica Mayana Zatz com centenários que sobreviveram à Covid-19. O trabalho foi publicado na Nature.

Milton Tiago de Mello acaba de completar 107 anos com ótima saúde. Ao longo de toda a sua (longa) vida, o doutor em veterinária nunca teve nenhuma doença que requeresse internação hospitalar. Passou incólume por toda a pandemia de covid-19, embora várias pessoas em sua casa, inclusive sua mulher, ainda antes da vacina estar disponível, tenham tido a doença.

Tamanha resiliência chamou a atenção da geneticista Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), da Universidade de São Paulo (USP). Ela estuda os centenários em busca dos segredos genéticos para a sua longevidade e resistência à Covid-19.

Em um novo estudo publicado na Nature, a pesquisadora descobriu que três super idosos que apresentaram formas muito leves da doença ou assintomáticas, entre eles Mello, têm uma frequência duas vezes maior de algumas variantes do gene MUC22 – ligado à produção de muco, responsável pela lubrificação e proteção das vias respiratórias. Outros estudos já tinham relacionado a baixa presença dessas variantes a casos mais graves da doença.

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